um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Infinito Perfume




Já me peguei pensando inúmeras vezes em como lhe escrever isso... E toda vez eu sempre choro, e não consigo terminar.

Hoje, contudo, eu precisava continuar a deixar meu coração falar mais alto, a gritar por tudo o que você significa.

A vida prega peças, botões e zíperes... Disse eu em outro texto de minha autoria. E é verdade! Talvez nunca saibamos o porquê das coisas, dos momentos, das circunstâncias.

Todavia, há algo que qualquer escritor, filósofo ou pensador concorde: os olhos são o espelho da alma! E sim, nossas almas são iguais.

Igualmente sensíveis a esse mundo tão complexo; igualmente apaixonadas pelos pequenos detalhes, que fazem a vida valer a pena. 

Sabe aquela paixão de olhar devagarinho e, sem precisar falar nada, entender tudo? Pois com a gente é assim!...

O amor move o mundo... E nos move, maravilhosamente. Com uma maestria sem igual. Como mágico tirando a moeda da orelha da criança... Os olhos brilham, e a magia acontece!

Com a gente não foi diferente. Foi, é e será sempre mágico. Porque a magia está na alma! Onde a maldade do mundo não é capaz de penetrar tanto assim.

Há quem diga que se fecharmos os olhos, no meio da tempestade, e clamarmos por Deus, sentiremos dentro de nós Sua força nos tornando fortaleza, para não desmoronarmos em meio ao caos. E eu digo que, enquanto houver o amor, seremos fortaleza, mesmo quando o barco vira, feito agora. 

Porque o amor é a memória mais pura que existe. É o encanto de ter um cais, onde recostar a embarcação quando estamos à deriva.

Falar sobre um nós que só nós sabemos é complexo. É completamente inspirador. Passaria dias a escrever, e ainda assim me faltariam palavras. 

Porque tudo se completa e encaixa como balé de Bolshoi. Como Ana Botafogo em sua sapatilha de ponta, interpretando o Lago dos Cisnes. Falar sobre o cheiro, o sabor, o toque... Tudo leva com facilidade a caneta a bailar no papel; numa letra desenhada e redondinha, digna de um caderno de caligrafia.

E por falar em caligrafia, saiba que inúmeras vezes escrevi seu nome. Brincando com a caneta rosa choque no sulfite branquinho, no meio da tarde... Depois de um bombom, de um beijo inesperado.

Feito criança, não tive medo do choro descer no rosto, enrugando a face. Pude ser eu, sem medo da feiura. 

Puramente doce, entreguei a ti uma convicção que sempre me fez gigante. Que sempre me fez acreditar valer a pena cada respiro. 

Vivi uma fantástica magnitude, que descrever me alegra. Alegra e faz quentura no coração... E no resto do corpo todinho. 

Um calor, uma necessidade, uma ansiedade quase que incontrolável. Mas, não que me fizesse mal. Muito pelo contrário...

A gente sempre contou os segundos, e esqueceu deles, quando esses rodeavam nossos relógios, num mesmo instante.

Hoje eu senti que precisava escrever nossas memórias. Eternizando para o mundo algo subjetivo, subliminar, substantivo. E mais. Eternizando para nós o quanto nos amamos. O quanto a pureza das almas pode ser infinita. E pode doer, mesmo curando. 

Fecho meus olhos e sinto cada detalhe. Porque tudo é vivo aqui. Porque eu agradeço ao universo por sua existência. E por ter reencontrado seu sorriso, em meio a multidão. 

Vou guardar sua doçura para sempre nesse coração que, mesmo cansado, segue lutando e amando você.

E se um dia sentir saudades? Pede um beijo, e grita, mesmo em silêncio: Bora? 

Prometo para você que eu venho correndo até seu perfume!


quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Indefinido

 



Se tudo o que te digo é fruto das ações,

Vamos aos momentos mais diversos, com versos a complementar:

Apaixonou, mas não soube sustentar a paixão.

Sentia vontade de falar, e já não tem o que dizer.

Sorriu, e hoje não mostra mais os dentes.

Decifrou, mas não sabe mais decifrar as entrelinhas.

Entregou, e não entrega nem um bom dia.

Desejou, e não sabe o que é desejo.

Galanteou, e as cantadas hoje não fazem mais sucesso.

Penetrou, e agora não sabe mais o sabor e o calor que tem minhas entranhas.

Somos estranhas criaturas.

Somos humanos em busca de algo que nem nós sabemos definir.

Somos pessoinhas, sozinhas no mundo todo.

Somos seres, sem muita definição de sermos...

E há o que se fazer?

Creio que nunca saibamos... 



quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Maldade, viu!




Um beijo, um toque, eu contra a parede...

Você subindo nas minhas costas com a língua!

Passando suas mãos por debaixo da blusa cor de pêssego...

Fazendo eu me contorcer, só para ganhar um beijo, enquanto sorri...

O enlace no pescoço, a lambida por trás da nuca até a orelha...

Puxando sua gola da Polo, ou a blusa de frio... 

Deixando meu perfume na sua pele, seu perfume em minha blusa.

O encostar dos narizes, em silêncio, numa transmissão de pensamento.

O selinho no meio da tarde, escondido.

O bom dia às sete, e depois de novo...

O bombom, a balinha, a caixa de chocolates.

O urro, o suor, a insanidade...

Toda maldade contida, e explicitada com o banco abaixado... No meio do nada!

Um nada que foi tudo!

E eu mudo de posição rapidinho...

Engulo seu falo, enquanto falo que amo estar ali, de joelhos...

Olho em seus olhos, depois... E lhe roubo um beijo agridoce!

Ao sabor do gozo, depois de tê-lo sentido goela abaixo!

Abaixo minha calça, a calcinha... Deito na mesa e digo que lhe quero, agora!

Aflora meus instintos mais perversos com tamanha facilidade.

É maldade me deixar relembrando de tudo, com saudades...

Fique o senhor sabendo!


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Meia volta... Volver!




Aprenda uma coisa, meu bem:

Sou ariana!

E não tenho tempo para esperar a sua calmaria...

Sou pra ontem!

Porque esperei demais a vida toda!

Foram nove meses meditando, na barriga da mamãe!...

Tempo suficiente para querer vir ao mundo e fazer tudo!

Contudo, você insiste que eu tenho que esperar na fila do pão?

Não! Never!

Quando Deus criou os homens, 

Eu fugi da fila da paciência!

Certamente estava na outra fila, reclamando da demora!

Então, se não gosta do meu jeitinho rápido, prático e sem rodeios...

Meia volta... Volver! 

Bate continência, bate a poeira do coturno...

E dê-se por dispensado!

Ninguém é obrigado a me aturar...

Mas, se o fizer, faça por merecer!

Combinado?


terça-feira, 8 de novembro de 2022

Cinco ou oito?




Cinco ou oito?

E daqui um ano? 

A gente comemora como?

Foram tantas palavras, de tantos poucos momentos,

Que pareceram muitos!

Foram todos sentidos, vividos e guardados.

Porque a criptonita de um o impede.

E a falta de cores do outro, apavora!

Agora tudo é lembrança!

E a criança interna ainda pede o presente que não veio.

Com receio na fala, por N motivos, seguimos...

Cada qual à sua moda.

Sabemos que foi bom.

Mas, não o suficiente para haverem comemorações.

Ações distintas. Observações de detalhes...

Que antes, no calor da emoção, não eram percebidos.

Não era para ser.

O que foi, pouco foi...

E garanto: você não teria paciência com isso tudo!


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Quase




Quase meia-noite, quase quinta-feira...

Quase um sono vindo.

Quase um coração enjuriado, de uma quase criança grande...

Quase um grito, de um quase pedido de socorro!

Quase um “estou com saudades!”

De um quase que quase existiu...

Um quase dedilhar, um quase querer de alma, de pele, de essência!

Numa quase rotina perfeita.

Que o quase levou embora!

Quase fomos felizes.

Mas, por quase nada não fomos!

E hoje, quase esquecemos.

Porque a vida e seus quase momentos doces

Fazem a gente relembrar, quando estamos quase sozinhos!

Quase te ligo, te mando mensagem.

Quase te digo “Bora?”.

Quase te coloco de novo frente a frente.

Mas, meu quase estado de descrédito comigo

Impede que eu busque sorrir.

Quando eu quase fui embora, busquei sua mão.

E hoje, quase sem forças, não consigo mais gritar.

Quase fui... Ou acabei indo mesmo, e não percebi!

Foi um quase que não sei definir!...

É quase quinta. Está frio. E as dores são gigantescas!

Quase que a saudade me engole...  


Covardia

 



Sinto sua falta.

E esse silêncio grita, ensurdecendo-me!

Paro e olho as árvores balançando, enquanto estou no carro.

E relembro de cada palavra sua!

Sinto uma saudade sem fim...

Assim, quietinha, sem poder dizer

O quanto tudo ainda está aqui.

Sem poder tocar, sem poder trocar as energias.

Hoje, sou só lembranças.

Lembrando do que me dissera, tantas vezes!

E pensar que eu acreditei!...

Acreditar em cada palavra, cada gesto, cada olhar...

Fez de mim a pessoa mais feliz!

Pena que era tudo da boca para fora.

E agora? Como pintar sua pessoa

Como sendo outrora a que conheci?

Como odiar, quando ainda existe o aconchego?

Percebo que tudo está entalado, na goela.

E vai permanecer assim, por capricho...

Por medo de colocar para fora que sentir é o máximo!

Ôh! Ser humano e sua covardia... 


Sorte de quem a teve...




Um vestido preto, com flores no barrado.

Pés no chão, dançando uma felicidade menina...

Cabelos anelados, de lado, semi presos.

Brincos de argolas, perolinhas... 

Brilhinhos que adoram a pele, perfumada com a doçura de um cheiro que fica na roupa.

A mulher de olhos castanhos esverdeados fecha os olhos enquanto ouve a música preferida.

E sonha... Sonha feito adolescente!

Como se tivesse quinze e estivesse conhecendo o amor da meninice...

Ri, chora, escreve, coleciona canetas e cicatrizes.

Canta desafinado, tem medo e coragem.

Sacanagem ser tão forte o tempo todo, menina!

O mundo acaba esquecendo que você também tem sentimentos!...

E agora, o vestido está nos pés da cama.

A música toca baixinho no fone de ouvido...

O batom está guardado na caixinha de música.

O brinco de argolas grande deu lugar para a orelha lisa, sem acessório.

Os pés não dançam mais.

Os olhos castanhos esverdeados só observam, esperando decorar na memória cada momento doce.

A doçura hoje ficou só nas travessuras já feitas, quando era possível!

Sua nova realidade é outra!

E hoje ela se vê sozinha, de alma!

Ficaram poucos, foram-se quase todos os que diziam estar ao lado...

Os olhos, estão perdendo além do brilho, a capacidade de ver.

Ela já não quer dançar, seja com fone!

Só sente no peito os sentimentos mais profundos!

Porque a menina ainda está viva, no fundo d’alma!

E pouca gente conhece a meninice dela...

Onde o sorriso e as lágrimas são juntinhos.

Onde a doçura e a braveza, a força e o colo...

São parte do pacote!

Sorte de quem teve tempo de tudo isso com ela!...