um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 29 de março de 2014

Sonho Proibido



Hoje acordei com uma pitadinha de saudade sua...
Aquela sensação de saudade recíproca.
De ter ouvido seu pensamento me chamar.
E talvez tenha mesmo me chamado.
Como saber?
A pele ouriça, a conexão mental desconecta...
E os pensamentos flutuam, inconscientemente.
Navegam teimosos por lembranças de tirar o fôlego.
E insistem em buscar sua falta de compostura!
Uma total falta de compostura toda deliciosa!
Uma delícia de se lembrar.
De se querer viver e reviver, inúmeras vezes...
Hoje acordei com um leve sorriso no canto dos lábios.
E tenho certeza ele pertencer a você!
Como sempre quis que eu lhe pertencesse.
Sem vergonha nenhuma na carne.
Sem qualquer pedaço de pano a me cobrir a pele.
D’uma brancura tamanha, d’um perfume suave.
D’um querer estar fora do corpo, morrer e reviver em questão de segundos.
Sou aquela que lhe excita o falo.
Que lhe faz perder o sono, no meio da madrugada fria.
Aquela que lhe faz querer chupar o Halls preto
Só para eternizar o gostinho da minha língua.
Sou aquela que lhe tortura, ao longe.
Aquela que lhe faria perder o medo da loucura.
Aquela que lhe traria até aqui!
Sou mistério que lhe atiça.
Pecado que lhe endemonia.
O seu perder de grandes minutos, debaixo do chuveiro.
Sou o sonho escondido, pervertido.
A que talvez lhe faça me ler, no meio da noite...
Só para ter notícias minhas.
Hoje acordei sentindo sua saudade me chamando.
Um chamado de me fazer perder os sentidos.
De querer ligar, ouvir a voz.
De querer dizer aquele “oi” todo rouco, numa entonação quase facínora.
E o que posso fazer para amenizar essa procura, enquanto ainda há estrelas no céu?
Sonhar é o que se pode fazer...
Talvez o sonho me traga você para debaixo das minhas cobertas,
Nesta madrugada gélida de início de outono...

Cobiça



É desejo proibido desejar-lhe!
Cobiçar algo que nem meu é.
Que jamais será meu por completo.
Contudo, cobiço sim!
Com olhos aguçados sobre as partes tentadoras,
Posso dizer quase perder o fôlego!
Por você perderia o que quisesse...
Mas, você insiste em passar de carro, acompanhado.
E eu, então, acompanho-me de um qualquer.
Um dia por querer estar acompanhada.
Noutro, por valer a pena a companhia.
Acompanho-me dos melhores presentes, dos melhores mimos.
E acabo por colecioná-los.
Contudo, trocaria todos por meio pensar seu dedicado a mim.
Leiloaria as joias, os sapatos e os casacos de grife...
Só para que cobrisse com sua saliva.
Deixar-me-ia salivar-me como fera ao domar sua presa.
Deixar-me-ia prender-me nas poses mais eróticas...
Se depois do prazer quase animalesco
Olhasse em meus olhos e me fizesse juras.
Juro que me transformaria no que quisesse.
Em questão de minutos.
Transformar-me-ia naquela menina do interior, com carinha de santa,
Só para que me fizesse rezar o padre nosso.
E o rezaria com todo o prazer do mundo!
De traz para frente e frente-versa!
Ou então sairia de meu sério mais absoluto,
Caso quisesse que o demônio me apanhasse.
Endemoniar-me-ia de tal maneira
Que só restaria o suor e os hematomas nos lugares mais secretos.
Os gemidos e os puxões de cabelo seriam pequeninos e inesquecíveis detalhes.
Com um colar de pérolas e apenas duas gotas de perfume a adornar.
Nada mais.
Um cabelo bagunçado.
E o cheiro da safadeza.
Daquelas de se querer mais e mais!
É desejo proibido cobiçar-lhe, eu sei.
Todavia, se me desse alguns minutos...
Eu lhe mostraria o quão bem posso lhe fazer...
Olhe para cá, vamos!
Sou aquela que lhe deseja ardente e sorrateiramente.
Venha! Chegue perto...
Que tal um drink e algumas palavras trocadas ao pé do ouvido?
Sei como se faz da melhor maneira.
Sei o caminho exato.
E a exatidão da loucura a penetrar cada orifício.
Seja ele em benefício próprio, seja em seu próprio benefício.
E lhe garanto o benefício gratuito de sê-lo.
Basta apenas que me busque no meio da noite fria de um início de outono...

Desejo Seu...



Diz para mim, bem baixinho, seu maior desejo, agora.
Talvez eu possa satisfazê-lo.
Diz o que gosta.
E o que não lhe encanta.
A arte de adivinhar por vezes me falha.
Em especial, de olhos vendados.
Gosto de borboletear em meio às flores.
De sugar o néctar mais profundo.
Sou absolutamente apaixonada por isso.
Por experimentar estripulias novas.
E por exemplificar com as antigas.
O ato da satisfação é incomparável!
É doce feito mel e chocolate.
Suave como algodão ou cetim.
Ardente como pimenta malagueta na ponta da língua.
Instigo-me eu, instigo você...
Ponho-me à sua disposição.
Para tal, você precisa me dizer o que quer.
Delicadamente, ao menor sussurro.
Suavemente, ao menor gesto.
Gesto milimetricamente posto na história.
Para demonstrar o que, lá no fundo, procura.
Procura a mim, quando quiser!
Estou à inteira disposição...
Mas, venha suave, de início.
Depois, com o passar dos ponteiros do relógio,
Eu vou deixando a suavidade dar lugar a novas histórias...
Sem pressa, sem ânsia...
E absolutamente recheado pelo gostinho de quero mais...!!!


terça-feira, 25 de março de 2014

Brinquedo



Enlouquece minha vida.
E sai de fininho...
Acha justo brincar de gato e rato?
E depois ainda fico à espreita, na espera...
Para que você me procure.
Ando precisando aprender novas brincadeiras.
Porque nesta, o brinquedo sou eu!
E o coração, também ama qualquer um.

Ele não peneira os sentimentos!...

Eu, parte do mundo...



Já nasci com a alma envelhecida.
E não há como ser diferente.
Trago no brilho dos olhos toda a bagagem já vivida.
E talvez seja isso que diferencie minhas histórias.
Gosto de conta-las em versos,
Ou com certo ponto de vista.
Não há inspiração todo o tempo.
Pelo tempo ser curto, certas vezes.
Com alma envelhecida, posso dizer,
Que grande parte do que vejo não me assusta.
Talvez me indigne.
Ou nem me faça cócegas.
São tantos fatos trazidos como filme
Que o que vejo é quase normal.
É como se já tivesse passado
E estivesse apenas revivendo...
Contudo, embora não me assuste com as coisas rotineiras,
Não é tudo o que me seduz.
Seduz-me a inteligência e a boa educação.
Gente educada é quase um extraterrestre, nos dias de hoje.
E uma palavra bem posta, encanta-me.
Talvez seja por isso que me tornei amante das letras.
Por ver o mundo sem tanta “coadjuvância”.
Creio muito no amor.
Creio que seja ele nosso único elo com o infinito.
O passaporte de embarque rumo à felicidade, ao nirvana.
Outra coisa que me seduz é a alma requintada.
Pode-se não ter pão e leite, todos os dias a matar a fome.
Mas, o refinado olhar ao mundo á volta é nítido.
Quando digo refinado, esclareço,
Não se trata do luxo e da ostentação.
Mas, da boa utilização do que se tem e adquire.
Afinal, de nada adianta ter ouro na maçaneta da porta,
Se debaixo do capacho há sujeira de toda uma vida.
Amo bons livros, que traduzam de certa forma um pouquinho de mim.
E confesso que construir gradativamente uma biblioteca particular é maravilhoso!
Ver a estante se enchendo, pouco a pouco,
É quase que juntar moedas no porquinho.
A diferença é que é um tesouro permanente.
Não sou de fácil entendimento.
Nem quero sê-lo.
Não sou bula de remédio ou receita de bolo.
Vim por missão distinta.
E busco eu mesma tal distinção.
Trago a inspiração subentendida.
Para ser decifrada e degustada gole a gole, mordida a mordida.
Cultivo e cultuo o ser humano, de forma literal.
A humanidade anda se esquecendo de ser humana.
Uma música bem baixinha, em noites de insônia...
Fazem-me uma companhia e tanto!
Talvez servida de um copo de Coca-Cola ou leite branco gelado.
Nunca me opus a quase nada.
Não por covardia.
Mas por buscar certa paz de espírito.
Quando me opus, o fiz suavemente.
Procurei não ferir os meus quase nunca.
A dor de uma ferida mal cicatrizada é tamanha!
Já sentida em minha pele.
E talvez por não querer feri-los, já derramei salgadas lágrimas.
Ora arrependidas, ora sentidas ao extremo.
Não sorrio todo o tempo.
Nem sisudio meu semblante para quem não merece.
Amo o sorriso da criança que me chega, pela manhã.
E retribuo com cócegas na barriga, ou um leve toque no nariz.
Gosto das coisas simples, sem frescura.
Contudo, a simplicidade pode sim vir adornada.
Um glitter no cartão de boas vindas é bem mais aconchegante.
As danças e as entonações vocálicas musicalizadas, guardo.
Para os momentos de nostalgia.
Para quando os anseios e as doces lembranças mostram a que vim.
Vim pelo amor.
Só por ele.
Como forma de salvação.
Vim cumprir tarefas, resgatar karmas.
E senti-los n’alma em dias de céu cinzento,
Certas vezes marejam meus olhos.
Tenho poucos amigos.
Mas os que tenho são meus.
Por amor e cumplicidade.
Não sei quanto tempo me resta.
E nem ando me preocupando mais com tal questão.
Se eu partir amanhã, saberei que era a hora.
E que fiz o melhor que pude.
Talvez eu deixe saudades.
E quem me leia recorde-se dos meus versos, das minhas histórias.
Entrego-me de corpo e alma.
Por crer na força d’alma.
E flutuo, como faço agora...
Ao deixar as mãos deslizarem no papel,
Contando mais um pedacinho de mim...
Deixando à eternidade certa forma de sê-lo, de fazer-me parte do mundo.

domingo, 16 de março de 2014

Ensina-me!



Ensina-me a ser forte e leve, ao mesmo tempo.
A não desmoronar feito barranco à chuva.
Nem a me solidificar feito rocha de montanha.
Ensina-me a buscar auxílio, humildemente.
E, a saber, reparar meu erro, quando houver.
A não deixar a soberba ser maior que o bem-querer.
E a caminhar sempre de mãos dadas à paz de espírito.
Sou espírito velho.
Que precisa reaprender tudo o que já houvera aprendido.
Em tempos atrás.
Trago n’alma imperfeições de outrora.
E anseios de tempos melhores.
Para tanto, necessito que me ensine.
Que me auxilia a ser grande.
E também a não esmagar quem me fizer companhia.
Ensina-me a ser companhia boa para as noites de solidão alheia.
Ou mesmo a um sorvete num fim de tarde.
A boa companhia auxilia na produção de bons fluidos.
E por falar em energias d’alma,
Faça com que eu saiba renovar as minhas.
Que eu repasse pensamentos de luz,
Mesmo quando lá fora o céu estiver em breu.
Que eu não perca o desejo de sonhar.
E que cada vez mais eu saiba apreciar o belo.
De forma doce e natural.
Sem camuflagens e adornos.
Tão somente pela contemplação.
Que eu saiba contemplar sem me contentar.
Que eu queira estar onde estiver.
Que eu busque por conta própria o que desejar saber.
Que a sabedoria e a inteligência me caminhem juntas.
E mais, em ascensão.
Que os ralados cicatrizem rápido.
Ou ao menos que não demorem tanto.
Que as pernas tenham força a caminhar.
E os braços, a abraçar os meus.
E que no fundo, bem lá no fundo,
Os torrões de felicidade estejam em meio ao açucareiro da mesa.
Ensina-me a ser feliz.
Com as pernas próprias
E o sorriso doce n’alma...

sexta-feira, 14 de março de 2014

Educação: abraçar ou repelir-se?



                Ser solar ou trevas? Mentor ou mero coadjuvante? De que lado você está? De que jeito flui seu educar?
                Falar de educação é bem mais que falar das famosas “palavrinhas mágicas”. É fazer-se educar, educar para fazer e a união de ambos.
                E para tal, é necessário que os olhos estejam abertos; que não paremos em frente ao espelho analisando as rugas, dos anos de profissão e as rachaduras nas pontas dos dedos pelo pó do giz a cal. É necessário que olhemos nos espelho e nos vejamos muito além dele. Que nos autoanalisemos capacitados e capacitores de uma educação tão à frente dos nossos tempos de carteira de estudante.
                É necessário que talvez nos sentemos a ela, para nos instruir rumo à modernidade que se abrange, dia a dia. É preciso analisar, autocriticar-se, concentrar-se e mais... Ir além da própria educação. Buscar a fundo o que faz com que estejamos no ponto em que estivermos. E estender as mãos aos lados, num elo magnífico da formação do educar.
                Educo eu, educa você, educamos nós. A conjugação verbal, quando posta de forma ordenada e amplificada, soa com qualidade vocálica e comportamental.
                Compreende-se mais o mundo quando se para para enxergá-lo além das lentes dos melhores fotógrafos; quando se toma a câmera e, consequentemente, o foco se direciona ao seu modo de vê-lo.
                É assim com o mundo. É assim com a educação. É assim que se constrói qualquer coisa que não seja casinhas de pecinhas de montar ou cartas de baralho.
                A gente se esquece do que aprendeu. E repassa apenas parte do que sabe. Por mera preguiça boba, ou por achar que nosso conhecimento é unilateral.
                Mas, não. Somos como bolas. Rodamos todo o tempo, em todas as direções. O duro é que teimamos sermos a bola do “Quico”, a famosa “bola quadrada”, toda diferente na imaginação, toda inexistente na realidade.
                Quando pensamos em educação é necessário abrir os olhos, dilatar as pupilas. Afinal, nem tudo vem escrito em apostilas, planejadamente. É preciso, pois, investigar em outros livros, e-books, seguir novos caminhos.
                Não se faz educar sem educação. E não se faz educação contemplando-a fotograficamente, embelezada aos olhos alheios e amarrotada dentro da gaveta, em meio aos papéis tantos que nada comprovam tal avanço educacional brasileiro.

                E você, ainda crê na arte do abraço como forma de ir além as linhas?