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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Luxúria

 



É quinta...

Sinta-me!

Siga -me!...

Procure minhas insanidades, maldades, saudades!

Como se eu fosse morrer amanhã, 

Na manhã mais doce dos meus anos mais audaciosos!

Posso, podemos, podeis!

Eis-me aqui, no calor da sua boca!

Coisa louca sua língua me procurando!

Sambando, valsando, dançando

Ao sabor da minha saliva!

Alivia meu desejo!

Eu deixo... Eu exijo!

Porque liderar é parte de mim,

Assim... Num estalar de dedos!

E por falar neles, uso e abuso das pontinhas das unhas...

Pintadas de cereja!

Veja minha audácia!

Satisfaça meus caprichos!

Meus cachos castanhos anelam no seu falo,

À medida em que me ajoelho nos pés do divã erótico do quarto de motel...

Luxúria e santidade.

Pecado e perdão divino...

Porque tudo o que nos leva ao amor é um misto do bem e do mal!

Saio do eixo, com queijo apoiado no seu quadril.

Viril, mostrando a que veio!

Galanteio ao pé do ouvido...

Mordido na mão, depois do prazer!

Como forma de saber que eu gostei!

É quinta!

Sinta!

E deixe fluir o fluído mais quente,

Das profundezas mais obscuras do seu abismo!

Quero me perder em sua lava,

Cava-me! Procurando a joia rara...

Aquela que deixa você enlouquecendo de tesão!

Eu não vou fazer nada que você não queira.

Mas, duvido que você se negue a satisfazer minha luxúria!


Presentinho da Madrugada




Uma manhã clara, um céu azul, lindo! 

E aos poucos a preguiça vai embora, conforme a fome aperta...

Espreguiço-me, feito gata no tapete fofo!...

E abro uma deliciosa gargalhada, lembrando as estripulias feitas, na noite anterior!

No chão ainda estão as roupas, a lingerie, os acessórios.

Eu estou nua debaixo do edredom branquinho!

Com perfume suave na pele...

Com a maciez de ter sido sugada, centímetro a centímetro, gota a gota!

Numa cama enorme...

Tão enorme quanto meu coração!

Que cabe você e suas expectativas, seus desejos e defeitos!

A noite foi presente!

Os presentes embrulhados com laço de fita, sobre a poltrona cinza...

Fui sua mucama, dançarina, doce menina!

Foram tantas personagens que posso me considerar artista!

Princesa sem coroa...

Com um colar de nome no pescoço, feito coleira

Lato, rolo e rosno...

Basta apenas que peça e me recompense!

Não roo o osso, só como a carne!

Delicio-me com a gostosura da pele, canibal!

Carnívora, tiro sua cueca com os dentes!

Arranho as suas costas, ferozmente!

Enquanto beijo seu pescoço e me viro, 

Roçando minha pele alva e perfumada em sua loucura!

Beijo, deixando meus cabelos nos vãos dos seus dedos, propositalmente!

Para que cheire, puxe e faça um charminho!

Na vitrola, uma nossa nova... 

Porque a melodia doce é parte do pacote!

Um pacotinho de bala de coco no criado mudo, para adoçar depois do fervor!

Abri os olhos e ainda me recordo de tudo.

Será que você se lembra de tudo, também?

Não sei...

Só sei que você voltará, tão logo!

Você sempre volta para minha pele!

Sempre adormece no meu colo, depois de ser meu presentinho da madrugada!

E eu confesso: adoro! 


terça-feira, 21 de junho de 2022

QUIMERA, QUISERA, PUDERA!!



Na covardia da minha fortaleza 

Na força do meu medo...

Eu permaneço em pé, tentando não desabar!

Contudo, minha intuição grita loucamente, dentro de minh’alma...

Uma gritaria insana, profana, promíscua!

E eu quase enlouqueço todas as madrugadas!...

Finjo não desmoronar.

Quando na verdade, por dentro, sou ruínas.

Põe para fora essas facetas...

Abre essas gavetas...

Deixa o coração falar, menina!

Sua sina é a traduzir os sentimentos do mundo!

A fundo, num choro contido...

Num dolorido minuto de espera

Quimera, quisera, pudera!

Espero sentada na escada,  olhando a vida

Sentindo na ponta dos dedos o formigamento da ansiedade!

Que idade mais besta para ser assim!...

Em mim batem todos os medos, 

Compassados sincronizadamente com o meu pulsar...

Preciso expressar o que sinto!

Se minto, dizendo não me importar...

Saiba que me importo, diuturnamente!

Minha mente trabalha dia e noite...

Achando as soluções mágicas para isso tudo, dentro de  mim!

A pele, os cabelos, o toque, o tempo...

Tudo é feito para confundir minha ansiedade!

Saudade de quando minha única preocupação

Era escolher entre o leite com Toddy ou Nesquik...

A gente era feliz e não sabia!


sexta-feira, 3 de junho de 2022

Tê-lo sido!




Odeio brigar...

É um martírio para mim. 

Mas você nunca me deixa escolha!

 Eu sempre tenho que pedir...

Eu sempre tenho que cobrar por algo que deveria ser espontâneo!

Não tenho paciência, nunca tive!

Mas, estou absolutamente sendo a pessoa mais paciente do mundo!

Não sei o por quê, se logo eu nunca acreditei no dom da paciência?!...

Hoje minh’alma dói... Meu coração dilacera...

 Tudo é muito difícil!

Muito difícil  tudo ser recolocado no lugar,

 Depois de uma tempestade tão forte!

 Foram meses olhando o horizonte...

 E tentando entender motivo de minha angústia, 

Os motivos que levaram você a fugir de mim!?....

 E hoje, eu ainda olho o horizonte...

E já não deixo mais as minhas lágrimas

 Serem engolidas pelos meus monstros.

 Hoje elas rolam,  escorrem pela minha face,

Demonstrando uma súplica.

Demonstrando os meus sentimentos mais confusos...

Mais inabitados, mais inacabados ...

Tinha algo que eu achei que seria doce.

Algo que eu achei que seria nosso!

 Porém, que eu vi  o tempo ser só meu...

 Hoje olho o horizonte, apenas vejo.

Esqueci os pequenos fragmentos de algo que tínhamos...

Pequenos fragmentos de uma alma que um dia acreditou no amor.

E que hoje já não se reconhece mais!

Não vou mais pedir.

Não vou mais cobrar.

Apenas fechar minha boca e meu coração

Para esse que eu acreditei ser um doce sentir...

Não  cabe mais a mim buscar a solução perfeita

Para algo tão imperfeito aos olhos do meu mundo...

Quis, talvez queira... Ainda!

Contudo, a vida ensinou que só o querer não basta!

É preciso atitude!

Ou o que era sonho morre sufocado na angústia e na dúvida 

De um tê-lo sido!...


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Especialmente exclusivo!...




Às vezes, a vida nos mostra o que realmente vale a pena, e a gente desperdiça esse aviso do universo.

E a gente mete os pés pelas mãos. E depois vê que fez tudo errado.

Só que quase sempre é tarde demais!

As pessoas não poupam esforços para nos ferir. 

E quando estamos mortos, querem nos ressuscitar!

Como se fosse fácil? 

Como se fosse só encostar o desfibrilador no peito,

E a caixa torácica faria o milagre de reavivar

Um coração que morreu de tristeza!

A gente perde a fome, perde o brilho, perde o chão!

Ficamos sem rumo, sem vontade de sorrir ou de falar!

E vamos guardando as palavras, as dores e a vontade de estar perto...

Porque talvez isso seja mais uma forma

De sentir na pele e na alma aquele bisturi rasgando tudo.

A seco, sem anestesia!

Então a gente olha e enxerga

Que só um, não faz milagre...

E que a dor causada pelo outro

Fora estopim para que a tenha fugido.

Porque o medo de uma nova dor causada é maior

Do que o desejo de querer estar junto, de novo...

E assim, um pouco mais triste...

A gente encerra o dia,

Pedindo perdão a Deus por ter sido doce

E ter atraído formigas, ao invés de abelhinhas fofas e indispensáveis...

A gente acaba atraindo qualquer coisa,

Que não vira coisa especial...

Porque para ser especial é preciso haver exclusividade, no pacote...

E isso é algo que você não me deu...