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Queria uma palavra sua hoje...
Um BORA, de novo.
E eu iria, sem pensar duas vezes!
Mas, em noites de solidão, seu silêncio me dói.
Como quando eu deixei seus lábios quererem os meus
E não poderem me beijar, no meio da multidão.
Apenas sentindo seus olhos me dizendo que tudo o que mais queria
Era não ir embora, com medo do amanhã.
E esse amanhã se faz hoje, bebê!
Onde além do medo, ficaram-se as lembranças.
Moendo no peito o perfume que não sai da memória.
Trazendo pra língua novamente seu gosto.
O agridoce misturado com o frescor da bala de cereja, da Piper de hortelã.
Fecho meus olhos e posso cavalgar de novo naquele chão de assoalhos.
Pedindo para que você terminasse,
Enquanto jogava meu corpo para a frente, roubando-lhe um beijo doce e intenso.
Tudo hoje me remete a nós.
Um nós que eu senti em cada poro...
Que eu desejei em cada segundo vivido.
Que eu vivi intensamente, como é de mim fazê-lo!
Não saberia ser diferente.
Não conseguiria fingir não desejar você desde o primeiro momento...
A primeira fragrância de perfume adentrando pelo corredor.
E foi tudo tão bom!
Que por vezes eu fico assim, nostálgica!
Querendo reviver o vinte de julho,
Só para ter feito diferente o trajeto de volta.
Só para ter parado no meio do caminho,
Ao som baixinho de um Love Metal,
E um toque em sua nuca, entreabrindo a boca...
Esperando pelo beijo, pela loucura de nós dois.
Hoje o dia já se foi.
A noite já se faz minha companheira.
E eu daria tudo por uma mensagem sua,
Na minha rede social, caixa postal ou por ligação.
Onde foi que nos perdemos?
Porque sei detalhar minuciosamente
Cada vez que nos encontramos nos braços um do outro!
E como sei!...
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