um pouco mais sobre mim...

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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BORBOLETAS




Somos nós quem fazemos nosso dia ser rodeado de borboletas ou gafanhotos...

Morada


Vivo entre ilusões.
Faço de mim morada dos sonhos...

Li-ber-da-de!!!





Decidi fechar os olhos
E esquecer os sonhos
Pesadelos que atormentavam
A alma, causando insônia...
Hoje me liberto!
Liberto meu corpo
Envolvo minh’alma em luz...
Esqueço o maço de rascunhos
Na escada, e saio.
Olho na escrivaninha
E já a vejo organizada,
Como, talvez, nunca estivera!
Libero-me do ego ferido
Das amarras e grilhões imaginários
Que faziam de meu pobre ser
Algo errante, à espera da felicidade.
Hoje sei que ela, a tão sonhada felicidade,
Está nos olhos e não nos lábios!
Posso sentir minh’alma livre
Posso voar, sem nem sequer sair do chão!
Posso respirar um ar que era meu
E que estava engarrafado
Submerso nas profundas
E amargas utopias do ser!
Hoje sei que o ato de caminhar
De cabeça erguida e braços abertos
É algo concreto e palpável!
E essa sensação me envolve
Como os raios de luz
Que queimam minha pele.
Hoje liberto minh’alma
E sei que, para a felicidade,
Só me faltam dois passos.
Grito aos quatro ventos
Que o amor é a fonte
E que para ser amado
Faz-se necessário amar
De forma passional e
Incondicionalmente verdadeira!
Sem amarras, sem rascunhos
Ou arabescos a “enfeitar”...
De forma nua, sem pudor,
Sem vergonha do ridículo
Pois o ridículo está nos olhos...
E estes nos amarram, grilham
O que nos impede de sermos verdadeiros.
Hoje posso sentir em meu peito
A certeza do amor que me move...
E esse amor, sem dúvida,
É o quê todo especial
Que me faz abrir os olhos,
Mesmo quando o sol se esconde, horizonte afora...
Somos o que emanamos.
E hoje sei que meu emanar
É pura e concretamente verdadeiro...
O sonho dos anjos,
A pureza do eterno
E a eternidade de dizer
Que sou feliz, pura e simplesmente
Porque carrego no peito
A delícia de sorrir como criança,
De beijar sua testa
E de fazer de meu amor
A fonte inesgotável do seu prazer
E a delicadeza de sua felicidade...
Uma felicidade que me envolve
Escolhe-me e acolhe
Faça frio, madrugada adentro
Faça um escaldante calor
Debaixo do chuveiro...
A delícia do prazer
E a certeza do eterno
Apenas na troca de olhares.
Liberto meu corpo
E sei que esse libertar
É a sensação mais inexplicável da alma...
Amém!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Medo




Tenho medo.
Medo de acordar de repente
Sem ter terminado nossa prosa.
Medo de abrir os olhos
E esquecer dos abraços e carinhos.
Medo.
Simplesmente medo.
E essa covardia
Faz de mim pequena demais.
Pequena para pedir que fique mais um pouco.
Pequena para dizer
Preciso de seu colo...

Caminhos da Vida




Digas-me que és feliz
E baixarei meus olhos...
Digas-me que não sonhas
E calarei minhas palavras...
Digas-me que caminhas por terrenos floridos
E deixarei minhas mãos em meus bolsos...
Digas-me. Apenas digas-me.
Faças das palavras
Escrituras morais de plenitude humana.
Faças dos sorrisos
Demonstrações explicitas de uma alma que saltita.
Faças dos olhares
A forma de convencer que és feliz!
Caminhes por ruas desertas, na penumbra da madrugada,
Sem ao menos ecoares um “socorro” que seja...
(mesmo em pensamento)
Mergulhes pelas profundezas escondidas em grutas d’alma
Sem nem sequer estenderes as mãos ao alto
À espera de mãos que te devolvam o ar.
Caminhes com as próprias pernas
E ecoes aos quatro ventos
Que não necessitas mais de auxílio
Que és auto-sustentável!
Talvez tu consigas.
Talvez te afogues dentro de ti mesmo.
Ou talvez sufoques tanto
Que acabe por viver assim,
Um quase-viver...
Única e simplesmente por medo
De gritar “preciso de você”!
Caminhos da vida...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Heloisa Armanni





Para falar de coisas lindas
Antes é preciso
Navegar por águas turvas.
Então, venho lhe falar
De tudo o que aflige a alma
Que vos escreve...
Digo que me liberto
Fecho os olhos e abro os braços
À frente, um abismo sem fim
À espera do pulo fatal.
Dou um suspiro e salto!
Lá embaixo, lembranças remotas
Lá em cima, talvez o medo de olhar para atrás...
Enquanto deixo meu corpo seguir a lei da gravidade,
Apenas sinto o vento cortar minha pele.
Olhos semi-cerrados
Cabeça flutuante,
Lágrimas que escorrem que maneira involuntária...
Aos poucos, filmes vão passando
E posso ver cada detalhe, de cada momento vivido.
As pontes, o violino triste
Entoando, no meio da noite sombria e gélida,
Canções de amargas os lábios.
O perfume suave das cartas
Escondidas no fundo da gaveta...
Os vestidos, as anáguas,
Os espartilhos apertando não só a pele
Mas a vontade de gritar por socorro...
Tudo passa de forma natural.
Um quê extra-sensorial.
O motivo mais que infindo
Para tão grandes amarras da alma!
Embora a brisa da madrugada
Gele meus pelos
No fundo, ouço vozes que me dizem
Para pular e esquecer de tudo!
Aos poucos, crio coragem e pulo!
Para esquecer das lágrimas
Para buscar uma nova chance de felicidade.
Quando os olhos se abrem, finalmente
Sei que as dores ainda permanecem.
Meio sem consciência, me pego
À procura de pessoas
E vejo que estou só!
Uma solitude que é pior
Do que quando haviam dores físicas.
Saio de mim e, agora não posso
E não consigo ser mais o que eu era.
Mas tive a chance de voltar
E fazer de forma diferente.
As lembranças... mesmo constantes
Hoje já atormentam bem menos.
As mágoas, refletidas nos olhares,
Ainda podem ser reconhecidas...
Mas, hoje são fantasiadas.
Tenho tudo o que posso querer:
Um amor de contos de fadas
Um trabalho que me alegra
O sorriso doce que vem me dar “bom dia”
Uma casa de boneca.
Mas, no fundo, a alma ainda dói.
Por quê?
Por que tantas lágrimas sufocadas no travesseiro?
Por que tantas melodias tristonhas,
Ao invés de uma lambada
Para mexer o esqueleto?
As lembranças ainda são fortes demais.
As lágrimas caem quase que involuntariamente.
Um nome ecoa nas veias:
Heloisa Armanni...
A beleza na pronúncia
A solidão na história vivida.
Somos duas e somos uma,
No caminho da liberdade
Do poder ecoar “socorro”!
Do sair e rodopiar
Do sentir com os olhos fechados.
Uma encobrindo a outra
Sentindo as mesmas sensações.
Mesmo através da ponte da vida.
Falar das emoções e sensações por ela, vividas
É tão simples como acordar, aurora afora...
Deveria ser mágico,
Mas não é!
Deveria ser especial,
Mas causa angústia!
Deveria ficar somente nas cartas e poemas,
Mas está em mim
E isso é concreto demais
Para permanecer às escondidas!
Hoje carrego outro nome,
Outro corpo e outra vida...
Mas a alma segue seu caminho
E o olhar... Ah! O olhar!...
É o mesmo pelo qual já buscou
Tudo o que lhe fizesse sentir felicidade.
À procura dela, sempre!...