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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O que aconteceu depois?


O que aconteceu naquele dia?
O que aconteceu quando você me olhava por onde eu andava, naquele lugar onde não existe mais?
O que aconteceu quando você me chamou pra dançar, sem nunca sair do lugar?
Dançamos,  nos trombamos por aí a fim um do outro, sem compromisso selado, sem contrato.
E o que aconteceu quando a gente se perdeu ? 
Vieram outros no lugar, mas só um conseguiu ficar...
No seu lugar.
Será? 
Ainda sinto seu abraço apertado, desejado, colado.
Abraço de minutos e anos atrás ..
Nunca muda.
Sempre presente, ao tempo, resistente 
Cobrindo buracos, preenchendo ego e noites .
Desejando e desejado.
O que faço ?
Como eu vou fazer pra te deixar?
Livre dos meus pensamentos!
Livre das minhas memórias de onde não sai seu endereço. .
O que eu faço? 
Se depois de anos... Nesse instante, o que desejo é seu abraço. ..?

27/01 - 1:46h – Jéssica Chrispim

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Desengasgo...



Tão difícil ser forte todo o tempo... Em um tempo de partida, de solidão de alma,  de término de vida.
Ele está na minha frente, por um fio. E eu tenho que não deixar a lágrima cair por decreto nenhum! Tenho que mostrar a ele uma força que nem sei se existe.
A boca trêmula lê a mensagem de oração recebida à beira do fim. E eu engasgo ao lê-la, enquanto tento acalmar a todos.
São tantos nós na garganta! Que acho que morrerei eu, engasgada! 
Eu preciso ser forte. Acreditar realmente em tudo o que sempre busquei como vida e morte... Mas, é completamente diferente do que eu imaginava vivenciar.
Ele adormece, já sofrendo as dores do mundo. E eu estou aqui, de frente a tudo. Esperando o momento seguinte. Com todas as dúvidas possíveis . Com todo o amor no coração! 
Porque o amor é assim... Permanece pendurado nas lágrimas . Mas, com um sorriso no rosto, mostrando uma força que a gente nem imagina de onde vem!
Passaram-se alguns dias... E ele, se foi. Deixou para trás suas dores, Seus traumas,  sua austeridade.  Foi pedindo para ser bem recebido. Para deixar de sofrer. Deixou-nos saudosos de sua inteligência, de suas partes boas. 
Carregou no peito um amor torto. Porém,  o melhor amor que aprendeu a dar. Porque doamos ao próximo conforme o que aprendemos a receber. Por vezes, até mais do que recebemos.
Contudo, ele preferiu dosar sua vida, seus amores e princípios nas cinzas de um maço de cigarros, num copo de destilado ou de cerveja. E foi desistindo de ser feliz.
Hoje, já se vão dezesseis dias de sua partida. A saudade dói, lá no fundo. Vai doer, por um tempo sem quantia exata. A vida segue seu curso, na certeza de que um dia nos reencontraremos. Para continuarmos a lapidar esse amor todo. Para fazermos de nós,  seres melhores do que somos hoje.
E é só o que temos por hora: saudades, lembranças e fé na continuação.  Porque tudo continua como antes,  com exceção de seus olhos negros pedindo ajuda, mostrando seu amor torto, porém amor...