um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Caça!



Quem lhe deixou partir?
Com ordem de quem você se foi?
Eu não ordenei!
E só lhe permitiria se fosse por minha vontade!
E eu não permiti, não permito, jamais permitirei!
É parte de mim, de meus pensamentos, de meus caprichos!
Sou caprichosa, mimada, impiedosa!
Não aceito uma contrariedade, fique sabendo!
Eu ordeno!
Sou rainha das façanhas, das entranhas, das doçuras!
E quero adocicar-me em seu mel mais espesso...
Muito bom perder-me em seus caminhos,
Quando eu quero, quando procuro!
Vou procurar por entre as esquinas, entre as suas manias, doidas e doídas!
E encontrarei!
Porque sou pior que cachorro perdigueiro!
Sou teimosa e mimada!
E só você para preencher o meu vazio momentâneo!
É assim!
E acostume-se, pois sou sua dona!
É você minha melhor conquista...
Quero e é já!
Não depois...
Depois o café esfria, o vinho talha, a Coca-Cola esquenta e fica ruim.
E eu detesto coisas ruins!
Vou caçar sua pele, seus órgãos, seu perfume.
Porque a fera que há em mim necessita de sua extinção!
Vou e caça.
E lhe trarei!
Eu garanto!!!

sábado, 15 de agosto de 2015

Acidez Verbal



Há desejo.
Sei eu, sabe você.
Mas, há um mundo à volta.
E muito mais pessoas dos que nós dois.
Há vontade de comunicar ao mundo o que segue escondido.
Porém, há um mundo muito maior do que o que se esconde, debaixo do travesseiro.
A conjugação do verbo desejar é nossa.
A conjugação verbal de ir, sair do lugar é mais complexa.
Se não pela estrutura ortográfica, pela falta de oportunidade.
Ou sabe-se lá se pela falta de coragem em assumir a insanidade.
Somos insanos.
Somos humanos.
E passíveis a falhas.
Todavia, falhar é um verbo indesejado.
Pelo menos à minha conduta.
Conduz-me a sair da rota, com as botas nas mãos,
Depois de aprontar todas.
E como fico, ao deitar a cabeça no travesseiro?
E o mundo inteiro que me rodeia?
Pode ser hipocrisia, demagogia ou mesmo falta de humor.
Que seja!
Estou apenas seguindo meus ideais de humanidade.
Sou das antigas, cantigas de ninar, palavras ditas ao pé do ouvido.
Não venha comigo, se for gritar que não há motivo maior.
A maioridade ensina que há!
E havendo, eu quero!
Quero poder caminhar sem manchar a honra,
Sem parecer da vida.
Quero descer à sepultura com pompa de gente que valeu a pena!
E que pena lhe dizer isso, agora!
Sem rodeios, aos meios, sem enfeite.
Na dura realidade atual, creio eu ser essa a melhor opção.
Há desejo.
Isso é fato.
E sempre será!
Contudo, há a constante de duelar com minha memória,
Por algo que acredito ser a realidade, para o momento.
Talvez eu discorde desse meu querer, daqui uns dias, meses.
Não sei.
Posso mudar de opinião, embora quase nunca o faça.
Prometo lhe avisar.
E se ainda me quiseres, eu louca,
Hei de lhe aceitar.
Porque aí serei só eu e minha insanidade.
Meu corpo despido de convicções e de tecidos.
Minha cabeça e minhas pernas, prontas à entrega.
Espere, caso queira.
Ou vire as costas e esqueça o verbo.
Conjugue outro menos ácido.
Mais fácil de conjugar.
A vida é eterna conjugação verbal.
Ou subjetivas formas de tentar subliminar o que perturba.
Porque, no final das contas, somos todos perturbados!


domingo, 3 de maio de 2015

Extravagância



Faça eu me prender a você!
Tente a sorte!
Quem sabe você não consiga essa proeza!
Sou das facetas, muitas.
Das vestimentas, todas.
E dos poucos quereres afins.
Sou dona dos meus pensares.
E calculo milimetricamente cada sedução.
Sadomasoquista, recatada ou meio morna.
Para dias frios ou em ebulição.
Sou água quentinha a aquecer o ego.
Vulcão a fervilhar a pele, ouriçada.
Na calçada, no meio da rua, debaixo do cobertor.
Posso reverenciar-me aos seus olhos.
Ou não.
Sei a que vim meu bem!
Dona da razão, da emoção e da espiritualidade.
Faço do meu feminino elo sagrado com minha masculinidade.
Posso ser menina manhosa.
E deixar-lhe cavalgar em meus quadris.
Ou quase menino.
E sugar-lhe as entranhas mais afeminadas.
Quero dançar para você!
Envolta em um quimono de seda florido,
Como fazem as gueixas.
Para depois  afogar-me na banheira,
Purificando-me de mais um pecado.
Sou pecadora!
Não há dúvida, nem salvação.
O que há é o perfume na camisa branca entreaberta,
Onde os seios quase se mostram a quem quiser vê-los.
Num “mostra-e-esconde” todo cheio de segundas intenções.
Ao som de um saxofone...
Com chuva na janela, tempestade cobrindo o céu em breu.
Gosto da escuridão.
O mistério contém-se entre as estrelas.
E nem sempre ser sombrio é sinal de maldade.
A bondade disfarça-se entre as muitas facetas da escuridão.
E somos todos anjos e demônios embrulhados para presente!
Hoje sou seu melhor presente...
A única a lhe suportar.
Mas, aviso que não sou de tolerar maus dias.
Prefiro aturar os meus picos de humor, tão somente.
Não sou tão paciente, quanto boa entre quatro paredes!
E por hora, a segunda opção é bem mais convidativa.
Aceita um convite indecente?
Posso satisfazer seu ego, melhorar seu humor...
Posso “quebrar o gelo” dos meus dias de loucura.
Posso dedicar-lhe algumas horas, uma noite.
Dedilhar seu sexo.
Descobri-lo!
Tatear, sugando.
Sugar, tateando!
Posso devorar cada centímetro.
E a tempestade convida a uma extravagância mais ousada.
Hoje eu quero ousar!!!

sábado, 11 de abril de 2015

Presença



Venda meus olhos.
Amarra minhas mãos na cabeceira da cama.
Vem devagar sobre a pele...
Olfatando, salivando.
Sou toda capricho!
À espera do seu melhor tormento.
Sou seu atormentar na madrugada.
Sou a excitação mais programada.
Pois pensa em mim enquanto excita!
Sabe as melhores posições.
E põe-me frente a elas, ao seu imaginar.
Imagina e quer para ontem!
A unha pintada de vermelho...
O batom, o olho esverdeado...
A sobrancelha levantada,
O dedo na boca, instigando...
Tudo leva a provocar os seus instintos!
Talvez a imaginação remota seja tão mais fácil
Do que a visualização física...
Talvez imaginar provoque mais!
Pôr no papel o que se espera
É tão hábil quanto esperar o seu desejo!
Deseja-me ao natural,
Pois diz ser assim algo provocante, também.
Menciona nem notar a maquiagem,
Porque busca a essência perturbadora
Por trás do batom escuro, da sombra degradê.
Adora minhas curvas, sinuosas...
Os seios, fartos, entre o decote da blusa.
As coxas, grosas, sem vergonha do tamanho.
Faz dos sonhos, momentos oportunos.
A buscar forma de “morrer” na solidão.
Falece-se e ressuscita o falo,
Enquanto falo o detalhe melhor esperado.
Espero, observo... Questiono!
Gosto de interrogar, vez ou outra.
É parte de meu ser buscar respostas.
Mesmo em se tratando de algo
Quase sem explicação lógica para o raciocínio humano.
Sou humana, doce, pacífica.
E também ácida, sarcástica, perversa, pecaminosa.
Sei pecar quando a língua acidifica.
E falar com o Ser Maior,
Quando sinto que preciso de luz.
À luz de vela, candelabro, lareira, abajur...
Ou sob luz alguma!
O que surgir na mente é regra!
Para o momento.
Para recordar depois...
Para passar no papel, quando houver tempo.
Feche os olhos, sinta a brisa.
Talvez o meu perfume invada seu mundo.
Talvez eu seja uma doce recordação, guardada em caixa azul,
Numa placa de dedicatória.
Ou talvez seja eu aquele pensamento pecaminoso,
Enquanto alguns dormem...
Enquanto alguns fazem “coisas” das mais variadas.
Coisas de arrepender, coisas de arrancar do canto da boca
Aquele meio sorriso abobalhado, quase inocente de felicidade.
Posso estar presente, na ausência dos momentos a dois...
Pois sou muitas e tão somente aquela
Que está à espera, debruçada na janela,
Quase nua, ouvindo new age e bebericando algo gelado.
Para ver se eu acalmo essa ansiedade toda e ter-lhe,
Ora sob domínio, ora sob comando...
Num trocar de posições e preferências,
Que façam com eu permaneça
Por tempo indeterminado em seu meio sorriso audacioso...
Que gostoso!!!