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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Caso Perdido




Até quando?
Até quando esse aperto em meu peito,
Por algo que não cicatrizou?
Até quando seu desfile à frente dos meus olhos,
E fingir que isso não me dói?
Até que ponto suportar sua falsa felicidade,
Quando sei que é o contrário!
Algo sem explicação.
Porque nunca pôde ser explicado.
É vivido e sentido.
Dentro de um sorriso de canto de lábio, de um olhar que despe...
Sem precisar arrancar uma peça sequer,
Porque a pele já não é visita inesperada.
Porque o passeio já ocorreu.
Um misto de medo e carinho.
Um quê de indecisão interna,
Querendo ser explicitada, agora!
Você tem esse dom de desarrumar o que, a muito custo, eu demorei a organizar...
Uma organização desacelerada, tranquila.
Uma confusão que permanece...
Até que alguém crie coragem de expor!
Até que alguém perca o medo da resposta de algo que já se sabe qual é!
Até que os lábios e a fala resolvam traduzir o brilho e o reflexo do olhar!
Mas, até quando isso?
Escrevi para você!
Escrevi sobre você, inúmeras vezes...
E você sequer leu meus escritos!
Sequer pôs seus olhos sobre as folhas de papel rabiscadas e guardadas na gaveta.
Cada momento nosso, em meus sonhos!
Você sabe sobre mim coisas que eu nem me lembro.
Recorda de ideias e ideais que já não fazem mais sentido.
E depois me diz que não é nada!?
É e sempre será!
De um modo torto, por entre o medo e o desejo...
O lascivo e o correto...
Por entre a amizade e paixão, entre a culpa e o tesão.
Entre o real e a ilusão...
Já dizia Vercillo, em seu Caso Perdido! 
Um caso perdido para sempre, porque o sempre está longe demais do alcance das mãos...
Por mais que estiquemos os dedos.
Por mais que as palavras tentem dizer.
Por mais que tantas coisas!











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