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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Coração: tormento!

 



Ser amante, ser amado...

Amigo, namorado!

São tantas definições de sentimento!

E um tormento de sensações, a vida toda!

De boca em boca, colo em colo...

Ou sem aconchego algum, por opção do destino.

Menino, menina.

Adulto ou adolescente...

Quanta gente nos passa pelo caminho,

Fazendo ninho ou morada.

Ou não fazendo questão nenhuma de ficar, além de algumas horas.

Senhoras e senhores: Eu lhes apresento

O tormento chamado coração!

Nele, nem sempre há querer.

É fazer e ponto.

Sem rodeios, galanteios ou firmeza.

Quando há clareza, ao menos, já é um passo a mais.

No mais, ficam os medos, as precauções e os meios olhares enigmáticos.

Com palavras malditas, não ditas ou sobrepostas, subliminarmente...

Quero!

O que queremos é algo que deixamos para definir 

Num segundo momento,

Quando Deus der bom tempo!...


domingo, 20 de setembro de 2020

Modo Quarentena...

 



Domingo. Dormindo. Querendo sinceridade.

A gente espera um afago, sincero, sem pretensão de nada.

Ou pretendendo ao menos ouvir: “saudades!”...

Mas, é domingo!

E como o próprio nome já traduz, é dia de esperar em vão.

Porque não é possível a mensagem.

Não é viável ser explícito.

Não é sensato ser louco.

Um pouco mais de tempo.

E amanhã o que ficou preso, será solto.

Rouco, louco, pouco a pouco.

Hoje, não.

Amanhã, talvez...

Quando o mundo está agitado, ligado na tomada.

Porque hoje estamos no modo quarentena.

Sem poder ou querer dizer o que se sente.

Não é conveniente.

Tampouco convincente!

Deixemos para amanhã...




segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Desejo & Duelo




Sou caixinha de Pandora, de surpresa, de loucura...

Uma criatura diferente, que encanta, atiça e perturba.

Você, doce criança enigmática, já com quase cinquenta...

Tenta me entender, ao mesmo tempo em que o querer e o fugir

Fazem parte da historia.

Com carinho e braveza,

A única certeza é não ter certeza alguma...

Porque às vezes eu lhe causo espanto.

Noutras, arrepio...

Às vezes, você quer.

Noutras, você parece fugir de mim.

Por medo de sentir algo a mais.

Por não poder recostar em meu peito,

Contando minhas pintas.

Talvez eu lhe encante...

E você me conte seus anseios.

Com meus seios em suas mãos, depois do prazer.

Por fazer de nós um momento único.

Unicamente assim, sem pressa, parando o tempo.

Formulando circunstâncias...

Instantes e sabores.

Os amores habitam as almas.

Os desejos, as peles.

E nós ainda não definimos quase nada,

Desse quase tudo, já existente entre eu e você, bebê!

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Súplica




Sou sua diversão furtiva...

Passiva, passada.

Por vezes, esboço um querer.

Mas, na maioria das vezes, 

permaneço nas sombras.

Porque é preciso.

Porque seria inadmissível mostrar qualquer desejo...

Que não fosse o seu, quando quer e quando pode!

Pode ser que você até me queira.

Mas, sinceramente, não acredito.

Deixei de acreditar nas suas palavras.

Como deixei de acreditar em mim.

Por dar a você uma importância maior que a mim...

Por estar ao seu deleite, como enfeite de cabeceira.

Com cabeça e cabelos bagunçados, molhados pelo suor e pelo banho a dois.

Um dois... Que é individual.

Casual.

Sensual.

Quando você tem um tempo na agenda.

Quando consegue driblar sua perfeita vida...

Procura meu corpo, sacia sua fome de luxúria.

E depois se vai...

Voltando para sua vida de cena de Da Vinci.

Numa felicidade enigmática quase Monalisa de ser.

Para a mim procurar novamente, quando Deus der bom tempo.

Quando realmente quiser viver a realidade nua e crua,

Sem tempero sabor Barbecue.

Que adocica e apimenta, disfarçando o sabor agridoce, 

quase insensível à língua.

Sua língua me procura.

Seus braços também.

E eu acabo por não resistir.

Porém, um pedido é preciso ser feito:

Ensina-me a fugir de você!

Suplico!

Antes que eu não me reconheça.

Antes que eu esqueça como é amar as minhas entranhas...

Estranhas por ficar à espera dos seus caprichos.

Ensina-me! Eu preciso aprender a ser minha,

Já que ser sua quando você está disponível é algo que machuca...


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Eu, você e a lua...




Quinta, à noite... Perto das dez.

Com tez clarinha, marcada apenas pelo batom vermelho.

Uma gargantilha de pérolas negras.

Um brinco combinando.

Olhos vendados com renda negra,

Tal qual a noite... Tal qual meus pensamentos.

Malévola, malvada ou maquiavélica...

Prefiro definir-me como ariana!

Com instintos à flor da pele.

Com pele alva e macia.

Com uma única gota de Cuba no meio do colo.

Com colo macio, para que recoste sua cabeça.

E seu falo.

Que me fale de sonhos.

E me faça pecar os piores segundos da vida.

Jogando meu corpo contra a parede.

Fazendo com que eu perca o juízo!

Pedindo para eu mexa meu quadril, ao som das castanholas, 

Que dão o tom marsala ao meu vestido.

E aos desejos, escondidos...

Imaginação que flui.

E se transforma em vida real.

Num perder a cabeça, as horas, as peças de roupa...

Jogadas pelo chão, enquanto me coloca toda sua.

Ao seu bel-prazer, não hesita  em beijar meu corpo todo,

Vindo morrer em minhas entranhas.

Estranhas sensações, que não sente há muito!

Emoção, êxtase, calor, calafrio...

Olhos nos olhos, meus seios em seus lábios...

Minha boca deslizando sobre seus pelos.

Pelos caminhos da loucura, do querer, da necessidade de pertencer...

Uma gargantilha de pérolas negras sobre o criado-mudo.

Um salto nos pés da cama...

E sua cabeça recostada em mim, depois do êxtase.

Uma meia-luz, à meia noite...

Eu, você e a claridade da lua, adentrando na janela,

Espiando nosso desejo todo!

Espertinha ela!...


Nós!...




Provoca meus instintos e some.

Feito animal no cio.

Feito pavio curto, prestes a explodir o estopim.

Assim... Num olhar enigmático.

Com palavras não ditas, com os lábios...

Observando meus lábios se moverem, enquanto falo...

Ou enquanto mordisco o canto da boca, por trás da máscara.

Você minuciosamente sabe como me comporto.

E como meus pensamentos se contorcem, olhando você me desejar.

Sem nem sequer encostar um dedo.

Eu confesso que queria todos os seus dedos, elos, língua e pensamentos...

Sou dos sentimentos todos aflorados, ditos, sentidos na pele.

Uma pele com cheirinho de hidratante, macia...

Uma boca quente, salivando pecados...

Porque sabemos que não vamos para o céu!

Um desejo escondido, reprimido, repensado mil vezes.

Sonhos, invasões de pensamento, tormento.

Somos dois em busca um do outro, mesmo que subliminarmente.

Decente vida, contida, bem vista aos olhos do mundo.

Confundo seu juízo, como a mim também confunde meus quereres.

Prazeres de ter-te a mim, assim... Sem pressa!

Com essa, já são incontáveis as vezes em que suspiro por ti.

Imaginando cada detalhe, de cada cena, de uma vida com você!

E você, será que também confabula?

Ou continua anulando o que sente, por medo de enlouquecer na minha intensidade?


terça-feira, 18 de agosto de 2020

De quinta, na quinta... Para quem?

  


De quinta, na quinta... Para quem?

Com salto quadrado dourado, brinco de pérolas, ao estilo patricinha.

Quase santa, escondendo o arianjo debaixo da saia rodada.

Num tom marsala, com batom groselha, cabelo de lado.

Molhado, depois do prazer.

Suado, com o seu perfume impregnado em mim.

Assim, toda graça...

Porque a graça é parte do pacote.

Com chicote ou chocolate.

Com sorrisos ou apenas olhares enigmáticos...

Daqueles que prendem os pensamentos, leem mentes e devoram chapeuzinhos vermelhos.

Porque sempre há um lobo mau na história.

E hoje, sem pressa, quero lhe amarrar os pensamentos a mim.

Assim, num jogo de morde e assopra.

Num querer, fugindo.

Numa fuga toda providencial.

Tal qual a mim, você também confabula.

E pula etapas, num querer estar, sentir, tatear.

Como cego descobrindo expressões.

Um sorriso de canto de boca.

Um salto.

Um aroma de mulher decidida.

Olhos coloridos.

Unhas pintadas de vermelho.

Batom impecavelmente desenhando a boca.

Uma lingerie nova... Uva.

De renda, com um broche de strass no centro do sutiã.

De quinta, na quinta... Para quem?

Ah! Isso depende do meu bel-prazer...


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Três vezes, pelo menos!

 


Fim de tarde, quase noite...

Meu dia foi difícil.

Busquei diversas vezes lhe afastar de perto de mim.

Por não querer duelar com meus pensamentos...

Por não querer me apegar a esses olhos castanhos.

Sua beleza ímpar, sua destreza quase que magnânima...

Fazem de você uma doce criança grande.

Tão pouco tempo.

Tanta sintonia.

Tanto duelo.

Tanta falta de explicação...

Quando explicar é o que eu mais busco a vida toda!

Quantos elogios, galanteios, palavras...

Tudo rápido e com uma força tremenda!

E confesso, tremendo fico eu...

Por não poder acreditar nisso tudo, 

Caso isso tudo seja verdade.

Deixei de acreditar em magias e milagres, faz um tempo.

Por ter que acreditar na minha força, todo o tempo.

E hoje, confesso, tenho receio de acreditar em anjos e contos de fadas.

Creio muito mais na clareza dos meus medos...

A entregar meu coração bobo às palavras suaves de um alguém especial.

Você é um encanto.

Contudo, canto aos quatro ventos

Que sou difícil...

Quem sabe assim você acredite.

Quem sabe assim você não queira beber o suco, olhar nos olhos e trocar confidências.

Por hora, estou a pensar...

E tenha certeza:

Meus pensamentos já foram e voltaram

Umas três vezes, pelo menos!

 

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Costurando Caminhos e Aprendizados


A vida prega peças, botões e zíperes.
Remenda corações que até então não tinham conserto.
E também rasga de vez alguns sentimentos.
Para que o velho seja substituído por algo melhor,
Com menos cheiro de naftalina.
Somos colcha de retalhos.
Cheio de histórias...
Cheios de cheiros a recordar.
Somos humanos, insanos improváveis.
Duelamos, dançamos e sorrimos.
Da mesma forma em que choramos sobre nossos cadáveres.
Nossos vivos e nossos mortos.
Tem dia em que encolher as pernas em posição fetal
É fatal ao coração...
Faz com que voltemos no tempo.
Num tempo onde a gente era feliz e não sabia!
A gente cresce, vira gente grande...
E na grande maioria das vezes somos somente adultos.
Sem a essência humana, sem a energia do amor na alma.
A vida endurece as pessoas.
Petrifica onde era para ser algo maleável.
Onde deveria existir maciez, há espinhos.
Onde deveriam existir flores, há secura.
Às vezes áridos, noutras úmidos pelo suor ou pelo choro.
Vamos costurando sonhos em meio às desilusões.
Vamos bordando pedrarias em meio às pedras.
Vamos falando baixinho, quando na verdade
Gritar seria nosso maior desejo.
Vamos pondo uma base cor de pele, onde nunca houve base de sentimentos.
Cobrimos marcas, cicatrizes e hematomas.
Com fita adesiva, blush ou camisetas de gola alta.
Tampamos o sol com a peneira.
Fazemos vaquinhas de batata e palitos,
Para lá na frente serem vacas de presépio.
Com batom, com cabelo arrumado de lado, com gravata de nó impecável.
Pelo receio de mudar as coisas.
Pelo desejo de mudar o mundo.
Pela falta de coragem de mudar a si mesmo.
Em prol do que faz bem para a alma.
Em prol da saúde mental e da felicidade do coração,
Já diziam os cardiologistas.
Quando a gente não fala, o corpo padece...

SUSPIROS


Ouvindo Mezzadri...
Embalada por seus acordes castelhanos...
Deixo minha mente vaguear, no meio da madrugada.
Cansada, pensando em tudo o que já passei.
Em todos os momentos bons e não tão bons assim...
Nos sorrisos verdadeiros e nos dados de forma forçada.
Nas falas ouvidas com os tímpanos... E com o coração.
Essas últimas, mais difíceis de serem sentidas.
Não sou fácil. Nunca fui.
E nunca serei assim como me imaginam, boa samaritana.
Sou humana, com pressa de sentir as coisas.
Com ânsia de não desmoronar, às vezes.
Já perdi as contas das vezes em que segurei o mundo alheio,
E deixei o meu cair.
Uma queda sem equipamentos de proteção.
Um baque às escondidas, lá pelas duas da manhã.
Na escuridão do quarto, debaixo da manta.
Ouvindo um instrumental, e segurando os soluços...
Para não acordar o mundo.
Já pensei em desistir.
Mas, já me lembrei também das pessoas que esperam minha felicidade.
E é por elas que ainda luto.
Hoje, seria seu aniversário.
E eu sei que aqui dentro a saudade está difícil...
Queria compreender esse peso todo,
Com a mesma facilidade quanto escrevo.
Todavia, têm coisas que nem Freud explica.
Os encontros e desencontros.
Os olhares de canto de olho.
Os sorrisos de canto de boca.
Os quereres disfarçados e não ditos.
Os xingamentos guardados, como recato humano.
Tudo, exatamente tudo...
Às vezes eu acho que vou enlouquecer.
Noutras, que a sabedoria só aumenta meu coração.
Um coração bobo, bravo, bem simples.
Uma alma velha, xarope e cheia de incógnitas.
O dia já está nascendo.
E com ele uma nova oportunidade de enxugar o rosto e continuar...
Por algo ou por alguém que valha a pena cada suspiro...

terça-feira, 21 de abril de 2020

Sobre mim... Sobre nós!


Eu não sei se você mente ou diz a verdade?!
Para provar o sabor do meu Halls preto...
Para de gabar de mais uma conquista.
São tantas incógnitas na minha mente.
Tão difícil duelar comigo mesma!
Diz que faço drama.
E sinceramente isso me incomoda...
Como se no fundo já tivesse visto, sentido...
Meus sentimentos são campos minados.
Não pise, se não souber pular amarelinha...
Meus sorrisos são dados somente para quem me inspira confiança.
Meus dentes pequeninos só são alvo de alegria
A quem se dispõe a rir comigo.
Minha voz é firme. Meu querer, também.
Sou carregada de defeitos, sim!
São cicatrizes de uma vida não tão fácil quanto demonstro.
Minhas angústias, meus monstros...
Parte difícil de uma pessoa normal, que tem poucos.
Mas, são os meus melhores.
Os que caminham comigo por quererem estar ao lado!
Talvez eu seja mimada, você tem razão.
Porque tenho Amigos de Luz que guiam-me, quando do medo.
Todavia, isso é algo diferente aos seus olhos.
Olhos que não sei se são verídicos...
Ou fruto de uma ilusão momentânea?
Confunde meu juízo, meu coração.
E até agora estou tentando decidir se insisto em decifrar-lhe.
Ou se parto em retirada, de volta às terras já conhecidas
Por esses olhos que tanto observam suas palavras...

Especiais...


Já lhe disse que sou chata, um milhão de vezes.
E você ainda não desistiu.
Já lhe falei que não sou nada além do que uma reles mortal.
E você insiste em dizer que sou especial.
Já lhe mandei ir dormir, em pleno meio dia.
E já ficamos dialogando mais de doze horas...
Já falei do seu cabelo, dos seus olhos, do seu jeito comigo.
E você como sempre é todo carinho.
De mansinho, como quem não queria nada...
Você foi chegando e se fazendo presente.
Um presente sem laço de fita.
Porque não há necessidade de enfeite.
Somos humanos como tantos...
Somos únicos como nós!
Sou ressabiada, você sabe.
E você como sempre me mostra o lado bom disso tudo.
Um tudo tão particular.
Onde cabem dois corações que, por vezes, dizem
Que a felicidade mora ao lado.
Mas, que se realmente morasse, não haveriam sorrisos espontâneos...
Não haveriam um “adoro você!”, de supetão.
Há duelo de quereres.
Por não conseguir não sentir na alma
O que a pele denota.
Você nota em mim o jasmim do perfume.
Sente na língua o agridoce da acidez pubiana,
Sem sequer tê-la salivado.
De bom grado, um afago nos cabelos.
Um desgrenhado de emoções.
Um obrigado pela companhia e confiança.
Estamos vivos, bebê!
Somos especiais!
E talvez amanhã estejamos comendo salgadinho
E tomando Coca Cola com gelo, até amanhecer o dia.
Nós combinamos, não se esqueça!

Lembrança Insana


Perdi as contas das vezes que esperei você me notar...
Você olhar para mim com olhos de cuidado, de carinho.
Você notou minha pele, meu cheiro, meu suor escorrendo...
Contudo, não percebeu que eu suspirava por você!
Hoje, não suspiro mais.
O querer se transformou em algo indefinido...
Algo que não mexe mais com minhas entranhas.
Algo que não me tira mais o sono.
Não posso ser hipócrita de dizer que não foi bom.
Foi algo bom até demais!
Mas, foi!
Como começou, sem explicação!
Você é uma incógnita para mim.
Não sei decifrar o que sentiu, todo esse tempo!
Não tenho capacidade para tal.
É como se fosse algo impossível de ser compreendido...
As lembranças ainda permanecem aqui, na memória, contidas...
Porque revelá-las é sem cabimento.
Expô-las a quem quer que seja (inclusive a você)
É ter a certeza de não ser algo bom.
Você não compreenderia.
Já se passou tanto tempo!
E hoje, ao me deparar com sua essência...
Vejo sim que eu mudei!
Deixei de acreditar nos blefes.
E passei a acreditar nos sonhos!
Sou minha!
E você, mera lembrança dos momentos de insanidade...