um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Diabo no Divã




Convidei o diabo a uma prosa,

Tão gostosa quanto algodão doce colorido.

Aqui, comigo, tenho uns conselhos para lhe dar:

Para começo de conversa, um perfume a enfeitiçar!

Um olhar penetrante, disfarçando as más intenções...

Uma fala doce, como algodão doce!

E já estamos vendo melhorias!

Dias de sol, noites de céu estrelado

E vens alado, num corcel tão negro!

Pego um copo de destilado

E ponho-me a destilar meu veneno...

Ensinando uns truques de mestre

A quem já sabe ser diabólico!

Contorcendo no divã, sinto seu olhar me fuzilando...

À medida que tiro minha capa de menina-moça, boazinha aos olhos do Pai.

Às vezes, um pouquinho de maldade faz valer a pena a vida!

Tão curta quanto meu vestido jeans.

Tão sutil quanto meu colar com ponto de luz!

Reluzo e traduzo sensações humanas, mundanas, profanas...

Poetizo e profetizo sussurros, suores e salivas.

Maldivas ou Dubai...

Veneza ou na China.

Assina meus contratos imaginários

Com o sangue e o gozo contido,

Sentido nas entranhas

E a hidratar a pele!

Ensino o demônio a ser sorrateiro,

Onde primeiro vem o meio sorriso enigmático!

Algo escondido debaixo da veste.

Algo explicitado nas pontas dos dedos,

Onde as unhas arranham de leve o caminho do perigo e as costas...

Perigoso se apaixonar assim!

Convidei o diabo a uma prosa...

E agora estamos trocando figurinhas!

E posições preferidas do Kama Sutra!

Escuta essa, baby!

Talvez lhe sirva de dica de sedução...

Duvido que não! 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Agridoce




Ao som suave da noite, 

Onde as finas gostas de chuva batem na janela e o grilo cricrila...

Relembro de você!

Ao som de um canto gregoriano na playlist,

Recordo de cada peça caindo!

Num misto de boa menina de batom rosé

E malévola de unhas pintadas de preto.

Com perfume no colo, 

Sento no colo macio que me oferta!

À medida que os acordes melódicos do latim ecoam,

Eu arrepio com seu toque.

Fecho meus olhos e posso sentir cada pontinha de dedo me buscando!

E eu me deixo perder... 

Encontrando em seu sabor agridoce a razão do meu suspiro!

Suspiro fundo, gemo baixinho, enquanto toco...

Um toque solitário, perdido nas lembranças vivas.

Na espera pela vicissitude, novamente.

No aguardo de você junto a minha pele, de novo.

Espero ansiosa por esse momento!

E enquanto você não chega, fico aqui inerte...

De olhos fechados e com o seu gosto na língua.

Uma língua que sabe trabalhar como ninguém em sua pele!

Lambendo, sugando e deixando limpinho o falo,

Enquanto falo que lhe quero com toda a voracidade de um Macho Alfa...

Porque como dizem por aí:

Água morna não serve nem para o chá!

E deixa comigo, que de intensidade eu entendo!...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Coração Quentinho...




Um dia talvez eu aprenda a ser fria, como são as pessoas.

Mas, confesso preferir o calor dos sentimentos puros!

Talvez um dia eu não me machuque com essa inversão de valores.

Contudo, prefiro os amores verdadeiros...

Aqueles que tiram a gente do chão, devolvem as asas.

Mas, que voam junto também!

Porque planar no céu sozinho é bom.

Porém, ter em quem se apoiar no pouso é melhor ainda!

Venho de tempos outros, onde o café se coava em coador de pano.

E o plano do domingo era um bolo de fubá com erva doce.

Tão doce quanto o olhar da avó no crochê terminado.

Tanto capricho para fazer...

E hoje tudo é descartável!

Os sentimentos, as pessoas, as coisas.

Não sabemos mais lavar a louça suja.

Preferimos o prático modo de mudar os utensílios!

Somos usados e usamos as pessoas como robôs.

E o brilho os olhos?

Coisa de gente emocionada!

Pois prefiro ser piegas!

A correr o risco de morrer por endurecimento.

Porque tudo que atrofia perde o encanto.

E eu sempre acreditei em contos de fadas.

Um dia ainda vou escorregar no arco-íris lá no fim do horizonte!

Onde os olhos perdem de vista o passarinho voador, sonhador!

Sonho para manter viva em mim a essência do que é belo.

A vida anda sendo feia demais de uns tempos para cá!

E talvez o segredo da eternidade seja ter alguém

Que mesmo quando a gente está longe

Fecha os olhos e agradece por a gente existir...

Já fez falta para alguém, hoje?

Tente perceber...

E seu coração ficará quentinho!

Feito leite com Nescau que a mãe trazia na cama,

Junto com um beijo de boa noite!...


domingo, 4 de dezembro de 2022

Eu!




Eu amo cachorros, almas, canetas.

Vou do oito ao oitenta em dez segundos.

Mas, dou a vida por quem fecha comigo.

Já chorei de alegria. 

E também perdi o fôlego tentando conter a tristeza. 

Já dancei sozinha na pontinha dos pés.

Contudo, hoje só danço em pensamento.

A terceira de quatro filhas.

A mais birrenta e brava.

Nunca fui sociável para agradar quem eu não gostasse.

Tenho N defeitos, todos à mostra.

Não escondo minha cara feia, seja como for.

Paciência? Nunca tive!

A vida passa rápido demais na minha folhinha.

Gosto de preto. 

Mas não sou dark.

Às vezes, uso rosa na roupa tanto quanto na escrita.

Amo escrever!

Traduzo todos os sentimentos do mundo em palavras.

Faço isso no escuro da noite

E na solidão do meu silêncio.

Não sou para qualquer um.

Nem todo mundo vai com meu santo.

E nem eu com o santo alheio, também.

Sou da sinergia, da sintonia.

Se minha paz sentir aconchego, eu fico.

Senão, não faço questão de estar ali.

Não sou fácil, não mesmo!

Mas, saiba que se você mora em mim...

Você é uma pessoa privilegiada.

Afinal, nem todo mundo conhece o meu sagrado.

Nem todo mundo habita em meu coração.

E isso é algo que eu prezo muito!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Degusta-me!




Um perfume no meio dos seios...

Um vestido curtinho preto.

Um batom rosado, levemente contornando os lábios.

Uma coxa se mostrando, à medida que eu me ajeito no sofá gigante.

Dobro minha perna direita, enquanto mantenho a esquerda esticada.

E abro-me, para que deguste daquilo que mais ama sentir.

Sou ariana.

Gosto da sedução.

De forma doce.

Mas, também eruptiva.

Como vulcão quando solta sua lava quente ao acordar...

Deixo escorrer de minhas entranhas meu néctar,

Enquanto gemo baixinho, cravando minhas unhas em suas costas.

Num glitter rosadinho, deixo as unhas deslizarem levemente,

À medida em que lhe vendo os olhos.

Peço que mantenha seus olhinhos fechados, e sinta.

Apenas sinta meu desejo por você.

Beijo o canto da boca e deixo a língua subir e descer.

Orelhas, pescoço, nuca...

Mamilos, bíceps, barriga.

Até chegar em seu bem mais precioso, babando e reluzente.

Reluz um desejo contido desde o primeiro dia...

Satisfeito às escondidas, ao ouvir minhas poesias mais perversas.

No carro, no banho, na cama de casal do quarto.

Na casa vazia, sem dragão a perturbar.

Ao dizer-lhe como sou, espanto.

Ao sentir-me sua, surpresa.

Ao degustar-lhe aos poucos, minha satisfação absoluta.

Na mesa, cadeira, sofá da sala, namoradeira...

A primeira impressão é sempre a mesma:

Que amar você é fogo, é incêndio, é loucura.

Uma criatura que me tira do sério, e me devolve a paz...

Depois do gozo a dois.

Depois do sorriso e do silêncio de minutos,

Com olhos marejados e uma troca de energias boas...

Que fazem querer reviver isso de novo, um fim de semana todo.

Ou mais!

Bora, delícia?

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Infinito Perfume




Já me peguei pensando inúmeras vezes em como lhe escrever isso... E toda vez eu sempre choro, e não consigo terminar.

Hoje, contudo, eu precisava continuar a deixar meu coração falar mais alto, a gritar por tudo o que você significa.

A vida prega peças, botões e zíperes... Disse eu em outro texto de minha autoria. E é verdade! Talvez nunca saibamos o porquê das coisas, dos momentos, das circunstâncias.

Todavia, há algo que qualquer escritor, filósofo ou pensador concorde: os olhos são o espelho da alma! E sim, nossas almas são iguais.

Igualmente sensíveis a esse mundo tão complexo; igualmente apaixonadas pelos pequenos detalhes, que fazem a vida valer a pena. 

Sabe aquela paixão de olhar devagarinho e, sem precisar falar nada, entender tudo? Pois com a gente é assim!...

O amor move o mundo... E nos move, maravilhosamente. Com uma maestria sem igual. Como mágico tirando a moeda da orelha da criança... Os olhos brilham, e a magia acontece!

Com a gente não foi diferente. Foi, é e será sempre mágico. Porque a magia está na alma! Onde a maldade do mundo não é capaz de penetrar tanto assim.

Há quem diga que se fecharmos os olhos, no meio da tempestade, e clamarmos por Deus, sentiremos dentro de nós Sua força nos tornando fortaleza, para não desmoronarmos em meio ao caos. E eu digo que, enquanto houver o amor, seremos fortaleza, mesmo quando o barco vira, feito agora. 

Porque o amor é a memória mais pura que existe. É o encanto de ter um cais, onde recostar a embarcação quando estamos à deriva.

Falar sobre um nós que só nós sabemos é complexo. É completamente inspirador. Passaria dias a escrever, e ainda assim me faltariam palavras. 

Porque tudo se completa e encaixa como balé de Bolshoi. Como Ana Botafogo em sua sapatilha de ponta, interpretando o Lago dos Cisnes. Falar sobre o cheiro, o sabor, o toque... Tudo leva com facilidade a caneta a bailar no papel; numa letra desenhada e redondinha, digna de um caderno de caligrafia.

E por falar em caligrafia, saiba que inúmeras vezes escrevi seu nome. Brincando com a caneta rosa choque no sulfite branquinho, no meio da tarde... Depois de um bombom, de um beijo inesperado.

Feito criança, não tive medo do choro descer no rosto, enrugando a face. Pude ser eu, sem medo da feiura. 

Puramente doce, entreguei a ti uma convicção que sempre me fez gigante. Que sempre me fez acreditar valer a pena cada respiro. 

Vivi uma fantástica magnitude, que descrever me alegra. Alegra e faz quentura no coração... E no resto do corpo todinho. 

Um calor, uma necessidade, uma ansiedade quase que incontrolável. Mas, não que me fizesse mal. Muito pelo contrário...

A gente sempre contou os segundos, e esqueceu deles, quando esses rodeavam nossos relógios, num mesmo instante.

Hoje eu senti que precisava escrever nossas memórias. Eternizando para o mundo algo subjetivo, subliminar, substantivo. E mais. Eternizando para nós o quanto nos amamos. O quanto a pureza das almas pode ser infinita. E pode doer, mesmo curando. 

Fecho meus olhos e sinto cada detalhe. Porque tudo é vivo aqui. Porque eu agradeço ao universo por sua existência. E por ter reencontrado seu sorriso, em meio a multidão. 

Vou guardar sua doçura para sempre nesse coração que, mesmo cansado, segue lutando e amando você.

E se um dia sentir saudades? Pede um beijo, e grita, mesmo em silêncio: Bora? 

Prometo para você que eu venho correndo até seu perfume!


quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Indefinido

 



Se tudo o que te digo é fruto das ações,

Vamos aos momentos mais diversos, com versos a complementar:

Apaixonou, mas não soube sustentar a paixão.

Sentia vontade de falar, e já não tem o que dizer.

Sorriu, e hoje não mostra mais os dentes.

Decifrou, mas não sabe mais decifrar as entrelinhas.

Entregou, e não entrega nem um bom dia.

Desejou, e não sabe o que é desejo.

Galanteou, e as cantadas hoje não fazem mais sucesso.

Penetrou, e agora não sabe mais o sabor e o calor que tem minhas entranhas.

Somos estranhas criaturas.

Somos humanos em busca de algo que nem nós sabemos definir.

Somos pessoinhas, sozinhas no mundo todo.

Somos seres, sem muita definição de sermos...

E há o que se fazer?

Creio que nunca saibamos... 



quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Maldade, viu!




Um beijo, um toque, eu contra a parede...

Você subindo nas minhas costas com a língua!

Passando suas mãos por debaixo da blusa cor de pêssego...

Fazendo eu me contorcer, só para ganhar um beijo, enquanto sorri...

O enlace no pescoço, a lambida por trás da nuca até a orelha...

Puxando sua gola da Polo, ou a blusa de frio... 

Deixando meu perfume na sua pele, seu perfume em minha blusa.

O encostar dos narizes, em silêncio, numa transmissão de pensamento.

O selinho no meio da tarde, escondido.

O bom dia às sete, e depois de novo...

O bombom, a balinha, a caixa de chocolates.

O urro, o suor, a insanidade...

Toda maldade contida, e explicitada com o banco abaixado... No meio do nada!

Um nada que foi tudo!

E eu mudo de posição rapidinho...

Engulo seu falo, enquanto falo que amo estar ali, de joelhos...

Olho em seus olhos, depois... E lhe roubo um beijo agridoce!

Ao sabor do gozo, depois de tê-lo sentido goela abaixo!

Abaixo minha calça, a calcinha... Deito na mesa e digo que lhe quero, agora!

Aflora meus instintos mais perversos com tamanha facilidade.

É maldade me deixar relembrando de tudo, com saudades...

Fique o senhor sabendo!


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Meia volta... Volver!




Aprenda uma coisa, meu bem:

Sou ariana!

E não tenho tempo para esperar a sua calmaria...

Sou pra ontem!

Porque esperei demais a vida toda!

Foram nove meses meditando, na barriga da mamãe!...

Tempo suficiente para querer vir ao mundo e fazer tudo!

Contudo, você insiste que eu tenho que esperar na fila do pão?

Não! Never!

Quando Deus criou os homens, 

Eu fugi da fila da paciência!

Certamente estava na outra fila, reclamando da demora!

Então, se não gosta do meu jeitinho rápido, prático e sem rodeios...

Meia volta... Volver! 

Bate continência, bate a poeira do coturno...

E dê-se por dispensado!

Ninguém é obrigado a me aturar...

Mas, se o fizer, faça por merecer!

Combinado?


terça-feira, 8 de novembro de 2022

Cinco ou oito?




Cinco ou oito?

E daqui um ano? 

A gente comemora como?

Foram tantas palavras, de tantos poucos momentos,

Que pareceram muitos!

Foram todos sentidos, vividos e guardados.

Porque a criptonita de um o impede.

E a falta de cores do outro, apavora!

Agora tudo é lembrança!

E a criança interna ainda pede o presente que não veio.

Com receio na fala, por N motivos, seguimos...

Cada qual à sua moda.

Sabemos que foi bom.

Mas, não o suficiente para haverem comemorações.

Ações distintas. Observações de detalhes...

Que antes, no calor da emoção, não eram percebidos.

Não era para ser.

O que foi, pouco foi...

E garanto: você não teria paciência com isso tudo!


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Quase




Quase meia-noite, quase quinta-feira...

Quase um sono vindo.

Quase um coração enjuriado, de uma quase criança grande...

Quase um grito, de um quase pedido de socorro!

Quase um “estou com saudades!”

De um quase que quase existiu...

Um quase dedilhar, um quase querer de alma, de pele, de essência!

Numa quase rotina perfeita.

Que o quase levou embora!

Quase fomos felizes.

Mas, por quase nada não fomos!

E hoje, quase esquecemos.

Porque a vida e seus quase momentos doces

Fazem a gente relembrar, quando estamos quase sozinhos!

Quase te ligo, te mando mensagem.

Quase te digo “Bora?”.

Quase te coloco de novo frente a frente.

Mas, meu quase estado de descrédito comigo

Impede que eu busque sorrir.

Quando eu quase fui embora, busquei sua mão.

E hoje, quase sem forças, não consigo mais gritar.

Quase fui... Ou acabei indo mesmo, e não percebi!

Foi um quase que não sei definir!...

É quase quinta. Está frio. E as dores são gigantescas!

Quase que a saudade me engole...  


Covardia

 



Sinto sua falta.

E esse silêncio grita, ensurdecendo-me!

Paro e olho as árvores balançando, enquanto estou no carro.

E relembro de cada palavra sua!

Sinto uma saudade sem fim...

Assim, quietinha, sem poder dizer

O quanto tudo ainda está aqui.

Sem poder tocar, sem poder trocar as energias.

Hoje, sou só lembranças.

Lembrando do que me dissera, tantas vezes!

E pensar que eu acreditei!...

Acreditar em cada palavra, cada gesto, cada olhar...

Fez de mim a pessoa mais feliz!

Pena que era tudo da boca para fora.

E agora? Como pintar sua pessoa

Como sendo outrora a que conheci?

Como odiar, quando ainda existe o aconchego?

Percebo que tudo está entalado, na goela.

E vai permanecer assim, por capricho...

Por medo de colocar para fora que sentir é o máximo!

Ôh! Ser humano e sua covardia... 


Sorte de quem a teve...




Um vestido preto, com flores no barrado.

Pés no chão, dançando uma felicidade menina...

Cabelos anelados, de lado, semi presos.

Brincos de argolas, perolinhas... 

Brilhinhos que adoram a pele, perfumada com a doçura de um cheiro que fica na roupa.

A mulher de olhos castanhos esverdeados fecha os olhos enquanto ouve a música preferida.

E sonha... Sonha feito adolescente!

Como se tivesse quinze e estivesse conhecendo o amor da meninice...

Ri, chora, escreve, coleciona canetas e cicatrizes.

Canta desafinado, tem medo e coragem.

Sacanagem ser tão forte o tempo todo, menina!

O mundo acaba esquecendo que você também tem sentimentos!...

E agora, o vestido está nos pés da cama.

A música toca baixinho no fone de ouvido...

O batom está guardado na caixinha de música.

O brinco de argolas grande deu lugar para a orelha lisa, sem acessório.

Os pés não dançam mais.

Os olhos castanhos esverdeados só observam, esperando decorar na memória cada momento doce.

A doçura hoje ficou só nas travessuras já feitas, quando era possível!

Sua nova realidade é outra!

E hoje ela se vê sozinha, de alma!

Ficaram poucos, foram-se quase todos os que diziam estar ao lado...

Os olhos, estão perdendo além do brilho, a capacidade de ver.

Ela já não quer dançar, seja com fone!

Só sente no peito os sentimentos mais profundos!

Porque a menina ainda está viva, no fundo d’alma!

E pouca gente conhece a meninice dela...

Onde o sorriso e as lágrimas são juntinhos.

Onde a doçura e a braveza, a força e o colo...

São parte do pacote!

Sorte de quem teve tempo de tudo isso com ela!...

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Prosa da Saudade




Hoje resolvi tirar a noite para relembrar nós dois. E a cada lembrança ressentida na alma, uma pequena lágrima rolou de meus olhos, silenciosamente.

Os toques, os olhares, as risadas. Tudo refez dentro de mim seu caminho de liberdade. Tudo voltou ao seu ponto de partida, onde fomos felizes sem medo do ridículo.

Relembrei também das inúmeras conversas... Onde os planos eram parte do pacote de felicidade. E senti uma saudade gigantesca! Uma saudade que, às vezes, dilacera.

Foram tantos momentos bons! Numa intensidade tamanha, como eu gosto de sentir...

Sou completamente doce e ácida. E isso fez você ficar e, também, ir embora...

Embora para longe, mesmo perto. Embora para fora, mesmo dentro! Com a poesia, a prosa poética, o conto, o romance... Todos os gêneros literários inclusos nessa nossa solidão acompanhada.

Fomos um, somos dois. Bem mais que um sorriso de canto de boca, onde a boca desenhada morde o lábio, de leve, ainda sentindo o gosto da saudade!

Uma vontade de parar o tempo! E reapaixonar a alma!... Perdidamente, com direito a enrosco no pescoço, feito com as mãos, pretensiosamente!

Vontade de olhar nos olhos e não precisar dizer nada, dizendo tudo! Um tudo sem som, tão bom de ser sentido!

O tempo passa depressa demais! E o ontem... Hoje, é passado. Mesmo sem querer! 

A vida muda os minutos. E eu, por vezes, gosto de nostalgiar coisas boas... Aquela cócega n’alma, que alivia as dores, dos amores, das delícias!

Malícias que fazem a gente de refém, mesmo sem sequestro. Empresto minha loucura e, você, embarca abraçado em meu querer.

O que fazer quando a saudade aperta? Relembrar! Porque revivendo na memória, talvez eu lhe traga pertinho... Carinho e silêncio, na literatura... Minha fiel companheira, nas noites de frio na pele e no coração.

Acho que não saberia não traduzir os sentimentos humanos de outra forma...


domingo, 23 de outubro de 2022

Horas & Pensamentos




Quatro e quarenta e um...

E eu já me cansei de olhar as horas!

Relembrando tempos onde o sorriso brotava fácil no rosto...

Onde os perfumes, as expressões, os toques... Tudo era palpável!

Hoje, ficaram as lembranças.

E as saudades.

Hoje eu olho para mim e vejo que preciso reacreditar que posso!

Estou sozinha nesse labirinto.

E preciso encontrar a saída por minhas próprias pernas.

Com cadeira de rodas, aprendendo a dirigir a vida de outra forma!

Não posso mentir que tudo é assustador!

Que aqui dentro de mim as lembranças gritam no silêncio da madrugada!...

Que eu queria um colo, feito criança pequena quando tem medo do monstro debaixo da cama.

Hoje minha cama é outra.

 Meus sonhos estão perdidos.

Assim como eu, em meio a tudo o que fora vivido...

Muita gente deve achar absurdo maldizer a vivência que me cerca.

Mas, só eu sei o quanto está sendo difícil suportar engolir o choro,

Por ser forte.

Uma troca injusta, para quem sempre estendeu a mão!

Sinto falta de mim, de nós, de tudo!

De um sorriso que enchia o rosto e causava rugas de felicidade!

De fechar os olhos na gargalhada, virando oriental sem sê-lo...

Do beijo, do aceno, de andar na guia da sarjeta equilibrando a meninice...

Sinto falta daquela paz que vinha na alma.

Mesmo eu sendo a tempestade mais inesperada!

Quase cinco, de um domingo, vinte e três...

E as saudades hoje estão gritantes!

O jeito é encolher o corpo, debaixo da manta, 

E esperar o raiar do Sol, num novo dia.

Seja o que Deus quiser!...


quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Talvez o amor seja isso...




Já faz um tempo que eu não rezo... Já desaprendi a pedir ajuda!

Sempre preferi ajudar quem quer que fosse.

Mas, hoje, no rolar da madrugada, eu decidi rezar...

Fazer uma conexão com o universo, do jeito mais puro.

Chorando baixinho, para não acordar ninguém!

Pedindo para eu ter forças, de novo.

Eu preciso entender o porquê disso tudo comigo.

E eu estou tão cansada!

Teve dia que eu achei que não mais voltaria para casa...

Que não mais colocaria no papel o que sei fazer de melhor: escrever!

Hoje minha visão está indo embora...

E eu tenho que me adaptar a essa nova realidade!

Na verdade, é difícil!

Quem me conhece sabe o quanto eu sempre fui resolutiva,

Para hoje precisar de auxílio para resolver qualquer coisa.

Tenho tentado entender o motivo de estar assim.

E em mim, lá no fundo, ainda não consigo entender.

O desabafo só vem aqui, nas Letras.

Porque no dia a dia eu não sei com quem falar sobre isso.

Pedir a Deus uma explicação?

Faz tempo que eu não rezo.

Não tenho direito de cobrar nada Dele.

Só tenho que fechar os olhos e esperar.

As lágrimas logo secarão...

O medo, em breve, dará lugar à força de acreditar

Que eu vou caminhar de novo.

Com passos mais lentos, tomando cuidado onde pisa meu pé e minha alma.

Hoje estou pequenina.

A menina que se escondia debaixo da cama, com medo do pai.

Talvez isso tudo passe logo.

Não sei.

Só espero conseguir acreditar nos meus sonhos, de novo.

Agradeço a quem me manda energia boa...

Chegam todas até mim.

Sim! Elas me mantém viva!

Eu hoje aprendi que rezar pode ser o choro sincero.

Saído da alma, escorrendo pelo rosto, em silêncio!

E é em silêncio que eu traduzo o que sinto,

Enquanto espero o dia clarear

E observo minha doce Margarida dormindo e sonhando,

Aninhada no meu peito.

Talvez o amor seja isso, um pequeno detalhe vivo

Que busca aconchego na gente,

Mesmo quando a gente está quebrado por dentro...


domingo, 18 de setembro de 2022

Socorro!




As horas passam tão devagar...

E eu estou com medo!

Estou me sentindo pequenina, olhando o vento chacoalhando a árvore,

No reflexo noturno na janela.

Queria um colo.

E hoje sou eu comigo mesma!

Vem sendo assim há dias...

E o grito tá abafado na garganta.

A lágrima não pode escorrer, para não piorar tudo.

E eu só queria que isso tudo acabasse logo!

O sorriso no rosto não existe.

O sono é constante, assim como o frio.

Um frio na pele e na alma.

Uma alma sem brilho!

Estou morrendo aos poucos...

Enlouquecendo, Deus!

Preciso ser fortaleza.

Mas, alguém me ensina como?

Se no fundo, a vontade é de que isso tudo acabe!...


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Você é f*d@!




Cavalgo em seu falo...

E falo para você me devorar!

Grudando seus cabelos, passando minha língua...

Enquanto os olhos não se desviam!

Encaixe perfeito, feito com cuidado.

Eu subo no seu colo, rebolo, e desço!

Enquanto sinto suas mãos guiarem meu desejo...

Beijo, salivo, engulo.

Mordiscando seu pênis ereto, pulsando!

Na cadeira, no chão, na mesa...

Onde menos se espera, lá estamos!

Um dentro do outro, escorrendo na pele o suor e o desejo.

A fusão dos corpos e almas, 

Enquanto as palavras picantes repicam no ar...

Gemo a cada voracidade sua!

E sinto seu gemido me penetrar com a força do momento...

O encanto está ali, presente.

E a loucura também!

Somos dois e somos um.

No querer mais doce e apimentado possível!

Seu cheiro na pele, minha pele em sua boca!

Num oral maravilhoso!

Num toque com as mãos por cima da calça!

Na calcinha posta de lado, ou tirada rapidamente!

Porque eu preciso sentir seu pulsar!...

Porque eu necessito do seu sabor agridoce...

Eu sou viciada em sua boca me procurando!

Sou tarada em suas mãos puxando minha cintura, ou me jogando para cima...

Travando minhas pernas, contra a parede.

Seus olhos me devoram.

Seu gemido me enlouquece.

Seus fluídos corporais escorrendo na fusão com os meus... Meu Deus!

É prazer inenarrável!

É vontade de parar o tempo, fugir do mundo!

E ficar no seu colo, depois...

Curtindo seu sorriso de criança

Quando ganha o presente de Natal!

Uau! Você é f*d@! 

Fogo!




Um dia longe ... Dois, três!

E alguém enlouquece!

Dois alguéns!...

Porque a saudade é enorme e dói!

O ciúme está ficando maior...

O desejo então... Nem se fale!

Chama a mim de vulcão...

Só porque eu trouxe para sua vida toda uma vivacidade!

Faço você se sentir vivo!

E você a mim...

O beijo, o toque, o calor...

O urrar, as palavras ditas baixinho ou gritadas num gemido mais alto...

Tudo... Absolutamente tudo é fantástico!

Somos reflexo, somos iguais!

E essa sensação de pertencimento é só a cereja do bolo.

Contando os segundos, com um mimo no meio do dia...

Seja chocolate ou acessório...

Seja no romantismo doce.

Seja no erotismo explicitado!

Busca minha boca com os olhos.

Busca minha cintura com as mãos.

Ergue meu corpo contra a parede, e trava minhas pernas em você!

Feito fera no cio... Com um sorriso espontâneo depois!

Dois que se tornam um...

Um querendo o outro, o tempo todo!

E hoje? Como controlar o vulcão?

Se você não está comigo?...


domingo, 4 de setembro de 2022

Saudade?




Diz amar... E some, em pleno domingo!

Isso é chato!

A gente espera... Espera!

E nada de você!

Eu sou a que não vai ficar feliz,

Você ressurgindo no fim da noite!

Não sou diferente dela...

Talvez até seja!

Porque não faço rodeios!

Sou o que sou...

Mostro o que gosto...

E digo o que me perturba!

Sei que não posso deixar explícito, por lei.

Contudo, não vou deixar nada escondido!

Porque sou transparente. 

E espero isso de você!

Saiba que, às vezes, um “oi!” no meio do dia faz diferença!

Diminui a saudade.

Mostra que a fala não é meramente da boca para fora...

Não sou fácil, eu sei.

Todavia, não me considere tão diferente dela!

Tenho as mesmas vontades.

E o carinho deve estar nas entrelinhas...

Porém, explícito!


sábado, 3 de setembro de 2022

Precisava falar...




“ Sua voz está estranha... Você, diferente!”

“ O que está acontecendo?”

Senta, dá sua mão... Vem me ouvir!

Quero que saiba o quanto considero a ti!

Pessoa linda, com olhar doce, às vezes à espera d’um carinho!

Estar assim, perto, é muito bom!

Contudo, por vezes, fica o vazio...

Depois de tudo!

Aquele momento onde eu deveria sentir o coração vibrando juntos...

Eu não sinto!

E é desesperador!

Porque fica a sensação de uso, muito mal aproveitado!

Mesmo que o tempo voe...

E você precise ir embora...

Muda um pouquinho o jeito, depois do ato!

Fica!

Num ficar ao lado, no olhar!

Não compara, em pensamento!

Eu percebo!

Não viaja em outra orbe!

Eu sinto sua distância!...

E fico pensativa, procurando meus erros.

Sei que não tenho direito de nada.

Mas, esteja!

Porque receber é dar também!

Porque eu estou!

E você ? Qual o motivo de não vibrar na mesma sintonia?

Principalmente depois que tudo acaba!...



sexta-feira, 2 de setembro de 2022

De Programa...




De salto.

No alto grau de insanidade...

Cabelos de lado, molhados,

Cachorra no cio!

Fera indomada, agrada...

E se deixa agradar, ao seu bel-prazer!

Sabe fazer o serviço...

E isso faz dela a companhia perfeita!

Aceita quase tudo, do valor ao produto!

E se entrega como menina, felina, bailarina...

Sempre com uma moda diferente a tocar no inconsciente!

Sente na ponta dos dedos a luxúria!

Astúcia de quem sabe a que veio!

Anseio de menina-moça, não tem!

É dona de tudo, da coisa toda!

E por hora se prepara para mais uma tarefa!

Confessa o pecado, ao lado do pecador!

Que horror?! Talvez seja!

Vou continuar observando os traços,

Para depois colocar no papel a história da fulana...

Que ama conforme a recíproca!

Seu nome?

De Programa! 


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Decifração




Hoje eu queria falar com você!

Olhando nos olhos, sussurrando baixinho...

Mas, não consigo!

Estou sentindo no peito uma dúvida!

E até agora ela vem me consumindo...

Hoje resolvi baixar o tom... Baixar o olhar...

Trancar a porta e chorar baixinho, sozinha!

Hoje deixei minha fraqueza falar mais alto!

E, no cantinho da sala, encolhida na cadeira...

Eu fiquei a tentar decifrar tudo isso!

De forma mais analítica, mais racional.

Tentei, matutei e também não consegui!

Eu ainda estava sentindo dentro de mim um misto de sensações boas...

E não tão boas assim!

Então achei melhor deixar para lá!

Até colocar no papel, como sempre...

O que eu poderia chamar de ansiedade!

Saudade? Talvez!

Vontade? Também!

Imperfeição? Sou eu!

A pessoa mais cheia de defeitos do universo!

Mas, a pessoa mais coração, também!

E hoje eu vou dormir, pensando...

As horas vão passar a passos lentos.

E eu talvez não consiga decifrar a incógnita de hoje!

Onde não sei o que sentirá, o que vivera...

 E como isso tudo afetou seu dia!

Amanhã quem sabe eu consiga decifrar você! 


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Tudo de novo, de novo... De novo!



Um perfume na pele...

Uma pele semi nua.

O sabor de cereja na língua...

As pernas dobradas na cadeira azul.

O vento batendo na vidraça faz a pele arrepiar de frio.

E o calafrio do toque arrepia mais que a baixa temperatura...

Dentro do corpo a quentura é nítida!

Escondida por entre a carinha de anjo,

Posso e sou demônio disfarçado!

Feito cavalo alado, cavalgar é fantástico!

Sinto você, e você a mim...

Assim, com toda a ternura e a safadeza,

Numa beleza singela, singular, natural...

Onde os olhos conversam com as almas.

E o fogo incendeia a pele, num beijo, no desejo, na respiração ofegante!

Você me toca, provoca, lambe...

Trabalha com a língua e o falo, enquanto gemo baixinho,

Contorcendo de leve o corpo,

Num rebolar gostoso, cheiroso,  e sentido em cada fluído...

Sou sugadora de fluídos corporais.

Sou doçura, intensidade e olhos nos olhos!

Morro enquanto me penetra...

E ressuscito junto a você, num êxtase mútuo!

Algo mágico e que faz flutuar depois...

Algo intenso, incendiário, pecaminoso.

Que faz urrar de prazer e vontade!

Saudade da pele, do gosto, do cheiro, do beijo, de tudo!

Conto os minutos para mais um momento ao seu lado...

Porque ainda são duas horas e trinta e seis da manhã.

A madrugada fria se arrasta tão devagar!

Eu já perdi o sono algumas vezes, recordando...

Recordando e querendo!

Tudo de novo, e de novo... De novo! 


domingo, 28 de agosto de 2022

Diz?...




Diz como controlar,

Se no meio do dia o pensamento chama?

Se o sentimento faz a saudade bater?

Se a pele clama por seu calor?

E no sabor do Halls eu me vejo em seu mundo,

Num segundo, da segunda-feira...

Onde me enlaço em seus pescoço, e sorrio...

Enquanto sinto suas mãos a me dedilhar.

E eu arrepiando dos pés à cabeça!

Você de cueca preta, me provoca!

E eu retribuo, num oral docinho...

A gente se busca, se gosta, se encanta...

E mostra a língua depois, numa careta!

Caneta desliza no papel, contando tudo.

Enquanto o pensamento voa longe, relembrando!

A noite longa faz o querer da pele morrer num toque solitário...

Debaixo da manta, nua, enquanto ouço sua voz

Dizendo estar com muita, muita saudade!

Maldade eu morrer sozinha,

Se poderíamos morrer, ressuscitar, transcender juntos,

Como fizemos no cantinho da sala,

Numa explosão de prazer absoluta...

Numa fusão de fluídos meus e seus,

Que escorreu pelas pernas, loucamente!

Como controlar isso tudo, diz para mim?

Preciso que me ensine...


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Quisera...




Parece que tem alguém gostando da criança aqui?

Que lindo!

Eu amo essa sintonia nossa!

Esse grandão vira menino...

A gente consegue entrar na alma do outro.

A gente vira bicho no cio.

A gente vira carinho puro.

Eu amo seu sorriso solto...

Mas também amo quando você me devora!

A gente se olha docemente...

Mas também se come no olhar!

E depois fica em silêncio, de rosto colado...

Admirando e, ao mesmo tempo, sem reação!

Paixão à flor da pele.

Numa pele perfumada...

Onde o toque suave arrepia!

Onde a língua desliza, atiça, aguça!

Para depois abrir um sorriso bobo...

E ficar longe da sexta até a segunda,

Com segundas intenções à espera...

Quisera eu não ser impaciente assim,

Para ter junto a mim sua gostosura toda!

Quisera... Quimera... Pudera!

Eu seria a garota mais feliz!...

Tenha certeza disso! 

domingo, 21 de agosto de 2022

E agora?




Como tudo muda em tão pouco tempo!

Há vinte dias, a gente não se cabia em si com tanta conversa...

E depois de quinta, tudo mudou!

Você mal fala... Disfarça muito mal...

Às vezes, beija... Noutras prefere o abraço!

Olha, olha... E seu olhar virou incógnita!

Não sei como agir... O que dizer!

Não sei se peço sua mão e a toco...

Ou se apenas observo de longe, para não atrapalhar!

O “Te a...” ficou esquecido...

Tudo parece diferente!

E eu não sei o que tem aí, dentro da sua cabeça!  

Tudo isso me deixa com receio de estar fazendo algo de errado!

O que eu faço? Me diz!

Estou sem saber se continuo lhe pedindo para continuar...

Ou se lhe deixo ir embora...

E agora? 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Palavras ao vento...




“Passo lhe dar boa noite.. “

Disse em tom menos romântico.

Quase numa obrigação, sem vontade em fazer!

Não precisa dizer, se não pretende cumprir!

Gosto de gente que faz que dá, e dá!

Gosto de energia vibrando!

Gosto de paz, atenção e cuidado...

Tudo na mesma medida!

Fica a dica!...


Tudo...




Passeie por minhas curvas...

Mas, conheça também meus precipícios!

Viaje em minhas coxas...

E embarque em minha loucura!

Brilhe os olhos, no desejo...

E me reflita, em suas pupilas!

Assopre, urre e observe...

Como posso ser doce e melancólica, ao mesmo tempo!

Sinta na pele o arrepio...

Porém, sinta na alma o encantamento!

Seja encanto!

E mostre que se orgulha de mim,

Bem mais do que quando me ajoelho, sentindo você!

Mostra, demonstra, seja água cristalina!

Beba-me e me deixe beber de seus segredos mais bobos...

Ou mais perversos!

De versos eu entendo...

Venha recitar uma poesia ao pé do ouvido...

É perigo! É salvação!

Canção dos deuses... Ou ladainha de vó!

Só não brinque!

Pois não sou de pano, com cabelos de lã trançada,

Trancada na torre da Rapunzel!

Meu mel é doce...

Mas todo mel também azeda,

Se colocado em um pote sujo... 

Eu fujo, corro longe, olhos marejados...

Não brinque, lhe peço, suplico!

Eu fico até você querer, com todo o coração!

Depois? 

Depois eu vou embora, cabisbaixa...

Achar o motivo de novo para que entendamos

Qual o intuito de termos nos cruzado,

Nesse mundão de meu Deus!...


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Fortaleza X Cansaço




Um banho quente para espantar o frio.

Um pouco de calor escorrendo nas costas, nos seios e no restante do corpo.

Aqui dentro, um misto de sensações me invade a alma!

Choro debaixo do chuveiro, para que ninguém ouça!

Nem mesmo eu...

Preciso ser fortaleza!

Mas, sê-lo hoje... Impossível!

Carrego em meus olhos o cinza das nuvens.

Carrego em meu peito o nó da angústia!

Sinto uma pequenina menina olhando para mim, no espelho...

Enquanto escorrem as lágrimas, misturadas aos jatos d’água do chuveiro quente.

Hoje está tudo bagunçado, aqui dentro!

E eu não sei como começar a reorganizar as coisas!...

Estou perdida! Sem Norte, sem bússola!

Pode ser que amanhã eu consiga passar o batom vermelho e sorrir.

Hoje, o vestido comprido toma a forma do corpo, num desleixo quase que proposital.

Para que ninguém perceba os olhos marejados...

E a desordem que eu estou!

Quisera ser heroína todo o tempo!...  


Sentir... Silêncio!




Dia comprido... Horas arrastadas!

A cabeça latejando, o nó na garganta!

A sensação de pequenez...

Talvez eu não esteja sabendo lidar com tudo isso!

Comigo, com o meu dia a dia...

Assim, cheio de você!

Seu perfume está aqui, impregnado!

Suas incógnitas também!

Num querer mais que bem-querer...

Onde eu não consigo explicar como me sinto!

Sentir é algo que está me enlouquecendo!

E juro que hoje só queria um abraço...

Daqueles gigantes e em silêncio!

Onde eu pudesse recostar minhas dúvidas, meus medos, minhas entranhas...

Acho que o travesseiro será uma excelente companhia!


Bagunça d'alma




Que eu esteja errada...

Que minha intuição esteja fora da órbita!

Que eu não esteja louca...

(ou esteja)

Mas, sinto que a sintonia mudou!

Aquele encantamento não está tão nítido mais, nos seus olhos.

Aquele desejo de estar ali, mesmo em silêncio.

Aquela vontade do cheiro da pele, do perfume dos cabelos...

Algo está diferente!

E eu não posso deixar de perceber.

E de dizer que eu só queria a verdade!

Sou filha da intensidade.

Sou recíproca!

E quando sinto que algo não flui como antes, fujo!

Por mais que eu queira ficar!

São quase duas da madrugada.

E aqui, o sono fugiu...

Os pensamentos tomam conta!

E as dúvidas estão me fazendo companhia!...

Tenho um dia todo pela frente,

Para tentar ordenar a bagunça aqui, dentro d’alma .

Tomara que eu consiga! 

sábado, 13 de agosto de 2022

Mergulho




Quero mergulhar em mim, hoje...

Olhar no espelho e tentar me encontrar!

Enxergar a que vim, porque vim...

E fechar meus olhos, sentindo a brisa me acarinhar o rosto!

Há dias em que a gente precisa

De um pouquinho de nós, para continuar vivendo em meio ao caos...

E hoje é um desses dias!


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Inspiração diária...

 



Uma melodia, um acorde...

Perfeita sintonia para o meu cair de noite gelado!

Hoje eu olhei para você... Depois de tudo

E quando você foi embora, pela porta,

Lembrei de cada detalhe!

Dei um meio sorriso de canto de lábio

E cheirei a blusa de frio...

Pois nela estava o seu perfume!

Às vezes, eu ainda não acredito nisso tudo!

É surreal, sensorial, sentimento puro!

Duro acreditar em conspiração boa, assim...

Não sei o que se passa nessa cabeça sua!

Só sei que eu te queria, agora!

Nem que fosse por cinco minutinhos!...

E sim! 

Você inspira meus dias!


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Febre...




Três e vinte e nove...

Frio aqui dentro e lá fora!

Estou ardendo em febre, e a noite corre devagar!

Eu, dona das palavras, não sei o que dizer!

Penso em tudo! Cada detalhe...

E acho que vou enlouquecer!

As lágrimas rolam, silenciosas, rumo ao travesseiro...

Enquanto toca Garotos 2 no fone, baixinho!

Estou incógnita!

Sem estrutura para dizer!

Disse, esbravejei, abaixei a cabeça...

Rompi a casca, sem querer romper!

Vulnerável, eu fui.

Quando não poderia sê-lo!

Revelei aos seus olhos um pedacinho de mim

Escondido a sete chaves!

Leu minha alma com tamanha nitidez...

E não precisou tirar uma peça sequer!

Hoje o dia vai ser longo!

Seu presente estará na gaveta. 

E eu não sei se você vai entender

Que eu espero que você busque o embrulho, pessoalmente!

Vou torcer para que, assim como eu, você também esteja

Contando os minutos para desengasgar esse choro num olhar, no cruzar dos dedos 

E num beijo silencioso, sentido e vivido na alma...

Seja o que Deus quiser! 


segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Idem...




Eu te a...

Idem!

Com sintonia repentina,

Acima de qualquer suspeita!

Deita a cabeça no meu peito,

Num cafuné gostoso... Arrepiante!

Não fala nada... Só sente!

Sente o dedilhar das mãos...

Sente o halls preto no gosto da língua...

Sente a respiração ofegante, enquanto me enlaça pela cintura!

Fecha os olhos, ouve a canção tocar baixinho no rádio...

Canta junto comigo, enquanto viajamos às quatro da manhã!

Para o carro na estrada e me olha nos olhos...

Num abraço apertado, demorado, sentido!

Sente! Senta! Adentre!

O que faremos?

Não quero pensar!

sábado, 6 de agosto de 2022

Foge!




Foge!

Pega o carro e sai sem rumo!

Até conseguir sentir a brisa batendo no rosto!

Até conseguir voltar no tempo e não ter dito!

Foge!

Senta na beira do penhasco,

Ouvindo “Segredos”... 

Com a porta da nave aberta, reluzente,

Tocando cada acorde no rádio!

E olhando para as nuvens que se formam no horizonte...

Foge! 

Ainda dá tempo!

Antes que a pele tenha cheiro de mim!

Antes que seja natural ao extremo o bom dia, olhando nos olhos!...

Foge! 

Antes que a gente se perceba!

Foge!

Mas, se quiser fugir na minha direção...

Siga seu coração! 


Diz!




Uma amizade... Um carinho...

Admiração!

Tanto mimo! 

Para depois me dizer que prefere que eu decida,

Por medo de sentir?

Você quer me enlouquecer?

Só pode!

O que eu faço? Não sei!

Só sei que eu vou passar horas a fio 

Pensando nisso tudo!

Sem saber como olhar, por trás dos óculos vermelhos...

Sem saber se sorrio ou dou um meio sorriso educado.

Sem saber se eu te digo “Bora?”

Ou deixo pra lá tudo isso que está aqui, aí...

Estou no olho do furacão!

O que eu faço, me diz!


Quinta!




Um fim de tarde...

Uma quinta-feira.

Um cabelo solto, de lado, no ombro...

Um vestido esvoaçante.

Um semblante enigmático...

Uma incógnita em pessoa!

Voa, viaja e acolhe!

Escolhe e se deixar escolher...

É quinta! 

E eu amo essa sensação de pertencimento e liberdade, vez ou outra!


Bora?




São três da madrugada...

E eu estou aqui, presa à leitura de cada palavra!

Achava que não era tudo isso!

E me surpreendi!

Eu digo vamos, você... Bora!

Eu olho, baixo os olhos... 

Você decifra!

E agora? Já pensou?

Melhor não pensar muito!

O pensamento é constante...

As sensações, mais ainda!

O que esperar? 

Não sei!

Só sei que eu quero!

Bora?

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Alquimia das Sensações




Não mordo, mordisco!

No meio do dia...

Ou debaixo de um chuvisco fininho!

De mansinho, carinho, loucura!

Sou criatura das façanhas, facetas, caretas...

Com pele branquinha e rosada,

À medida de cada ocasião!

Um olhar que penetra, decifra, lê...

Mãos que afagam, atiçam, dedilham!

Com unhas pintadas de vermelho ou nude...

Pude e posso ser princesa, com ou sem coroa!

Na boa companhia, qualquer fantasia simples vira espetáculo!

O oráculo fala em mudança...

Mas, eu prefiro acreditar em sintonia!

A alquimia das sensações

Que fazem os olhos virarem,

Não conseguindo disfarçar

O que a boca cala.

Fala!

É ponto de partida

Na corrida do dia, do agora, do já!

Quem gosta de sinceridade não hesita

Em ter por perto 

Um vocabulário rico em elogios!

E hoje, posso e quero exagerar nos adjetivos! 


Receba!




Cheirinho de Dove...

Uma pele branquinha...

Pernas pro ar,

Vamos viajar!

Num lençol de cetim perolado,

Com a força das mãos segurando a caça!

Faz de mim sua melhor perda de tempo!...

O seu investimento mais audaz!

Satisfaz meus desejos, pecados...

E eu me dou a você, na mesma medida!

Prossiga!

Receba!

E depois, apenas olhe em meus olhos

E diga que ali, fôramos nós a delícia de perder o juízo...

 Eu preciso!

Precisamos!...


quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Cristais & Velas




Um suco, um sorvete, um vinho doce...

Chocolate, um jantar, um pudim...

Assim,  sem pressa, olhando nos olhos.

Decifrando os enigmas, as mensagens subliminares, as leituras labiais!

Cristais e velas, flores e perfumes!

Costumes retrógrados, nostálgicos, perdidos na atualidade.

A maldade está no toque, depois do encantamento!

O momento pede calma, alma e carinho!

Aninho meu cheiro em você, quase sem querer...

Meu ser anseia por doçura, hoje!

O sexo é mero complemento

De um momento quase sagrado!

Agrado e agradeço você,

Pela compostura suave!

A força e virilidade hoje são coadjuvantes

De um balé de sensações não tão explícitas e vorazes!

Às vezes, é bom começar assim, no encanto...

Para depois, no canto da sala, perder a compostura

À medida que cada peça cai...


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Direito!...




É noite!

Na pele, uma gota de perfume...

Nas mãos, unhas pintadas de vermelho vivo!

Na boca, a língua bailando delicadamente, enquanto falo...

Ou enquanto seu falo sobe e desce ao meu bel-prazer!

Salivo, sussurro e dedilho!

De olhos fechados, para decorar cada detalhe!

A boca cai matando...

Numa morte sem vítima fatal!

Num tal e coisa que provoca, esgota, mastiga!

Com o sem halls de cereja no canto da boca.

Passa das vinte e duas ... E eu olho no relógio

Correndo um elogio às pérolas que carrego no pescoço!

As palavras?

Eu deixo subentendidas...

Para que você as decifre, à medida da minha vontade!

Maldade?

Talvez!

Contudo, hoje posso dizer que é mais pecado do que malvadeza!

De princesa, da vida, da rua, na sua...

Posso dizer que hoje não reino.

Só estou exercendo o meu direito de fazer bem feito

Algo que eu sei que tanto gosta,

E que satisfaz meu ego!


domingo, 31 de julho de 2022

Sou... Estou!




Sou pequena, grande, gigante...

Basta apenas ajustar a hora e a ocasião!

Sou carinho, cuidado, braveza...

Na certeza do que meus olhos observam e retribuem!

Na manhã de domingo, sou preguiça!

Na noite de quinta-feira, cobiça!

No sábado de manhã, compromisso!

Como em todos os demais dias da semana!

Excesso de responsabilidade é meu defeito e qualidade!

Maldade? Talvez eu carregue um pouquinho...

Como todo mundo!

Sou humana, sou de sonhos...

E de acordar às quatro, para fazê-los realidade!

A verdade é que hoje estou toda poetisa!

Minha melhor parte, com certeza! 


sábado, 30 de julho de 2022

Devagarinho...




Amo as quintas-feiras...

E me espreguiçar, depois do prazer!

Mas, hoje é sábado!

E eu estou aqui, ouvindo RPM,

Nua, debaixo da manta...

Com as pernas cruzadas ao ar,

Dialogando!

Com meus botões, com uma doce companhia!

E as horas vão passando...

A playlist vai correndo a cada acorde.

E eu ainda sem sono, mesmo tarde da noite!

Já saí do pop rock e fui para o contar de histórias do dia a dia!

E eu que tanto sei traduzir sentimentos, 

Estou aqui sem compreender a minha magnitude com as palavras!

Perdida nos acordes, melodias!...

Acho que a noite vai ser uma doce criança!

Para uma criança que ama ser alma,

Já aos trinta e sete!

Às vezes, é bom deixar a alma fluir e flutuar

Ao som de um punhado de sonhos 

Isso faz a gente acreditar que pode ser mais do que o que nos engole, todos os dias...

E gulosa, hoje só quero que as horas se arrastem bem devagarinho...


quinta-feira, 28 de julho de 2022

Viagem!...



Quisera uma massagem, viagem, vertigem!

Quase virgem ou dona do pedaço...

Com preservativo ou no roçar da pele!...

Despe e não hesita em ser ousadia.

Queria me perder e me encontrar,

Enquanto olhos em seus olhos e sorrio!

Desvario de um início de noite...

Onde o desejo e a  delicadeza

Fundem-se ao que sou e busco ser,

Enquanto me admira! 


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Lobo Mau & Chapeuzinho!

 



À espera do findar do dia...

Com seu gosto na língua, ainda!

Posso desejar mais meia hora de contemplação!

Tenho direito a admirar o brilho de seus olhos

Mais um bocadinho!

De mansinho, ou com tamanha ferocidade...

Na idade do lobo, da loba, do chapeuzinho vermelho!

E em tom sangue, vivo...

Vivemos a delícia das horas passando!

Num bailar sem música,

Onde os gemidos são sinfonia

Para nossa ousadia dos tempos de juventude!

Ah! Se tivéssemos uns anos a menos!

Usaríamos da frase característica da chapeuzinho ao lobo mau:

“Por que essa boca tão grande?”...

A resposta? 

Essa sabemos de cor e salteado!...


segunda-feira, 25 de julho de 2022

Poeminha erótico de cinco minutos!




Meio do dia... Início da tarde!

Lá fora, o sol esquenta a pele.

Aqui, o chocolate derrete na boca, excitando você!

Derreto-me, ao observar suas mãos levemente à procura de prazer...

Num disfarce quase subliminar, arrumando o zíper!

A camisa branca de gola Polo por fora da calça jeans

Encobre suavemente o desejo escondido de uma fugida...

Querida loucura do meio do dia,

No início da semana!

Insana? Talvez!

Pena que o tempo é curto demais

Para colocar em prática todos os quereres de agora!

Por hora, só me resta trabalhar!

Ôh! Vida cruel essa de adulto! 


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Algema & Cetim




A madrugada se estendendo...

A mente fervilhando!

Na pele, o desejo de estar com você!

Na alma, a saudade de algo bonito!...

Posso querer ligar, e não ligo!

Posso querer dizer, e não digo!

Posso querer ficar, e não fico!

Posso e não faço...

Porque o laço está frouxo!

Precisa de aperto, em pele e alma!

Precisa de algema, e fita de cetim para vendar os olhos!

Mas somente na hora H!

No mais, tem que ter transparência!

A decência de falar a verdade.

Senão, não flui.

Posso morrer querendo seu colo...

Todavia, você precisa querer somente o meu, de volta!

Ou eu vou fugir de você!

Mesmo que meus feromônios queiram

Fazer de mim a sua fera no cio.

Desejo dá e a gente contorna...

Respira, conta até dez e muda o foco!

Aprenda comigo!...