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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 15 de agosto de 2015

Acidez Verbal



Há desejo.
Sei eu, sabe você.
Mas, há um mundo à volta.
E muito mais pessoas dos que nós dois.
Há vontade de comunicar ao mundo o que segue escondido.
Porém, há um mundo muito maior do que o que se esconde, debaixo do travesseiro.
A conjugação do verbo desejar é nossa.
A conjugação verbal de ir, sair do lugar é mais complexa.
Se não pela estrutura ortográfica, pela falta de oportunidade.
Ou sabe-se lá se pela falta de coragem em assumir a insanidade.
Somos insanos.
Somos humanos.
E passíveis a falhas.
Todavia, falhar é um verbo indesejado.
Pelo menos à minha conduta.
Conduz-me a sair da rota, com as botas nas mãos,
Depois de aprontar todas.
E como fico, ao deitar a cabeça no travesseiro?
E o mundo inteiro que me rodeia?
Pode ser hipocrisia, demagogia ou mesmo falta de humor.
Que seja!
Estou apenas seguindo meus ideais de humanidade.
Sou das antigas, cantigas de ninar, palavras ditas ao pé do ouvido.
Não venha comigo, se for gritar que não há motivo maior.
A maioridade ensina que há!
E havendo, eu quero!
Quero poder caminhar sem manchar a honra,
Sem parecer da vida.
Quero descer à sepultura com pompa de gente que valeu a pena!
E que pena lhe dizer isso, agora!
Sem rodeios, aos meios, sem enfeite.
Na dura realidade atual, creio eu ser essa a melhor opção.
Há desejo.
Isso é fato.
E sempre será!
Contudo, há a constante de duelar com minha memória,
Por algo que acredito ser a realidade, para o momento.
Talvez eu discorde desse meu querer, daqui uns dias, meses.
Não sei.
Posso mudar de opinião, embora quase nunca o faça.
Prometo lhe avisar.
E se ainda me quiseres, eu louca,
Hei de lhe aceitar.
Porque aí serei só eu e minha insanidade.
Meu corpo despido de convicções e de tecidos.
Minha cabeça e minhas pernas, prontas à entrega.
Espere, caso queira.
Ou vire as costas e esqueça o verbo.
Conjugue outro menos ácido.
Mais fácil de conjugar.
A vida é eterna conjugação verbal.
Ou subjetivas formas de tentar subliminar o que perturba.
Porque, no final das contas, somos todos perturbados!


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