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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 29 de maio de 2016

Destino... Um Dedo de Prosa!



A criança observa ao longe a velhice em que se tornou. Através do tempo. Essa criança, sou eu. A velhice, você!
Com seus medos, suas desilusões. Suas culpas escondidas, amargadas e dilaceradas pelo pilão da sua consciência.
Os filhos, as rugas, os palavrões. Tudo, exatamente tudo, está aí, dentro de você, nesta hora, lhe sugando as últimas expectativas de vida!
E agora você tenta ser vítima! Pura ignorância sua acreditarem! Pura falta de imaginação a sua não crer que eu viria até aqui cobrar-lhe satisfações!
E agora que lhe vejo assim de cabeça baixa, pergunto-lhe: 
- Achou que eu, seu destino, não viria lhe chamar a uma prosa mais direta? Achou que eu ficaria para sempre atrás dos acontecidos, escondido, só observando???

As quintas!!!



     Quintas. Filha da segundas, Prima das terças. Irmã das quartas e sextas, amantes dos sábados, esposas dos domingos. 
     As quintas são especiais em suas essências. Com vento batendo na janela de madeira. Com dança que desce até o chão. Com olhos vendados e chicote nas mãos. Às quintas, com produção mega trabalhada nos brilhos e paetês. Ou com o poder de um preto básico.
     Todas as quintas. à noite. Com cigarro entre os dedos. E uma taça de vinho tinto seco. Para deixar qualquer amante seu sem vontade de voltar para casa, para a rotina do "boa noite, querida!"
     às quintas, por trás da cortina, à espreita, na espera, com um pouco de bagunça na cama...
     Porque a bagunça é a alma das quintas. É nela em que fazemos, refazemos e não nos arrependemos.
     Com direito a holofote, a camarote ou chicote. Porque as quintas são donas da situação. Não precisam de opinião alheia. São soberanas, levianas, boas samaritanas. São o que você quiser que elas sejam, sem mudar a rota programada. São da meninada, da mulherada safada, da palhaçada masculinizada, da santidade disfarçada, da vontade exacerbada, declarada, sublimizada.
     São as quintas. Nas quintas. Das quintas. Com batom vermelho, bordô ou púrpura. Para fazer bem feito, com jeito, perfeito!
     Porque as quintas são especiais e únicas, como a primeira tomada de prazer a experimentar no canto dos lábios...
   

domingo, 15 de maio de 2016

Minutos de Quinta...


     É quinta. E eu estou contando os minutos para lhe ver, de novo. Contando e tentando parar o tempo, enquanto você está aqui.
       Você vem, quando pode. E eu, sou toda ansiedade. Não roo as unhas, para encravá-las nas suas costas, enquanto namoramos. Mas, os chicletes são indispensáveis nesses momentos de espera.
       É quinta. Véspera de feriado. Dia de encontrar seu sorriso. De cruzar seu olhar com o meu. De sentir sua felicidade parte da minha.
       Hoje você é meu! E eu, enquanto sua, faço planos de prendê-lo em meus sonhos, para que fique ao meu lado, todas as quintas, de todas as semanas, nos trezentos e sessenta e cinco dias do ano.
       Somos dois e um, quando está aqui! Sou toda carinho. E você, orgulho para o meu coração, para a minha quinta-feira...
       É quinta! E eu adoro sua companhia, debaixo do chuveiro ou do edredom, com beijo romântico ou todo pervertido. Com intenção de casamento ou de uma deliciosa noite de amor e sexo. Na quinta, porque as quintas são especiais. Como você!

Safadeza de Quinta!



     Gosto das quintas-feiras. De um blues, um jazz. Dos dedos estalando, marcando o compasso para a fantasia; para o despir da pele.
     Trabalho nas noites. Nas quintas. Em meio a olhares de cobiça. Em meio a copos de Whisky, de taças de champanhe. A pele, perfumada, denota que o show será perfeito. E é isso que eu espero!
     Espero que ele me renda bons frutos. Que seja uma madrugada de quinta recheada de notas e salivas...
     Gosto dessa vida leviana. Dos olhares todos para mim. De exibir a tatuagem de dragão vermelho, enquanto danço de costas para a plateia. Dos beijos molhados, após o show! Das mãos me buscando, da língua escolhida sugando cada centímetro dessa pele alva.
     Sou da insanidade. Sou das quintas. Sou dos desejos. Sou de quinta, para alguns. De primeira, para outros. E toda cheia de caprichos. É assim que eu vivo. É assim que eu gosto de preencher minha vida. 
     Às quintas, toda safada, como sempre!