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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 31 de agosto de 2013

O Que É Educação Para Você?



                O que é educação para você?
               Pode crer que, embora falemos do mesmo assunto, talvez não falemos da mesma educação. Mas, vejamos os motivos para tal divergência de entendimentos.
                Para começo de conversa, temos que adentrar à questão do que você ou eu consideramos como “educação”.
                Dizem os mais velhos que a boa educação vem de casa, dos pais, dos avós e dos tantos ascendentes que formam nossa árvore genealógica. No fundo, não há tantos questionamentos quanto a essa teoria. No fundo, estão quase que completamente corretos.
                Contudo, os filósofos e teóricos da atualidade secular insistem em teorizar a educação como algo sendo novo e em constante movimento. Algo que deve estar de braços abertos a toda e qualquer mudança, seja do ambiente, seja da sociedade em que vivemos.
                Todavia, essas teorias são belas e magicamente aceitas, literalmente na teoria. Quando vistas sem óculos escuros espelhados, tais teorias fogem um pouco da beleza estampada em tampa de margarina.
                Quando desfocadas denotam certo ar de “faz-de-conta”. Uma realidade postada utopicamente nos jornais regionais, a fim de demonstrar uma realidade que verdadeiramente não existe.
                Somos burros. Porém, nem tanto quanto nos pintam nas telas expostas por aí. Somos é hipócrita, isso sim. Em concordarmos com essas teorias bestas, que nos pintam seres educados, criados em berço de ouro e com cajado de algum apóstolo de Jesus Cristo nas mãos.
                O que se vê, na atual realidade secular vivente, são seres que se formam sem qualquer educação educada, formada, moldada pelas vivências da vida. O que se vê são seres sendo instruídos conforme “a banda toca”, e não conforme o maestro ensina. E devemos ressaltar que a formação de maestros e maestrinas anda um tanto quanto a pé, hoje em dia.
                Os maestros esqueceram sua batuta e sua ordem de nota a fim de criar uma melodia harmônica. Deixou a rima de lado, e passou a usar-se de botões tantos, iluminados artificialmente. O que se vê são notas desconfortáveis aos ouvidos, melodias descompassadas e por fim maestros cada dia mais ignorantes na arte de amestrar.
                E com a educação não é diferente. Falo isso por vivência. Por experiência. Ou ainda por audiência.
                A arte de educar foi algo que, infelizmente, “caiu de moda”. Hoje o que se vê são educadores nas teorias, com seus diplomas de pós-graduação ou algo além, que mal sabem o significado da palavra humanidade. O que se vê são notas azuis nos boletins, quando deveria haver vermelhas. Não como forma de punição ao educando que não se esforça, mas  como forma de mostrar a ele que nem tudo na vida vem de bandeja.
                Hoje, alunos deixam a boa educação, dos tempos dos pais e/ou avós, debaixo do travesseiro. E quando retornam à casa, nem agradecem o pão que lhes alimenta.
                Infelizmente, isso está se tornando cada vez mais rotineiro. Para alguns, porém, ainda seja um absurdo. Para mim, também.
                Não obstante, ainda há olhares que vejam essa falta de valores familiares como algo corriqueiro, sem a menor importância. Afinal, criando filhos doutores, está bom. Contudo, deve-se lembrar aos tais “pais e/ou responsáveis” que há valia alguma em se criar filhos doutores, que mal saibam  tratar seus subalternos, pacientes, clientes, educandos.
                Às vezes, a formação externa nos faz seres inteligentes funcionais.  Somos experts no assunto em que dominamos em teorias. Mas, somos ignorantes na arte de pô-las em prática.
                Hoje em dia, somos hipócritas em querer crer na teoria, e deixar a prática debaixo do travesseiro, ou em meio às contas tantas a pagar no décimo dia do mês.
                O que é educação para você? Não sei. Não há como saber.

                Só não podemos crer tão somente nas fotografias das tampas de margarina. Devemos utilizar de nosso faro investigativo para ver se realmente estamos no caminho que nos considere seres educados para a vida. Afinal, farejar é bom. Sempre bom. E educar-se verdadeiramente é melhor ainda!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Confissão



Venho por meio desta
Confessar a você
O quanto me perturba o juízo.
O quanto me tira o sono e do sério.
E mais, que faz isso tudo com uma naturalidade descomunal.
Parece que gosta de me perturbar os pensares!
Se gostar, o faz perfeitamente!
Sabe como me fazer ficar sem palavras, sem reação...
Então, aproveita minha falta de conexão mental
Para que eu satisfaça seus piores pecados.
Enfeitiça-me, enlaça-me...
E consegue me fazer chegar ao ponto principal de prazer em minutos.
Quando não, mais rápido do que imagino.
Venho por meio desta
Confessar a você
Que simplesmente adoro tudo isso!
É um adorar sem medidas, sem pressa.
Um adorar que me envolve no meio da madrugada, como brisa quente...
Que adentra pela janela aberta, numa noite de verão.
Pertencer a você, no momento em que eu quiser, em que você queira...
É sem palavras!
É aplauso bem dado, a um espetáculo dos deuses.
É morrer em meio ao gozo.
E depois sentir a vida de volta às veias.
É sentir o entrelaço das mãos, dos abraços
Puxando-me ao seu encontro.
E continuar pedindo que me puxe.
Que me sugue, que me use e abuse.
Um abuso perfeito, com uma pitada de falta de compostura.
Mas com o recheio de carinho e satisfação, por pertencermos um ao outro.
Na cama, no chuveiro, onde quer que a excitação peça.
E excitados, podemos explodir de sentimentos e sensações.
Porque sabemos que tudo isso nos preenche a alma,
Ao invés de esvaziar o corpo.
Venho por meio desta
Confessar a você
O quanto me adentra a alma, enquanto me procura.
E esse procurar é mágico.
Segue todo um ritual quase divino, porém abençoado.
Segue sem pressa, delicadamente.
E a delicadeza vem envolta em safadeza, em volúpia.
Uma luxúria tamanha,
Que chega a ser o maior dos pecados capitais.
Não sou anjo.
Estou longe dessa denominação.
As asas estão atrofiadas, nesse momento.
Não sou demônio, também.
Embora a delícia de sê-lo persiga minhas veias, como sangue doce.
Sou um pouco mais demoníaca do que angelical.
Adoro sê-la.
Ainda mais quando tenho que lhe confessar
O quanto meu corpo deseja o seu...
O quanto minha pele adora a sua, roçando em meio ao prazer.
E digamos que esse roçar é dos deuses!
Venho por meio desta
Confessar a você
Que estou à espera das suas estripulias...
Mas, por favor, venha logo.
Antes que eu enlouqueça...
Antes que eu me perca em meio ao meu prazer, solitariamente.
Venha já, eu peço.
Preciso do seu complemento, do seu aumento...
Para que eu não sofra de ansiedade.
Para que eu me perca em seus êxtases
Para que eu me encontre em seus braços e seu amor...
Um amor que me guia, me tortura...
Faz-me mulher, menina, quase um anjo...
Um anjo de asas furta-cor e tridente de brilhante.
Um demônio com bala de menta na boca
E sorvete de creme na ponta da colher.
Venha logo.
Prove-me de colher ou canudinho.
Mas, não demore.
Anseio por sua deliciosa maneira de dizer que me adora!
E posso confessar uma coisa?
A recíproca é verdadeira!
Muito verdadeira...
Verdadeiramente excitante!!!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ah! O amor...


Venho do amor.
De toda forma de amar.
Do amor inacabado, fujo.
Do amor solidificado, também.
Amor é movimento.
É lençol branco no varal,
Bailando ao sabor do vento revolto ou brisa leve.
É folha de abacateiro caindo do pé.
É flor de cerejeira, doce, sanfolinando de lá para cá.
Amor é fogo, calor.
É raio de sol da manhã
A esquentar os pés e as mãos, em dias frios.
É abraço apertado, apertado...
Daqueles de quase sufocar.
É sorriso de criança ao ver balão colorido
Amarrado no barbante, lá no alto.
É pipoca doce, com caramelo.
É sorvete de casquinha e cobertura.
É pirulito do “Chaves”.
É lambida de cachorro no fim do dia
Dizendo que, apesar dos pesares, somos amados.
É ronronar do gato, pedindo um cafuné.
É passarinho cantarolando na janela, pela manhã.
É andar na guia da sarjeta de ponta de pé.
Rindo, feito criança travessa.
É pular amarelinha na rua
Com um sapato no pé e outro no jogo.
É brincar de pique-esconde
Até ouvir a mãe chamar para o jantar.
É buquê de rosas coloridas, feito arco-íris.
É perceber um olhar que quase sorri, observando.
É decifrar a complexa expressão matemática
Ou ainda desmembrar aquela sintaxe enorme
Com paciência, sem medo de errar.
É enxergar bem direitinho, com ou sem óculos novos.
É bala de coco derretida na boca, lentamente.
É água gelada, no calor.
Guaraná ou leite com achocolatado
Para saciar a ânsia de adoçar o paladar.
É sopa de mãe, em dia de gripe.
Um inesperado “amo você!” no meio do dia.
Ou mesmo um breve momento de preocupação
A nós direcionado, por outrem.
Amor é carinho, carisma.
Atitude, por menor que seja.
É movimento sincronizado.
Como ballet de meninas-moças.
É chuva batendo baixinho na vidraça.
E escorrendo bem devagar, rumo ao solo.
Venho do amor.
De toda forma de amar.
E talvez seja por isso
Que ainda o considero como o remédio d’alma.
A salvação do mundo.
Nesses dias tão desgovernados de hoje.
Talvez por ele, o amor, a vida ainda valha a pena.
E sentir tudo isso seja tão importante,
Quão ímpar, dentro d’alma.
Por ele, o amor.
Única e exclusivamente por ele.
O verdadeiro e eterno amor.
Em todas suas formas de amar.
Desde que brote do coração.
Toda forma é válida.
Sempre!

Cavalgue-me...



Cavalgue em meu corpo.
Decifre minh’alma.
Seja capaz de me surpreender.
Gosto da surpresa.
Desgosto de gente amornada.
De sentimentos que não queimam, não esquentam.
Cavalgue em meu corpo.
Como sempre desejou cavalgar.
Desgrenhe meus cabelos.
Bagunce meus pensamentos, meus dias.
Diga o que sente.
Sem medo de dizê-lo.
Sem receio de sê-lo e ponto final.
Cavalgue em meu corpo.
Deslize-se sobre minha pele.
Como gato ao ronronar, no meio da madrugada.
Decifre minh’alma.
Saboreie minha saliva, meu paladar.
Inale meu aroma feminino.
Como cão ao farejar sua caça.
Venha sem dó, sem pressa.
Decifre meus maiores segredos.
Peque seus melhores pecados.
E faça-me pecar junto a você.
Ouse junto à minha carcaça.
Como talvez nunca houvesse ousado.
Seja ousadia, instigância.
Seja tentação em forma de gente.
Seja gente em forma de ser.
E ser extraordinário, por favor!
Cavalgue, baile, mergulhe.
Meus feromônios anseiam por isso.
Química e deliciosamente.
Busque em meus olhos
O brilho que tanto lhe ilumina.
Nos minutos, nas horas.
A hora que quiser.
Ouse me provar.
Não como fonte de saciedade.
Mas como forma de deliciar-se.
Delicie-se o quanto tiver vontade.
Todavia, o faça com vontade.
Ou então, nem faça!
De água morna, só o banho...
E nada mais!

Do Outro Lado da Lua



Do outro lado da lua
O sol brilha, fortemente.
Para abrilhantar minha noite e a sua
Com um luar deslumbrante.

Do outro lado da lua
Há casas e castelos.
Sonhos e mensageiros
A nos guiar os pensamentos.

Do outro lado da lua
Há sorrisos e canções...
Daquelas de nos fazer cantarolar
Mesmo em noites de solidão.

Do outro lado da lua
Há gnomos, duendes, fadas e homenzinhos verdes.
Todos unidos, dançando a toda nota
O mais alto dos mantras de liberdade.

Do outro lado da lua
Há amigos já “partidos”
Unidos, de mãos dadas,
Emanando um pouco de para aqui para nós.

Do outro lado da lua
Há o que nem imaginamos existir.
Talvez seu brilho seja de uma festa lá no céu.
Talvez só para iluminar a escuridão dos guardiões da noite.
Ou mais, para que não nos sintamos sozinhos.

Do outro lado da lua
Talvez haja açúcar em torrão.
Ou mesmo imensidão de incógnitas.
Não sei eu.
Não sabe você.
Quando descobriremos?

Ah! Quando a alma for tão leve
Quanto o satélite que nos rebate
Com seu brilho cintilante amarelado
Ou mesmo um pouco avermelhado
Com vergonha por tantos elogios recebidos,
Merecidos e aplaudidos.
Em noites de lua cheia, toda feliz da vida.

Ou mesmo entristecidas, num minguar de dar dó.

Simples Viver



Venho de vida simples.
Com chão de terra batida
E sonhos alicerçados em pau a pique.
Das modernidades quase não entendo.
Mas, me pergunte uma reza, uma cura,
E eu lhe mostro minhas sabedorias.
Dos meus mais de setenta e tantos anos
Guardo, além das rugas, o pouco que a vida me ensinou.
Aprendi na marra, com garra...
E nem pestanejar eu pude.
Não me foi permitido fraquejar.
E talvez seja por isso que posso me olhar
No caco de espelho pendurado atrás da porta simples.
De simplicidade fez-se meu viver.
Uma delicadeza de entendimentos
Que pouco necessitava de maiores entenderes.
Bastava um olhar diferente,
E lá estava eu a compreender tudinho!
Trago no espírito a poeira das vidas.
Todas impregnadas nos poros.
Por vezes, me encarno nelas.
Noutras, os banhos de rio me lavam por completo.
E de alma lavada é possível enxergar o mundo.
Com toda a simplicidade necessária
Sem firulas, sem fissuras ou brechas.
Sem os adereços purpurinados que só confundem,
E não enfeitam nada!
E de enfeites só o altar lá de casa!
Tão simples nos adereços.
Tão fielmente devotado, todos os dias.
Antes de ir à lida, na madrugada,
Acendo a vela pequenina.
Pedindo à Mãe Divina toda a proteção.
E proteção nunca é demais!
Ajuda a erguer a cabeça
Em dias de amargar os olhos.
Venho de vida simples.
Com chão de terra batida.
E coração um pouco batido, também.
Pelas poeiras do tempo.
Pelas amarguras do vento.
Pelas consolações e desolamentos
Que a vida insiste em ofertar, quando raia o dia.
Venho de vida simples.
Quase uma pintura pitoresca de obra de arte.
Daquelas de se estampar paredes de alvenaria branca
Com sofá macio e imponente a sentar.
Coisa que não sei bem o que é.
Aqui só a cadeira de balanço velha
E o rádio a pilha, a postos,
Para as modas de viola
E as rezas de Ave-Maria.
A vida se fez assim.
E posso dizer a você, meu jovem,
Que não a trocaria por riqueza nenhuma.
Porque riqueza não se compra nas Casas Bahia.
Conquista-se com o lutar d’alma.
Matando um leão por dia.
E fazendo dele tapete da sala.
Seja de rico, para ostentar.
Seja de pobre, para baixar a poeira.
Então, conquiste a sua.
E só depois ecoe a tão sonhada felicidade
Que se faz almejar em seus sonhos todos.
Conquiste-a.
Antes que você perca os dentes e os sonhos.
Antes que se esqueça do modo mais simples
Para caminhar de pés descalços.
Sem feri-los com as pedras do caminho.
Conquiste-a.
Ou então só lhes restarão as rezas e a cadeira de balanço.
A confortar-lhe a alma.
Apenas isso.
E nada mais...