Até
quando?
Até
quando esse aperto em meu peito,
Por
algo que não cicatrizou?
Até
quando seu desfile à frente dos meus olhos,
E
fingir que isso não me dói?
Até
que ponto suportar sua falsa felicidade,
Quando
sei que é o contrário!
Algo
sem explicação.
Porque
nunca pôde ser explicado.
É
vivido e sentido.
Dentro de um sorriso de canto de lábio,
de um olhar que despe...
Sem
precisar arrancar uma peça sequer,
Porque
a pele já não é visita inesperada.
Porque
o passeio já ocorreu.
Um
misto de medo e carinho.
Um
quê de indecisão interna,
Querendo
ser explicitada, agora!
Você
tem esse dom de desarrumar o que, a muito custo, eu demorei a
organizar...
Uma
organização desacelerada, tranquila.
Uma
confusão que permanece...
Até
que alguém crie coragem de expor!
Até
que alguém perca o medo da resposta de algo que já se sabe qual é!
Até
que os lábios e a fala resolvam traduzir o brilho e o reflexo do
olhar!
Mas,
até quando isso?
Escrevi para você!
Escrevi sobre você, inúmeras vezes...
E você sequer leu meus escritos!
Sequer pôs seus olhos sobre as folhas de papel rabiscadas e guardadas na gaveta.
Cada momento nosso, em meus sonhos!
Você sabe sobre mim coisas que eu nem me lembro.
Recorda de ideias e ideais que já não fazem mais sentido.
E depois me diz que não é nada!?
É e sempre será!
De um modo torto, por entre o medo e o desejo...
O lascivo e o correto...
Por entre a amizade e paixão, entre a culpa e o tesão.
Entre o real e a ilusão...
Já dizia Vercillo, em seu Caso Perdido!
Um caso perdido para sempre, porque o sempre está longe demais do alcance das mãos...
Por mais que estiquemos os dedos.
Por mais que as palavras tentem dizer.
Por mais que tantas coisas!
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