um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Doce Arte de Voar




Venho de vidas muitas
Rodopiando por terras diversas
Em busca do pó mágico da felicidade.
Pinto sonhos, escrevo versos
Desenho rostos conexos, desconexos
E quase toda noite
Acabo ilhada em minhas lembranças.
São tantos os pensamentos!
Recordações sem fim
Sem sentido.
Converso em sonhos
Com pessoas tão conhecidas d'alma
E mal as vi, em carne.
Por vezes, sorrio.
Noutras, o colo seria um bom conselheiro.
Quero doçuras, suspiros.
Mas, há dias em que
Todo o doce que oferto
Transforma-se em azedume, amargura.
Então, beijo os que amo
E tão somente me deito.
Deitada, cabeça flutua
Pés balançam no ar
Ao som suave da melodia preferida.
E assim, viajo.
Volto no tempo.
Teletransporto-me a tantas visões
Que, muitas vezes, embaralham-se
Deixando-me mais e mais confusa.
Confusão sem tamanho
Querer entender os tantos quês
Os lugares conhecidos na memória
Guardados através dos lençóis de tempo.
Seria tudo tão mais fácil
Se no fundo houvesse conexão.
Mas, acho que a conexão exata
Deixaria tudo sem cor.
Ou talvez com cores de aquarela.
Daquelas que fogem
Ao leve toque d'água
Em meio às pinceladas
Que a vida dá.
Queria fechar os olhos
E poder sentir na pele
O arrepio de cada beijo dado.
Olhar pelas janelas d'alma
E ver a chuva levando
Com seus leves pingos
Toda a poeira
Que impede-me de voar.
Voaria de asas abertas, enormes.
Alçaria um voo sem rota,
Daqueles em que a gente ouve
Aquele vozinha que nos fala
Lá dentro do peito
Em meio às artérias, aortas e ventrículos.
Vozinha boa.
Mas fala tão baixo...
Quase criança pedindo perdão
Quando apronta
E sabe da bronca que irá levar.
Seria essa delicadeza toda
O quê todo ímpar
A nos mostrar
Que, no fundo, não devemos lembrar
Dos tropeços, das areias movediças
A nos engolir, aos poucos
Vida após vida?
Então, por esquecimentos
Talvez venhamos buscando os sorrisos.
E, por mais que os encontremos
Nem sempre estamos com os dentes alvos
E o hálito fresco
A retribuir com beijos
O brilho dos dentes alheios.
Hoje o céu está laranja.
Tão pincelado
Que mais parece desenhar minh'alma.
Há dias em que o rosa
Denota a delicadeza dos sonhos.
Noutros, o acinzentado das nuvens
Convida-nos a reflexões solitárias.
Daquelas que, de tempos em tempos,
Deveria ser prescrita em receituário médico.
Talvez assim deixaríamos
De nos preocupar tanto
Com as receitas azuis
Dos controlados psiquiátricos
E prestaríamos mais atenção
Às boas e velhas receitas
Do tempo das avós.
Talvez estejamos olhando
Num espelho invertido.
Todo cheio de pequeninas fissuras.
E assim esperamos enxergar
Tão somente o belo.
Somente quando nos dispormos
A navegar pelos mares d'alma
Em noites de tempestades
Sem Código Morse
Ou mapeamentos modernos
É que possamos nos considerar
Seres humanos.
Seres capazes da inteligência
Para a qual fomos criados.
Antes disso, apenas devaneios desconexos.
Como os que perturbam o sono
Em noites de lua minguante
E ventania soprando na janela.
Insônia solitária
À espera dos caminhos
Iluminados por pequeninos vaga-lumes
Ao aroma da madrugada
E ao delírio das noites de felicidade sem sentido.
Por no final das contas
O sentido todo é mero coadjuvante
Na doce arte de voar...

domingo, 16 de setembro de 2012

Ariana






Vou infernizar sua vida, seus pensamentos.
Vou torturar seus sonhos.
Bagunçar seus pensares...
Ah! Vou sim!
Para que tenha noção do quão
Louca me deixa...
O quanto confunde minhas ideias.
Quero decifrar-lhe.
Deixar-lhe fora do eixo, sem juízo.
Quero bagunçar sua vida, seus lençóis.
Pensa que ficarei assim, quietinha
À espreita, à espera de suas vontades?
Sou ariana.
Sou fogo quando quero.
Bicho quando menos esperam.
Sou impulsiva, explosiva.
Sou um doce muito doce.
Daqueles que aumentam a taxa glicêmica
E causam diabetes.
Mas, nem sempre.
Por vezes sou ácida, quase limão.
Então, torno-me um gostoso mousse de limão.
Azedo e adocicado na medida certa.
E hoje acordei pensando de forma maquiavélica.
Querendo-lhe ao meu bel-prazer.
Estou assim.
Egoísta.
E você faz parte desse egoísmo todo!
Vou infernizar-lhe.
Por egoísmo.
Por querer.
Por puro desejo ariano.
Ah! Se vou!...


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ALQUIMIA...



Falamos de amor, quando não sentimos o mesmo nos invadir o espírito... 
     Falamos de alma, quando não sabemos descrever as dores que sentimos...
     Falamos de vida, quando temos medo da morte, nossa companheira das horas onde o amor e a alma caminham juntas, rumo à felicidade plena, à alquimia do espírito, à certeza absoluta do homem, enquanto ser pensante...

PESSOAS PEQUENAS...



 O que dizer de pessoas pequenas? 
          Nada...  além de que elas fazem peso no mundo... e o torna menos habitável, a cada dia...

Piaceri ...



Perché io amo il canto degli angeli invadere le mie orecchie ... 
      Percorso attraverso la pietra, e ho quasi sentito penetrare i miei piedi ... 
      Sorriso, anche quando l'anima, in lacrime, chiede al collo ... 
      Iscritto, e semplicemente perché si sentono solo le lettere nelle mie vene, l'abbeveraggio miei pori ... minh'alma, gioia di vivere ... 

Segredos



O que dizer dos sentimentos que se escondem por trás da íris do olhar? 
     Talvez o medo nos ronde não só os olhos, mas cada poro, de cada centímetro de pele que nos cubra a alma... 
     Um medo estranhamente descritível, um olhar infinitamente penetrante, uma alma absolutamente incalculável quanto ao seu próximo dia...
     Talvez nos sintamos assim, alvorecer afora...

Pedinte


Caminhamos por ruas escuras, à espera de mãos que se estendam, de um troco, ou um alguém que perca seu precioso tempo conosco, quando nem reparamos que, quando estávamos bem, éramos nós quem atravessávamos a calçada, desvencilhando-nos de uma realidade que, só agora nos apalpa as faces, mostrando que somos o que refletimos, esteja onde estivermos, faça o que façamos... seremos sempre nossas atitudes para com os que nos cercam, sejam eles nossos entes queridos, ou o pedinte que se esconde por trás de nossas amarguras e desilusões... 

Entrega...



Amigos: os anjos que nos guiam, quando estamos por baixo... Os duendes, que estão sempre buscando nossos sorrisos. 
     Amigos, a magia de tudo o que de melhor podemos desejar para nossos olhos admirar.
     Amigos: a entrega mais preciosa de Deus em nossa porta.

Desdobramento...


  TEMOS QUE NOS DESDOBRAR EM MIL, PARA QUE AGRADEMOS A TODOS QUE NOS CERCAM. 
     É PENA QUE, NEM SEMPRE, ESSE DESDOBRAMENTO TENHA SEU ESTADO INVERSO, OU SEJA, O DOBRAR , DE FORMA PERFEITA, POIS SEMPRE TEM ALGUÉM QUE CRÊ QUE, NOS LEVANDO EM PEDACINHOS, NOS TERÁ À SUA INTEIRA DISPOSIÇÃO... 

Decepção...


Às vezes, as pessoas que nós mais ajudamos, são as que mais nos decepcionam, nos estragam o dia e nos abalam a boa convivência social...

Silêncio

  
Às vezes, o silêncio nos diz tantas coisas, e ainda assim teimamos em não interpretar seus sinais, sua forma magistral de nos alertar sobre os perigos que nos cercam e não queremos e/ou fingimos não enxergar.

Escolhas...



Somos nós mesmos quem escolhemos nossos acertos e tropeços, nossos anjos e demônios, sempre... Às vezes, não nos recordamos, ou preferimos deixar às escuras, para que não sintamos remorso, ou culpa demais em nossas costas... noutras, queremos fechar os olhos e parar o tempo, para que a deliciosa sensação não nos saia dos pensamentos, da boca, da alma...

Alma de Anjo...



Deitada na cabeceira da cama
De pés para cima e alma flutuante
Peguei-me perdida na inconstância
De meus pensamentos incognitivos...
Incógnitas na mente
E, para encantamento do Criador,
A mais pura das certezas n'alma
A certeza de que anjos existem!
Sim! Existem e são belos
Com suas asas gigantescas
Suas penas tão alvas como as nuvens que habitam.
Seus sorrisos... ah! que sorrisos!
Tão imensos, tão singelos
Traduzem por si só a grandeza de
Todos os sentimentos que carregam...
Sentimentos... talvez sejam esses
Os passaportes especiais
Para que encontremos o caminho
O Grande Caminho, que tanto
Nos propomos a buscar,
Faça sol, faça chuva,
Em meio às florestas, à natureza
Ou simplesmente na escuridão
De nossa alma!
Uma escuridão assombrosa
Capaz de nos cegar as vistas
Para o bem que nos cerca,
Pedindo ajuda.
Talvez, nem saibamos que este
Sentimento todo nos pertence
Nos habita as entranhas, os
Mais sutis nervos e alvéolos...
Doces momentos escondidos
Brincadeiras deixadas de lado!
E... quando crescemos
Deixamos o coração pequenininho
E pomo-nos a admirar
Os sons dos outros,
Esquecendo-nos que nossos próprios sons
São a orquestra-guia
Para nosso caminhar.
Tem gente que tem jeito de anjo
Tem gente que tem alma de fada
Tem gente que tem os olhos de Deus...
E não há melhor coisa no mundo do que unir
Todos os sentimentos 
Sejam eles bons, sejam pela dor
Em um único coração,
Em uma única máquina,
A máquina chamada consciência!...

DIFERENÇA


A DIFERENÇA ENTRE FELICIDADE E PAZ DE ESPÍRITO É QUE, QUANDO SE É FELIZ, O MUNDO FICA MAIS LEVE... E QUANDO SE TEM PAZ DE ESPÍRITO, VEMOS A FELICIDADE COM OLHARES MAIS HUMANOS...

SAIA RODADA



MANHÃ QUE NASCE
ROUPAS AO CHÃO
CABELOS AO VENTO
SUOR NA PELE.
O ÊXTASE QUE CARREGO
É CAPAZ DE ALEGRAR O MUNDO.
HORAS ATRÁS E ÉRAMOS UM SÓ.
MOMENTOS INESQUECÍVEIS
DE UM AMOR PROIBIDO...
ESCONDIDO NOS CANTOS.
AOS POUCOS, O DIA TOMA FORMA
AS ROUPAS CRIAM VIDA
E A REALIDADE CHAMA.
UMA REALIDADE CRUEL
POIS FAZ DE NÓS, DOIS, NOVAMENTE...
CADA QUAL EM SEU CANTO
CADA VIDA, SEU RUMO!
MAS, POR MAIS QUE
QUEIRAMOS FUGIR
A CERTEZA DESSE AMOR,
DO NOSSO INFINITO AMOR,
NÃO NOS DEIXA LONGE...
PASSA DIAS, AS HORAS SEGUEM,
E AS MENSAGENS SÃO CLARAS.
O AMOR QUE FAZEMOS É
A MAIS PURA EXPRESSÃO
DO PRAZER QUE NOS UNE.
UM PRAZER PROIBIDO
ESCONDIDO DOS OLHARES...
E A SAIA, AQUELA RODADA
QUE VOCÊ TANTO ADORA,
FICA SOZINHA, À ESPERA
DE SEUS DEDOS ME AFAGANDO,
DE SEUS LÁBIOS, ATORMENTANDO-ME O JUÍZO,
E DA CERTEZA DE QUE,
UM DIA, O AMOR ESCONDIDO
SÓ SERÁ FEITO POR MERO FETICHE
PARA AGUÇAR MAIS E MAIS
ESSE SENTIMENTO QUE NOS UNE...
ESSE AMOR QUE NOS ENLOUQUECE
SEJA NA MADRUGADA,
SEJA NO MEIO DO DIA,
UM AMOR QUE É SÓ NOSSO
E QUE VIVERÁ PARA SEMPRE
ASSIM, ENFEITIÇADO
POR ESSES OLHARES,
POR ESSES DESEJOS
E PELA SAIA RODADA,
SÍMBOLO DESTE PRAZER
QUE NOS FAZ ENLOQUECER
UM PELO OUTRO...
AMO VOCÊ!!!

Infinita amizade



Imagino nós duas 
em uma cadeira em um alpendre
duas velhinhas
relembrando histórias
Longe dos teclados aqui estamos
dedos cansados
relendo  nossa história
compartilhadas através da magia de uma tela
onde tudo começou
Nossa amizade
Meu anjo..
Voce apareceu em minha vida
e nunca mais vou te deixar
é nossa história
somos cúmplices
vamos até brincar com bonecas de pano!
não estamos juntas ainda
mas  nossa companheira será  nossa testemunha..
boneca de pano...
uma boneca que me atraiu a você, 
a esta amizade tão singela e ao mesmo tempo especial...
algo sobrenatural, a quem quer que sinta
pois foi um simples teclar
que nos trouxe tão próximas, tão irmãs...
uma irmandade sem pretensão de magoar
ou ferir, nem ao menos esquecer, 
para só quando necessário buscar na  agenda...
algo especial, sem palavras exatas
que possam descrever o que vai n'alma...
sentimento puro, eterno...
a delicadeza das palavras
envolta na curiosidade do encontro
a magia dos segredos
abraçada a cada elogio que nos segue...
amo sua amizade, e sei que ela caminhará ao nosso lado
para que, quando recheadas por rugas e manchas
ainda sejamos capazes de rir de nossas histórias,
nossos contos e duetos,
nossas desilusões e também de cada alegria
que juntas pudemos passar
pois nossa amizade é eterna, infinita!!!



DUETO COM LALINHA NASCIMENTO...

NOSSA AMIZADE É ASSIM... E ASSIM PERMANECERÁ!!!

Nem sempre...


Liberdade nem sempre é felicidade... 

ASAS . . .



ASAS IMENSAS
ANJOS SOLTOS PELO MUNDO...
ONDE SE ESCONDERÃO?
ALGUÉM SABE? ALGUÉM SE ATREVE?
PELAS RUAS, CANTOS DA IMAGINAÇÃO
OU PEQUENINAS FRESTAS DO CORAÇÃO
DOCE DE UMA CRIANÇA...
ONDE ESTARÃO?
VENHA E DIGA... QUEM SABE NÃO ENCONTRAREMOS
MAIS UM JEITO DE ACALANTAR A ALMA
E, ASSIM, SORRIR SEM MOTIVO?...

Canções d'Alma



Ouço canções para acalantar a alma.
Ouço músicas
E deixo as poesias nela contidas
Invadirem meu ser.
Aprisiono-me por querer,
Por sentir cada veia, cada capilar
Vibrando ao som doce e suave
De um choro, de um blues, de um jazz.
Sinto cada vibrar
Tornando-me ser melhor do que sou.
Os olhos brilham
Refletindo uma luz calma e contagiante.
As mãos pedem pequeninos toques,
Como que acompanhando o compasso
De cada ritmo ouvido.
Os pés balançam num sobe e desce sincronizado
Quase que involuntariamente.
Os dedos querem ecoar ao ar
O que vai aos ouvidos.
Tudo tão bem sentido.
Tão fácil.
Quando sentido com a alma,
Sem medo de parecer ridículo
Ao acompanhar de olhos fechados e voz aberta
Os erros e deslizes.
Afinal, se cantar espanta os males,
Que danem-se os vizinhos!
Ser o que é desejado
Torna-nos fortes, corajosos
Ou até mesmo menos medrosos.
Aos poucos, tudo muda de figura
E já estamos rodopiando, rodopiando...
Como criança quando sobe nos pés da mãe
E sai gargalhando, ao som de algo bom...
E tanta bondade talvez seja mesmo o suave poetar
Contido nas melodias
Sejam elas tão eufóricas,
Anunciando boas-novas.
Sejam melancólicas,
Traduzindo a dor de um amor mal resolvido.
Ah! O suave tilintar dos sons me invadindo os ouvidos!
Talvez seja esse um bom caminho
Para uma vivência menos árdua e mais colorida...
Talvez.
Mas, que é bom...
Ah! Isso sem dúvida eu garanto!