um pouco mais sobre mim...

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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Bagunça



Bagunça...
Não houvera sido uma bagunça!
Bagunça foi o que ficou depois...
A falta de conexão, de ordenamento mental.
Isso sim foi bagunça por muito tempo!
Um tempo sem conseguir contar os segundos,
Por eles se misturarem com as sensações de dentro, de fora de mim.
Dizer que foi bagunça prova que fora eu apenas um número.
Mais um entre tantos mais, por aí.
E por mais que me digas haver carinho...
Tuas palavras são categóricas!
Expressam uma repulsa paradoxal ao que posso enxergar.
Dás-me respostas sem  certeza.
Querendo essas que exprimam certeza do que dizes, do que sentes.
(Ou talvez nunca tenhas sentido)
Mas saibas, meu caro, que tua expressão facial ao ver-me é outra!
Creio que saibas interpretar muito bem!
Porque somente um exímio ator sabes como dizer e demonstrar coisas tão distintas!
Fora uma bagunça.
A sua bagunça de juventude.
Fostes bagunça,  também.
No sentido literal.
Porque tudo o que ficou depois ainda permanece desarrumado...
E assim permanecerá.
Porque é melhor não reabrir a ferida.
Por N motivos que jamais entenderias...
Por tantas coisas!

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Caso Perdido




Até quando?
Até quando esse aperto em meu peito,
Por algo que não cicatrizou?
Até quando seu desfile à frente dos meus olhos,
E fingir que isso não me dói?
Até que ponto suportar sua falsa felicidade,
Quando sei que é o contrário!
Algo sem explicação.
Porque nunca pôde ser explicado.
É vivido e sentido.
Dentro de um sorriso de canto de lábio, de um olhar que despe...
Sem precisar arrancar uma peça sequer,
Porque a pele já não é visita inesperada.
Porque o passeio já ocorreu.
Um misto de medo e carinho.
Um quê de indecisão interna,
Querendo ser explicitada, agora!
Você tem esse dom de desarrumar o que, a muito custo, eu demorei a organizar...
Uma organização desacelerada, tranquila.
Uma confusão que permanece...
Até que alguém crie coragem de expor!
Até que alguém perca o medo da resposta de algo que já se sabe qual é!
Até que os lábios e a fala resolvam traduzir o brilho e o reflexo do olhar!
Mas, até quando isso?
Escrevi para você!
Escrevi sobre você, inúmeras vezes...
E você sequer leu meus escritos!
Sequer pôs seus olhos sobre as folhas de papel rabiscadas e guardadas na gaveta.
Cada momento nosso, em meus sonhos!
Você sabe sobre mim coisas que eu nem me lembro.
Recorda de ideias e ideais que já não fazem mais sentido.
E depois me diz que não é nada!?
É e sempre será!
De um modo torto, por entre o medo e o desejo...
O lascivo e o correto...
Por entre a amizade e paixão, entre a culpa e o tesão.
Entre o real e a ilusão...
Já dizia Vercillo, em seu Caso Perdido! 
Um caso perdido para sempre, porque o sempre está longe demais do alcance das mãos...
Por mais que estiquemos os dedos.
Por mais que as palavras tentem dizer.
Por mais que tantas coisas!











quinta-feira, 3 de maio de 2018

Intensidade



"Você está calada! Já fora mais intensa, menina!"
Fora o que me disseste.
Mas, não tem ideia do quão intensa é minha volúpia ao imaginar e sonhar contigo!
Hoje você me tirou para dançar...
Ao som de Elis, pus a deixar-me levar pelos acordes melódicos e agudos e por sua boca...
Um sugar de pele. Um encontrar de lábios e línguas...
A loucura em forma de sair do eixo...
Sem ao menos sair do lugar!
Sabe o porquê de não precisar mover um dedo?
Porque a energia é sentida e vivida fora do corpo...
 Nas entranhas mais obscuras e maquiavélicas da alma!
É fato a intensidade amornada em cores!
E sabes o quão isso é necessário,  por hora.
Mas, fico a me perguntar :
Sentirias tu a mesma insensatez?
Saberias dominar essa volúpia, ao vivo e em cores, tanto quanto eu?
Ou rasgar-se-ia  em pecados e sussurros, cantarolando-me ao pé do ouvido sua melhor melodia?
Não sei.
Incógnitas que por enquanto não saberia responder...
Pois o atordoamento da madrugada ainda está aqui, replicando no peito.
Da mesma forma que tantas outras sensações que me causa, criança!

sexta-feira, 16 de março de 2018

Dona de si!!



O universo sou eu!
Com suas constelações,  suas supernovas e seus buracos negros!
O planeta sou eu!
Com seus chãos de solos arenosos,  compactados , solidificados.
Com suas águas jorrando pelas fontes, límpidas.
Com seus esgotos fétidos a poluir minhas entranhas!
O país sou eu!
Com suas desigualdades sociais.
Com suas esperanças em dias melhores.
Minha cidade sou eu!
Com saúde,  educação e saneamento básico à espera do bom servidor.
Com problemas e soluções postas a caminharem juntos, em busca de harmonia.
Eu sou as minhas paredes, meu teto, meus móveis!
Tudo à minha volta  carrega um pouco da minha essência.
Voluntária ou  involuntariamente.
Porque  eu busco ser cada melhoria.
Interna e externa.
Explicitada ou subjetiva.
Eu sou parte do mundo!
O mundo é parte de mim!
Num bailar de sensações,  de racionalidade.
De esperas e atitudes.
Porque posso ser melhor, a cada dia...
Sou parte de mim!
Basta que eu tome as rédeas do meu próprio caminho.
E você,  já se percebeu dono de si?...

O amor é para os fortes...



Dizem que o amor é para os fortes...
Devo sê-lo, então!
Porque carrego você nos olhos e na memória há décadas, sem que saiba disso.
Se não é ser forte, não sei o que é!
Posso passar mais tantas décadas quanto me restem à sua espera.
E ainda assim, na velhice, dar-lhe-ei o meu melhor sorriso.
Mesmo sem todos os dentes na boca...
Mas, hoje ainda não percebera que eu rezo todas as noites por sua felicidade.
E que eu esteja nela, um dia!
Quando Deus quiser, talvez você me note.
Quando a última música tocar, talvez você me veja esperando -lhe para que tire à uma dança.
Mesmo quando não houver mais tempo,  quando as rugas estiverem estampadas na face...
Minha face estará imensamente feliz por cada espera.
Porque o amor é isso.
É esperar sem pressa. É querer o bem.
Mesmo que eu não esteja nos seus sonhos.
Você está nos meus!
E meu amor por você é maior que tudo isso!
É espera. É resiliência.  É passar do tempo.
Mesmo que não haja tempo.
Mesmo que não haja nós dois.
Mesmo que não haja...

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Menina



Menina. De cabelos compridos e franja na testa. Com seios crescendo e mamilos endurecidos. À espera do seu toque. Ao aguardo de suas mãos, sua língua deflorando-lhe.
Tão inocente que mal sabe o que esperar-lhe-á, anos depois. Uma tormenta chamada paixão. Ilusão de juventude. Loucura de menina-moça.
Menina. De cabelos molhados pelo suor do primeiro sexo. De batom arrancado com os lábios de alguém que permanecerá eterno, em sensações.
Menina. Dona de um sorriso tímido. De um desejo escondido. De um pecado que sabe talvez não possuir perdão.
Menina. Com desejo de mulher. Em um corpo em transição.
Menina. Com o sabor da sua língua na boca. E com o calor de sua ereção, sobre tudo o que ela consegue sentir. Com força. Com vontade de que seja eterno isso que ela chama de amor. De um primeiro amor.

Menina… Mal sabe que esse amor é só o primeiro, de muitos que virão! Oh! Pobre criatura!