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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 27 de maio de 2023

Eucalipto & Amora: Vem Dançar!




Olho marcado. Delineado e com brilho. Boca em tom amora. Meio dark. Com mistério no olhar, no beijo, na dança. Um par de castanholas ou um véu voal a esconder a pontinha do nariz, enquanto as medalhas chacoalham ao som árabe de uma dança do ventre.

Com bustiê de pedrarias ou vestido de rodar. É assim que me apresento para dança. Para o palco. Para a vida.

Gosto de exercitar o quadril. De demarcar meus passos, firmemente. Com salto e bico de ferro, ou com pés descalços e tornozeleira de figa. 

Fisgo com os olhos vidrados. Sem perder o rebolado. E rebolo, dando meu melhor! Enfeitiço com perfume, óleo corporal ou água de cheiro. Ao odor de rosas... Sobre pétalas rubras. Num tom marsala, combinando com a vestimenta.

O bojo trabalhado no vidrilho e renda, esconde bicos grandes e rosados. Que enrijecem de frio ou de prazer. Fazer de acordo, quando acordo, é parte do querer.

Satisfazer é meu codinome! Em dias de sangue fervendo, alma Latina.

Lato, ladro e mordo. E deixo meu lado vagabundo ecoar, só um pouquinho! Com gostinho de bala de eucalipto, para refrescar o hálito. Ou com chiclete de morango, recheado para escorrer, depois da mordida. 

Mordo. Suavemente. O canto da boca, fazendo biquinho. O pênis escolhido a dedo! Com todos os dedos, e a mão cheia.

Assopro. Enquanto danço. Enquanto lambo, depois de morder... Para que sinta o frescor e enrijeça. Com minha boca. Com minha mão macia e perfumada.

Danço.  Impondo meu lado sedutor. Seduzo. Ao som da rumba ou do funk.

Sou do corpo em movimento. Num subir e descer, num giro de cento e oitenta graus, para filmar sua reação ao me ver mostrar meu talento...

De alcinha, com calcinha a rodopiar no dedo indicador. Indicando o melhor caminho para minha zona de perigo. 

Sensualizo. Com os cabelos esvoaçando na dança de salão, com cabelos molhados depois de uma batida mais quente.

Esquento, fervo e alvoroço! Como negócio bom da China! Menina com olhar que despe, sem encostar. Mas, encosto... E como encosto! 

Viro de costas... E minha coluna está toda alinhada, para que eu dance perfeitamente. Para que eu empine, se precisar. Para que eu desvire, a contar o tom do arranjo.

Arranjo tempo, aventura, música! Arrumo gemido, castanhola, medalha. Com direito a pódio de primeiro lugar e prêmio de vitória e consolação! Porque o terceiro lugar não deve sair sem um agrado de estimulo para melhorar o desempenho.

Empenho-me em mais essa escapadela. Na viela da cidade grande, no meio da tarde, na aula de dança. Com ensaio com o professor e o coleguinha de aprendizado. Acabo a aula, mas não o dia. Hora de voltar ao escritório!

Quem sabe o beijo roubado não vire outra história? Tudo é possível para aquela que adora o perigo a estimular a vida... Deu curiosidade? Aguarde!...




Beats & Asas: A Leoa e sua Caça!




Dia dezenove. Do mês de agosto. Penúltimo dia do terceiro decanato de Leão. E hoje a leoa me invadiu a persona. 

Gosto de ferir, de rugir, de sacrificar. Mas, protejo minha caça, se achar pertinente. Mesmo que seja para comer depois, friamente. Somente eu posso devorar. Não divido meu banquete com ninguém! 

Acordei com desejo de olfatar. Os feromônios estão à flor da pele. E minha pele expõe um perfume novo. De enfeitiçar quem busca cheirar minha brancura.

De cabelos castanhos, na altura das asas, nas costas; com batom vermelho sangue na boca. Lápis delineando os olhos. E com as maçãs do rosto coradas, levemente. Com um par de argolas grandes nas orelhas. Com corrente Tiffany de cristais coloridos, a adornar o colo e o sutiã.

Hoje, de renda. Gosto de rendas. E de me render tão somente ao meu querer. Hoje quero, e muito!

Mas, não quero qualquer coisa. Quero me perder, me achar, me enroscar entre pernas e coxas... Entre olhares e bandidagem.

Sou da malandragem em tempos de castidade. Verdade em tempos de omissão. Então, deixo minha impulsividade falar mais alto, e caio na aventura, mais uma vez.

Talvez hoje eu esteja sob efeito no signo de Leão, que me permite ousar.

Ouso. E não faço questão de calmaria, quando estou assim. Quero mais é colocar em prática a prática da conquista. E vou lhe mostrar que sei conquistar. 

Primeiro, dentro de casa. Onde eu faço manha, e ganho o doce. Depois na rua, onde cada dia faço uma coisinha diferente, onde eu sou várias personagens.

Para hoje, a domadora. Com chicote e venda. Kama Sutra e audácia! Passam na minha cabeça os piores pecados, os lugares e as pessoas – todos subordinados a mim.

Assim, feito gata lambendo a pata, num banho de excitação! Para quem vê. Para quem me lambe!

Gosto de um bom banho de língua! E de linguar também! Capricho na execução. E quero coisa bem feita, em meu caminho do prazer.

Fazer a leoa rugir não é tarefa fácil. O leão precisa ser dominador, para me colocar submissa aos seus quereres. E eu amo querer. E fazer, também!

Faço bem feito. Ou nem faço. E quero fazer diferente, brincar com a imaginação de quem me observa. Para isso, é preciso uma aventura diferente, num lugar pecaminoso...

Ao som de Zoli, das antigas... misturado com o tecno agro de hoje, a boate convida a ousar na busca pela presa e sua predadora.

Danço, rebolo, balanço. Bebo uma Beats, para facilitar a ida ao paraíso. E vou para o meio da pista. Estou na pista, com aliança no dedo. Sem medo de ser feliz. 

Marido só viaja. E eu também. Mas, de outra forma. Subindo e descendo ao som dos gemidos, sentidos a cada batida da música e do ato.

Fato esse que de hoje quero me recordar. Pelos olhares... Pelas mãos que passam por meu corpo, pela facilidade de adentrar, depois de uma, duas lambidas.

Contudo, a bebida me alegrou demais... E não sei se me recordarei amanhã dos beijos que minha boca deu, nas peles mais variadas possíveis. 

Hoje perdi a linha. E o carretel. Com direito a subir na mesa e fazer strip-tease. Estou longe de casa e aqui posso ser cachorra.

Mas, sou leoa. E o objetivo é a caça!  Com taça de bebida, com partida de acelerar. Com banco do carro  abaixado, e eu por cima, na rua escura... No estacionamento do shopping... Em qualquer lugar!

Quero olfatar! Quero provar de novos sabores, amores, novas dores possíveis de sentir. E causar.

Beijo boca desenhada, e sem desenho. A essa hora, não sei mais diferenciar! O sabor da língua impede a diferenciação. Mas, não impede a ousadia. 

Encho a mão com vontade, agachada no canto da noite, com a boca perdida em sabores. E apenas mostro que meu sabor está à espera de ser sentido. Na ponta da língua, nas pontas dos dedos.  Na ponta do pincel.

No gemer que chama, inflama, devora. No galope, com açoite, ou castigo. Comigo, hoje, tudo é possível. Até mesmo um sado.

De cavalo alado nas costas, ou asas de dragão. Meu chão está cheio de peças, todas tiradas com os dentes.

Uma, duas, três. Perdi as contas das vezes em que mordi a carne da minha presa. Com presas muito bem afiadas!  Uso a boca,  os lábios, as mãos. Faço gemer e pedir bis, pois sei fazê-lo!

Não tenho dó de quem se propõe a me desejar. E escolho a dedo o roteiro de aventuras. Não gosto de mesmice. Ousadia é meu sobrenome.

O nome? Esse não revelo. Porque quero que tudo seja história para eu relembrar depois que a loucura passar. E eu acordar, lá pelas dez, do dia vinte de agosto... Com gosto de quero mais... Pode ser que eu repita a dose, afinal é feriado na minha folhinha!... 


sexta-feira, 26 de maio de 2023

Chuva & Café: Devaneios Sexuais Cotidianos




Dia chuvoso. Um pouco de frio. E mesmo assim, estou como vim ao mundo, debaixo do cobertor.

Ele, o marido, já saiu para trabalhar, há algum tempo. E eu, também preciso ir. Tenho uma reunião importante após o almoço. 

Corro para o banho. Brinco um pouco com minha preguiça. E com meu persa azul. Pompom é meu companheiro de prosa solitária. 

Hoje a roupa pede algo social. Um casaquinho de alfaiataria, com camisa de seda em tom alegre. Nos pés, meia calça preta e sapato fechado de salto. A bolsa de verniz, também preta, guarda documentos e outras coisinhas...

Dentre elas, um batom vinte e quatro horas, vermelho cereja.  E um jogo de dados de posições, que comprei para apimentar o casamento. Porém, não usei. Está lacrado na embalagem. No fundo da bolsa de trabalho. 

Arrumo-me. E arrumo as coisas para mais um dia. Um iPad, um iPhone e um iPod. Algumas músicas na playlist do carro e um gás, depois do banho. O dia promete!  E eu prometo com o dia... 

Chego exatamente às nove e treze. Atrasei-me, com o trânsito. Está cada vez mais complicado chegar às nove. Contudo, minha manhã é livre. Até o almoço. A reunião é somente às catorze. Posso me dar ao luxo de espreguiçar em minha cadeira de executiva, uns minutinhos.

Chego à sala. Guardo os eletrônicos. E coloco minha bolsa  na mesinha pequena, atrás de mim.  Estico meu corpo para a frente, com o intuito de espreguiçar. Mas, ouço uma batida leve na porta.

Não dá tempo de me recompor e sentar, e alguém invade meu espaço. Um colega de trabalho que faz dias eu percebo me olhar diferente.

Nunca me faltara com respeito. Contudo, nunca escondeu admirar quando jogava os cabelos do lado direito do pescoço, evidenciando a corrente de ouro  delicada e com brilho.

Viro-me. E ele me olha. Pede desculpas, e eu aceno que está tudo bem.  Sento-me e o convido para sentar, também.  Discutimos sobre o projeto que está sendo executado, logisticamente.  

Contudo, noto que por vários momentos, ele se perde no assunto. E treme as mãos, segurando-as.

Pergunto o que ocorre. E ele, constrangido, me diz não ser nada. Insisto. E ele, gagueja uma resposta.

Diz-me sentir ansiedade com minha presença. Há tempos. Por eu mexer com as imaginações masculinas.

Eu rio, mexo nos cabelos e, inconscientemente, cruzo as pernas. E causo fervor. Sem querer.

Porém, lá fora o chuvisco bate na janela, gelando o ambiente. Endurecendo meus mamilos, debaixo do bojo do sutiã preto. 

Gosto de preto. Na roupa, na calcinha e sutiã. Na Pérola Negra pendurada como pingente da corrente. Preto é mistério. E eu amo subentender as coisas, sem muita precisão.

Despretensiosa. E com vontade de pecar, só com os olhos. Porque está frio. E eu tenho compromisso à tarde.

Deixo com me observe enquanto falo. E como gosto de falar! Persuado com as palavras. Mostrando que sei enfeitiçar, feito sereia. 

Viajo e deixo viajar, por fração de segundos. E ando pecaminosa. Mesmo entre olhares, que se transformam em devaneios sexuais casuais, para distrair a cabeça.

Analisando bem, ele está cada vez mais nervoso. E eu, envaidecida. Vou aproveitar desse nervosismo para relaxar um pouquinho.

Ele começa a falar. E eu, conscientemente, jogo o corpo para frente, segurando um lápis à mão. Batuco levemente a borracha da ponta no vidro da mesa, num toque quase musical. E fico atenta a cada palavra.

De repente, estou observando bem mais do que deveria. E imaginando meus seios eriçados, não pelo frio do ambiente. Mas, por outro motivo.

Imagino a porta trancada, no meio do expediente. E eu tendo que controlar os gemidos, para a secretária não ouvir... Fazendo um sexo em silêncio, sem poder expôr que está bom.

Pensamento corre solto. Viajo por segundos. E, mais uma vez, sou tirada de meus devaneios. O sonho e a realidade de fundem. Num beijo estalado, roubado, depois de muito ele ensaiar.

Assusto-me. Mas, retribuo. E após, coloco meu indicador em sua boca, e sussurro que aquilo é segredo nosso. Ele apenas concorda com o olhar. E continua me cheirando, feito cão farejando sua caça. Deixo. Afinal, um pouco de diversão no trabalho esquenta minha friagem corporal. 

Ele perde o medo. Mas, me idolatra. E, confidencia em meus ouvidos esperar por esse sonho virando realidade há muito! Abre um sorriso e me beija, frenético. Seu beijo é bom. Molhado. Tem uma boca carnuda e macia. E um hálito com gosto de café forte. Pela bala. Ou pelo café da máquina, extra forte. 

Extra também pareceu ser seus braços, ao me virar de costas, pondo meus cabelos de lado, olfatando meu pescoço. Fareja-me. E apenas sussurra um “ISSO SÓ PODE SER UM SONHO!”...

Então, sussurro de volta que deve sonhar. Que é permitido. E quando vejo, estou marcando um encontro para depois do expediente... Afinal, tenho uma reunião às catorze. 

Porém, posso me atrasar um pouco para chegar em casa. Não há crianças me esperando. Somente um marido que eu sei satisfazer, quando quero e como posso. E isso eu resolvo depois... Num próximo texto!...

Achou que as aventuras parariam por aqui? É muito cedo para eu saciar meu lado sedento por pequenas alegrias do dia a dia... Vem me ler, num próximo capítulo! 


terça-feira, 23 de maio de 2023

Chocolate & Chantilly... Aqui e Ali!




 Sábado. Depois das dezessete. Marido em viagem, a negócios. E eu, entediada.

Na banheira, um banho de espuma. Todo perfumado. Com som de fundo, na caixinha de reproduzir músicas.

Com azulejos azuis, feito banheiro retrô dos tempos de infância e casa de avós... Com vasinho de bonsai no aparador no corredor, rumo ao banheiro do meu quarto. 

Um quarto grandioso, e rico de detalhes. Tudo o que eu preciso, além do que já tenho, é uma boa aventura!

Não fui com ele. Preferiu ir sozinho, alegando voltar em dois dias. Então, preciso me distrair com algo que me faça valer a pena a distância 

Sou dos devaneios, dos anseios, dos desejos. E, perdida em meus pensamentos, sou tirada de meu transe quase hipnótico, quando toca o telefone. 

Logo reconheço o número. Meu amigo de infância. Um homem seis anos mais velho do que eu. E que, mesmo casado, nunca se afastou de mim.

Ligou e eu de pronto, atendi. Estava com saudades de sua voz aveludada me chamando por meu apelido, ao invés do meu nome. 

Em poucos minutos, ouço a campainha tocar. Pego o roupão de banho, visto e vou atender.

Como não há segredos entre nós, não me preocupo com a vestimenta, toda trabalhada na formalidade. 

Sempre fomos amigos, desde a infância. E sempre foi algo natural para nós esse carinho todo. Mais natural ainda recebê-lo em minha casa, mesmo com o marido viajando.

Giro a maçaneta da porta de entrada, e corro lhe abraçar! Com tamanha saudade... Inconscientemente, lhe estalo um beijo no rosto, lisinho feito bumbum de recém nascido. Pego sua mão e lhe puxo até a sala de estar. 

Feito menina sapeca, sento de pernas cruzadas; esquecendo que debaixo do roupão não há peça alguma!

Ruborizo-me, e fico sem jeito. Tento consertar, pedindo desculpas. E ele dá de ombros, dizendo que a casa é minha. E que desde nunca tivemos um com o outro essa formalidade toda.

Então, digo que estava no banho e que não se importa, gostaria de terminar. E que eu retorno em dez minutos. Peço que me espere, prometendo ser sua confidente leal, quando linda e perfumada.

Ele acena com a cabeça, positivo. E eu subo as escadas correndo, para não perder um segundo sequer dos seiscentos segundos.

Deixo-lhe no sofá, com a TV ligada. E subo. Para terminar meu banho, rapidinho. Porém, o banho de uma mulher não é tão rapidinho assim! 

Como lhe deixei com algo a se entreter,  creio que ele não note se eu me demorar mais uns minutinhos, além do prometido. 

Entro novamente no banho. E ligo de novo minha playlist. Dessa vez um pouco de música latina, para aquecer o coração e a alma. 

Quando vejo, estou dançando debaixo d’água. Com as pernas esticadas ao ar, cruzadas, expondo as unhas pintada de vermelho, nos pés e mãos.

Gosto de combinar as cores. Nós esmaltes, lingeries, acessórios, batom. E hoje é dia de vermelho! Assim que eu sair do banho, no divã ao pé da cama de casal, já está separado um vestido de alças finas, em tom vermelho sangue. Com saia comprida, bem fresco. 

Uma música, duas. Na terceira, percebo que os dez minutos já se foram faz uns quinze. E que ele, meu amigo de infância, me observa. Assusto-me. Ainda mais com o que vejo. Aquele homem belo e perfumado se tocando, atrás da porta semiaberta... 

Tento não esboçar reação de espanto. E até não me espanto tanto assim! No fundo, sempre achei ele um belo homem. Atraente. Com uma beleza simples, mas que me encanta há tempos. 

Finjo não perceber ele atrás da porta me olhando. E começo a me mexer debaixo d’água, como se estivesse dançando ao som do estourar das bolhas de sabão.

Então, sinto a porta abrir completamente. Ele, sem jeito, pede desculpas. E diz que não conseguiu resistir minha alegria, em forma de ser...

Abro um sorriso. E convido a vir dançar comigo. Assim, na espontaneidade. E ele, sem titubear, aceita. E diz que mostraria suas habilidades corporais de dança.

Aceno com a cabeça, como quem duvida. Ou como quem está propondo ia aposta, onde o prêmio serei eu!

Afinal, não há roupas para eu apostar. Estou nua e molhada. Pela água que escorre. Pelo desejo que eu sinto resplandecer em minhas pernas.

Saio da banheira. Enrolo-me no roupão cor de vinho, de pano absorvente. E penteio meus cabelos, enquanto me olha constante. Num misto de incógnita e decifração, resolvo ousar! Minha vez de mostrar o lado amiga que talvez nunca tenha reparado.

Insinuo. Ao estilo dona da situação! E apenas aceno para que se sente no pé da minha  cama de casal.

Obedece. Sem dizer uma só palavra! E espera eu me manifestar...

Então, eu vou até o frigobar do quarto. Sempre há algo diferente, para eu adoçar o paladar. E dessa vez, encontro a combinação perfeita: chantilly em spray e chocolate em quadradinhos!

Na caixinha de som, uma salsa. Gosto de mostrar a minha ancestralidade, mesmo que de longe... Começo a me mexer, dançando, enquanto pego um cubo de chocolate e coloco na boca, derretendo-o. Movimento na língua, para lá e para cá, com o intuito de amolecer o doce e facilitar engoli-lo.

A cada nota ecoada, um pedacinho de chocolate... E uma peça que cai. Estou nua, completamente! E ele já não sabe como se controlar! 

A essa altura do campeonato, nem o mais frio dos homens resistiria ao meu perfume exalando no cômodo de dormir. E eu, sabendo disso, provoco mais ainda! Com olhares, cantorias, sorrisos bobos... Com chantilly na pontinha do dedo indicador, indicando que minha saliência hoje está evidente!

Então, ao vê-lo absolutamente excitado, sem conseguir esconde o volume... Chego até seu rosto e, quando vou falar que iria me vestir, sou subitamente pega pela cintura, sem tempo de defesa.

Ele me joga na cama, e pula em cima de mim... Me rouba o beijo mais ardente, vindo daquela boca toda desenhada por Michelangelo. E eu retribuo. 

Apenas consigo sussurrar : “FAÇA!”. E ele, como louco, põe para fora seu desejo em mim, escondido desde muito! 

Roça seu corpo em minha pele úmida. E tão logo ergue meus pés em seus ombros. Deflora minha pequena e apertada flor... Com a língua, com o falo. Com a fala!

E me faz boneca de pano na mão da criança birrenta, mimada e sedenta por brincadeiras. Brinca com meus mamilos, enquanto puxa meus cabelos, de costas.

Lambe minha pele como quem busca o antídoto. Ou o próprio veneno. Envenena-se com gosto de morrer! E eu o mato, a cada rebolar de meus quadris.

Gemo. Sem medo do que possam pensar! E não penso no depois. Pode ser que esse depois nem chegue, talvez.

Quero aproveitar o chocolate, o chantilly... Aqui, ali e acolá! Estou na melhor fase de mim. E hei de satisfazer cada aventura  diabólica da minha imaginação! Por que não? 

sábado, 20 de maio de 2023

Tutti Frutti & Pirulito... Lição de Línguas




Roupa composta, depois de horas de prazer. Algo que eu não sentia há tempos. Estava acostumada com o de sempre, com apenas algumas variações de tempo e espaço. 

E eu sou das estruturas balançadas, porém firmes na hora em que quero. E hoje quis você, insanamente.

Como da primeira vez em que me vi menina, descobrindo a libido... Me propus a fazermos papel de professor e aluna, numa outra delícia de se contar e de criar.

Dessa vez, o ambiente é outro. A vestimenta de executiva deu lugar a algo mais singelo, com jeans e baby look branca, lisa. Por baixo, uma lingerie também branca de Lycra, delineando numa meia taça o contorno dos meus seios médios.

Os cabelos estão presos num rabo de cavalo alto, com lacinho de amarrar de elástico rosa. Porque às quartas-feiras, as meninas usam rosa!

Contudo, dessa vez, o rosado não é só o acessório do cabelo. Quero mostrar que tenho outros rosas, espalhados pelo corpo.

De início, uma tatuagem. Sutil e ousada, ao mesmo tempo. No ombro esquerdo, com uma rosa que suavemente se abre de seu caule, em botão florido. 

Depois, no brinco de pedraria em tom rosa chá, a combinar com o batom rosado a contornar a boca. E por fim, uma rosa mais profunda, mais profana, mais natural, com pele e cheiro  de bebê.

Um bebê que manha, apanha e é desobediente, às vezes! Um bebê que se comporta bonitinho, para ganhar a mamadeira cheia de leite quente, como recompensa pelo ato de se comportar.

E hoje, nessa quarta atípica de outono – onde o mormaço do pico do meio dia bate na casa dos trinta graus, quero que conheça minha desobediência mais gostosa.

Com refrigerante a pinicar a língua, no sabor guaraná. Com pirulito de Tutti Frutti  redondo a bailar no canto da boca, lambido por vezes com tamanho frenesi.

Quero que sinta meu sabor. Das mais diferentes formas. E vou mostrar uma a uma, devagarinho.

Para tanto, eu primeiro preferi mudar o ambiente de amostra.  Uma sala de aula, no período em que a escola não funciona, por causa do feriado santo de padroeiro da cidade.

Que maldade ser assim, em dia de oração! Perdão, Senhor! Mas, ouvi dizer que quando pomos o coração em tudo o que fazemos, o pecado é perdoado...

Chego na sala com caderno, estojo e todo o gás. Do guaraná na lata gelada. Do pirulito rodopiando nos lábios, com a língua sugando-o. 

Sento na primeira carteira, ponho os óculos de leitura de acetato rosa bebê e policarbonato, com anti reflexo. Para melhor observar o professor que à frente corrige provas de Espanhol. E eu ando precisando melhorar minha pronúncia.

Olho. Observo. Absorvo. Tenho dúvida se logo será minha vez de pronunciar ¡TE QUIERO! Em seus ouvidos. Contudo, meus olhinhos correm soltos a cada gesto e movimento.

De repente, sinto um gota de suor descendo pelo pescoço, molhando o peito. Estou ansiosa.

E quero logo me imaginar naquela mesa de colégio, no colinho do professor, desenrolando a língua.

Ouço a pronúncia das palavras. Chupo meu pirulito. E vejo ele me observando, sentado em minha frente. O que eu não imaginava (ou imaginava e muito) era vê-lo endurecer sua caneta avermelhada tão depressa. Num massagear suave, debaixo da mesa.

Levanto-me da carteira. E vou até sua mesa, tirar uma dúvida. Agacho-me e quase perco o equilíbrio, na pontinha do ALL STAR de cano alto, jeans. 

Instantaneamente, grudo em sua perna, para não cair. E ele retribui minha espontaneidade, me puxando para não cair. Quando vejo, estou segurando sua coxa esquerda com força. E percebendo o quanto eu gosto de coxas grossas.

Seus olhos me comem. E eu não desvio o olhar. Nem a mão! Observo e engulo a seco, quando sinto puxar minha mão em seu volume. Algo saliente, escondido – e não tão escondido assim!

Engulo a seco, no primeiro momento, somente. Contudo, minha inspiração é rápida e quero pôr em prática minha fluência no Espanhol e no espanhol. Permaneço abaixada e resolvo ajoelhar-me. 

Mostro o que quero, sem dizer uma palavra. Sei falar com os olhos. E você sabe decifrar olhares voluptuosos. 

Quando me vejo, estou confundindo o adocicado do pirulito com o rosado da sua virilidade. Num lamber que suga, mostrando meu talento.

Mostro que seu ser boa menina. Aluna aplicada, enquanto aplica em mim sua melhor lição de linguística!

A mesa do professor se transforma em cenário de fetiche. E por baixo do jeans delavê, há um caminho todo liso, feito tapete de recapeamento de estrada... Novinho em folha!

Folheia minhas páginas. Mostra as melhores lições que devo executar, para minha fluência completa.

E eu, há essa hora, depois de horas de lições aplicadas, já posso aplicar o aprendizado em prática. Com o professor e com os coleguinhas, sempre que tiver dúvidas quanto a pronúncia exata da Língua. E da língua certa a satisfazer meus pecados... Todos esses perdoados por Deus. Afinal, Deus perdoa até o mais infame dos pecadores. 

E eu confesso que esse pecado é meu preferido!

Estou pronta para novas lições. E você, quer aprender comigo as melhores lições? Vem me acompanhar na próxima história! 


sexta-feira, 19 de maio de 2023

Morango & Menta... Com pimenta!




Dia vinte e nove, de uma quinta qualquer do ano. Em meio às Quintas, aos fados e sotaques portugueses, um olhar acastanhado se esconde atrás dos óculos de sol. 

Um rosto redondo, com cabelos e barbas grisalhos, impecáveis! Um perfume marcante no pescoço e camisa, em tom de azul bebê. Bebe uma taça de tinto, e se serve de uma massa fresca com palmitos, tomates secos e manjericão. Tudo bem simples, e bem feito.

Na mão esquerda, uma aliança dourada no dedo anelar. No pulso, um Rolex todo trabalhado na elegância que a ocasião pede.

Sua imponência faz marcar a tarde, com todo o tempo do mundo! 

Na mesa do almoço, uma pasta de executivo. Executando projetos, ensaiando propostas. Tudo muito bem avaliado, com o crivo de um expertise. 

Senta, olha e analisa. Anota, no bloco de notas do celular prateado , com capa preta de couro. A combinar com a pasta, na cadeira do lado de onde se senta.

Chego de óculos fumê, em tom degradê, a cobrir meus olhos marcados pela maquiagem. A roupa... Um vestido social preto, um palmo acima dos joelhos. Nos pés, uma sandália de salto quadrado, também preta. 

Nas mãos, além da bolsa social se alça única, uma aliança também no dedo anelar esquerdo. Porém, diferente da sua, essa é toda trabalhada nos detalhes e cravejada com um brilhante ao centro.

Chego, abaixo levemente os óculos e vejo você me acenar com a mão. Senti-me, enquanto puxa a cadeira para mim com uma das mãos. E a outra, desliza suavemente sobre minhas costas.

Pede ao sommelier a carta de vinhos, e eu apenas aceno que não bebo, preferindo um suco de morangos e menta.

Conversamos um pouco. E posso imaginar coisas que nem imagina que eu penso, desde o primeiro instante ao lhe ver. Como por exemplo, algo mais picante do que uma massa fresca – podendo eu ser mais fresca que a massa!

Conforme vamos falando, percebo seus olhares desviando para o meu decote. Ajeito minha alça esquerda do sutiã , onde o strass em formato de coração adorna a alça de renda, bem próximo ao ombro. Algo sutil e delicado, mas que provoca sem segundas intenções.

Passam-se quinze minutos. E de repente, sinto algo debaixo da mesa, roçando em minhas pernas. Tento não me assustar, mantendo a compostura. Todavia, creio que meus olhos tenham se arregalado, no segundo em que sinto minhas pernas serem tocadas por seus pés, debaixo da toalha branca que desce até o chão.

Faço cara de boa moça, pura e casta. Porém, não sou tão casta assim!

Sei fazer um homem perder seu pudor, entre quatro paredes. E a essa hora, já me propus a querer algo mais do que um almoço de negócios com esse que é um dos homens mais misteriosos que já tive contato.

O almoço termina, e ao irmos para o estacionamento do restaurante, sinto novamente o arrepio me percorrer a espinha dorsal, à medida que sussurra em me ouvido ter se encantado com minha beleza. E que o perfume dos meus cabelos o teria inebriado.

Os olhos se cruzam. A boca, entreaberta, respira o calor das três da tarde. E eu só consigo compreender o convite na segunda vez em que me chama para a realidade, me propondo conhecer seu apartamento comercial, na rua mais badalada da cidade. 

Em poucos minutos, vejo meu mundo se fechar em uma porta preta de madeira, abrindo-se para aqueles que seriam os momentos mais  pecaminoso dos últimos meses.

Quando vejo, estou de costas para a porta, sendo jogada no sofá cinza chumbo, com o peso daquele homem em cima de mim!

E eu juro não me incomodar com o peso e com suas mãos me puxando feito boneca de pano ou controle remoto de seu PlayStation cinco. 

Quando percebo, já estou de calcinha e sutiã de renda, cereja e preto. Com a boca posta em seu brinquedo, quase afogada pelos movimentos frenéticos de um ser insaciável. 

Mal penso, e já estou novamente posta em nova posição. Desta vez, em cima da bancada de trabalho, entre papéis e canetas de marcas famosas. Entre relógios de parede e quadros de artistas renomados a observar uma fera buscando controlar o incontrolável.

As pernas são seguras para cima. E eu, gemo feito louca, enquanto me contorço em sua boca. Confesso não ter sido degustada com tamanha euforia e capacidade de conhecimento de causa há um bom tempo.

Enquanto me suga, esquece que está em um edifício. Porém, o terraço é maravilhoso para aproveitar altas aventuras sexuais entre nós dois; ficando somente o vizinho do andar abaixo com inveja dos gritos, gemidos e tapas. Tudo com muito prazer e safadeza. Mas, sem machucar nenhum dos dois.  

Olho no relógio e já são mais de cinco. Preciso né recompor.

E será que eu quero? Será que foi somente um breve encontro de loucura e tesão?

O destino desse conto você só saberá, se acompanhar a continuação, amanhã à noite... Ficou curioso? Venha se deliciar com meu poder de persuadir e encantar quem me lê!...

terça-feira, 16 de maio de 2023

Mia, gatinho!...




Quero lhe ver...

Isso não é desejo, é ordem!

Explica para minha saudade

A falta dos eu cheiro em minha blusa...

De alças, com mangas ou de frio.

Quero lhe ver com os olhos 

E dedilhar com as pontas dos dedos...

Feito deficiente visual, tateando para reconhecer alguém!

Posso tatear você quantas vezes quiser.

Sei usar as mãos com maestria.

E lhe provo sabê-lo!

Como quem toca um Vercillo no violão,

 Em Ré Sétima  Maior,

 Dó Sustenido Menor com Sétima,

Lá Menor com Sétima 

E Lá Maior com Sétima Maior.

Dedilhando Só Quem Ama...

Amo lhe provocar.

Mostrar quem manda.

Comer com os olhos.

E com a boca também!

Pintada de vermelho vivo, ou marrom.

Marcando a cueca branca,

Ao arrancá-la com os dentes.

Sou exigente comigo e com o que se propõe a fazer.

Quero que faça como se fosse sua melhor pedida.

E peça, com carinha de bebê manhoso!

Em dias de submissão, deixo que me ordene.

Em dias de vulcão gostoso, mostro quem manda!

A noite vai passando.

O sino da igreja já ecoou duas da manhã.

E amanhã serei obrigada a lhe intimar,

Caso hoje não decifre minha vontade.

A verdade é uma só e deve ser dita:

A gente junto é delícia pura, gatinho! 

Então, mia para mim... Pedindo atenção!

Adoro seu ronronar virando rugido!...


segunda-feira, 15 de maio de 2023

Convite à montaria...




Calça jeans marinho, montaria.

Uma bota baixa, lustrada, de couro.

Camisa branca de algodão, com colarinho de flores de cerejeira.

No pescoço, escapulário de Nossa Senhora, dourado.

Peço proteção.

E perdão pelos pecados já cometidos.

Cabelos molhados, depois da roupa tirada.

Mostrando que a montaria não está só no tipo de calça...

Está no quadril que rebola.

No mover dos seios, dentro do sutiã.

Na boca que suga e engole o sorvete de casquinha...

No sabor de leite condensado!

Molho o lençol com o suor do corpo, com o gozo escorrido.

E lhe puxo para o banho junto comigo, depois do ato 

É fato que me alegra uma segunda rodada.

Regada a algo doce e que borbulha na língua!

Pode ser champanhe, Coca ou outra coisa.

Desde que eu sinta na essência cada gotícula me invadindo, goela abaixo.

Abaixo-me para pegar o sabonete...

E quando vejo, já estou sendo posta contra a parede,

Erguida por seus braços fortes.

Ergue-me, nua; e me pede que preste atenção a cada detalhe.

Enlaça minhas pernas em sua cintura

E puramente me toma ali mesmo...

Num querer insaciável.

Desejado há tempos!

Nesse momento, lá fora, o mundo é o que menos importa.

Somos feras indomadas,

Famintas e sedentas um do outro.

Loucos, nem percebemos o tempo passar.

Já caiu a noitinha.

E minha vontade era lhe convidar a dormir, aqui comigo.

Pena que a vida real não nos permite

Eternizar o fogo em um amanhecer regado 

A um bom café da manhã,

Com croissant e outra rodada de prazer...


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Fala!




Olha meus status, stories, o que posto...

De longe, sem se envolver.

Por puro medo que eu diga algo.

Que eu questione, aponte ou responda.

Calma, criança!

Há um tempo deixei de questionar as coisas!

Agora, preocupo-me com a primeira pessoa do singular.

Um singular egoísta?

Talvez!

Aprendi que denominar o plural faz com que eu me perca...

Mesmo sendo eu exímia conjugadora dos tempos verbais.

O presente do indicativo na primeira pessoa 

É muito menos trabalhoso que a terceira!

Já vivi muito com o terceiro lugar do jogo.

Hoje, jogo para ganhar.

Compito comigo, somente.

Se tiver que competir com outra criatura, entrego o pódio.

Dá preguiça duelar...

A idade nos permite isso.

Passar para frente o que não nos acompanha, dia a dia.

Não se desculpe, nem se culpe.

Meu rancor é pitada de pimenta 

Na pontinha do coração.

Para manter vivo e pulsante esse pedaço de mim 

Que ainda acredita na humanidade, certas vezes...

Acredito no Universo, multiverso, inverso...

Desde que não minta para mim!

Reconheço uma mentira pelo faro.

Farejo como cão perdigueiro.

E destruo, com carinha de Lulu da Pomerânia...

Contudo, ando poupando ataques.

Preferindo fingir demência, na essência do ser 

Pois ser das encrencas está me causando rugas!

Eu gosto, e demonstro.

Eu não gosto, e finjo!

Só quem me conhece a fundo

Percebe meu olhar de desdém

A quem me tira do sério,.

Saio do prumo quando quero.

Tão somente assim.

Afim de uma prosa?

Perde o medo e chama!

Deu saudade?

Diga o que ensaia em frente ao volante, no fim da tarde...

Se não expuser, em letras garrafais...

Não será na mensagem subliminar que eu lerei.

Explicitar é tão ou mais sagrado

Que qualquer oração a mim endereçada!

Perde o medo, e vem dizer.

Ou, com o tempo, você será igual a mim...

Assim, com preguiça de dialogar!...



Combo da Ilusão




Dia raiando... 

E eu me espreguiçando, feito felina ao acordar.

Contudo, não dormi a noite toda!

Bandida, preferi caçar mais uma vítima.

E encontrei!

Tanto que brinquei de cavalinho a noite toda!...

Satisfazendo meus desejos mais diferentes...

Mostrando o que de melhor sei fazer:

Iludir!

Iludir com palavras doces, com olhares enigmáticos...

Que deixam na dúvida se quero ou não você!

Se estou afim, faço!

Se não, não me dou ao trabalho de agradar.

Não sou obrigada a mostrar meus dentes,

Se meus olhos não cruzaram com o seu santo.

De santidade, passo longe!

Estou mais para diabo do que anjo!

Um diabo de lingerie cereja.

Com cereja na taça de champanhe...

Uma marca de batom vermelho na borda de cristal.

Um diamante solitário na caixinha de veludo.

Posso tudo, quando quero!

E quis, a noite toda!

Agora, já estou pronta para viver...

Uma vida que ninguém imagina que eu tenha,

Quando cai a noite

E eu me transformo em dama da noite,

Do açoite, da boate, biscate...

Chame-me do que quiser.

Mas, na verdade, o querer é meu!

Eu olho, escolho e mastigo...

O casto, o laço, o troco, o chiclete!

E depois cuspo, ao meu bel-prazer...

Satisfação: a que lhe enlouquece

Enquanto perde o fôlego!...


domingo, 7 de maio de 2023

Vai ter volta!




Vai ter volta seu descaso...

Pode esperar!

Diz ter sido especial.

E depois dá nota fora.

Prefere me ver enfurecida contigo.

Dizendo qualquer asneira a me irritar.

Não deveria ter tanta audácia assim!

Para mim, a vingança é parte integrante do pacote...

Quando me deixam fora do sério!

Quero que se exploda sua vontade

De me pôr frente ao muro das lamentações

Que me é tão palpável!

Não há coisa pior no mundo

Do que ver você me sugerindo 

A plenitude de profundidade,

Num abismo que não quero me jogar!

Demorei muito para reescalar até o cume

Desviando dos obstáculos mais diferentes.

Peça-me tudo.

Menos que eu refaça algo que não estou disposta refazer.

Não sou mulher de refazimentos.

Sou tormenta.

E se não sabe lidar com minha fúria,

Não provoque e nem invoque meus demônios!

Posso ser cruel, com sabor de satisfação no brilho dos olhos...

Eu de você, não pagaria para ver!


sexta-feira, 5 de maio de 2023

Dry Martini




Olho para você como quem saliva no doce.

Com olhar morteiro, boca cor de framboesa.

Cabelos jogados de lado.

Um colar com meu nome.

Amo que diga meu nome, imponente.

Gosto que sinta minha pele perfumada, meu hálito fresco.

Com a mesma frescura com que eu faço você perder o prumo.

Subo no seu colo, de vestido de seda branco.

E sento em seu sexo, suavemente.

Com a calcinha posta de lado, sem tirar.

Como quem quer trabalhar na elegância.

Porém, à medida que sinto seu pulsar,

Deixo invadir em mim a garotinha mais perversa,

Descobrindo o mundo do erotismo.

Subo e desço, no pelo...

Sem preservar nada.

Quero sentir sua vontade mais louca de me ter, dominada.

O que não espera é que eu, como boa meretriz,

Domino!

E faço você jorrar seu gozo...

Uma, duas vezes.

Chegando a tremer as pernas.

Chegando a suar frio.

Almoçamos juntos.

E faço de você, meu bombom ao leite...

Para eu me lambuzar!

Passo algum tempo me divertindo.

E depois, visto a roupa...

Que nessa hora, já está no chão do quarto

De um motel barato qualquer.

Da próxima vez, quero banheira de espuma e um Dry Martini.

Fico mais eufórica com alguns incentivos...

E satisfaço melhor meus instintos

De mulher decidida, mulher da vida...

Da lida!

Lida comigo...

E eu te mostro como sei trabalhar, certinho, bebezinho! 

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Ôh! Delícia!




Sonhar com minha língua em seu pescoço...

Ah! Socorro Deus!

É maldade demais para uma pessoa só.

No meio da madrugada fria e solitária...

Onde tudo é possível, na imaginação!

Aí minha alma busca a sua.

Você me sorri.

Abre os braços, como criança.

Numa felicidade sem vergonha.

E apanha minha cintura como prêmio.

Então eu lhe abraço...

E como faço, deslizo minha língua em seu pescoço!

Só para sentir seu arrepio.

Só para ouvir o seu gemido baixinho,

Disfarçado com uma fala qualquer, sem sentido.

Porque o desejo de sentir é maior.

E por milésimos de segundos, o mundo para ali.

Observando nossa sintonia.

Absorvendo nossas energias e perfumes...

Numa fusão perfeita.

Onde eu fico com seu cheiro, e você com o meu.

Onde seu sabor é meu.

E eu posso ser dona da situação!

Sonhei com sua pele na minha...

Ôh! Delícia!

Melhor só se fosse aqui e agora!

Bora?