um pouco mais sobre mim...

Minha foto
Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Costurando Caminhos e Aprendizados


A vida prega peças, botões e zíperes.
Remenda corações que até então não tinham conserto.
E também rasga de vez alguns sentimentos.
Para que o velho seja substituído por algo melhor,
Com menos cheiro de naftalina.
Somos colcha de retalhos.
Cheio de histórias...
Cheios de cheiros a recordar.
Somos humanos, insanos improváveis.
Duelamos, dançamos e sorrimos.
Da mesma forma em que choramos sobre nossos cadáveres.
Nossos vivos e nossos mortos.
Tem dia em que encolher as pernas em posição fetal
É fatal ao coração...
Faz com que voltemos no tempo.
Num tempo onde a gente era feliz e não sabia!
A gente cresce, vira gente grande...
E na grande maioria das vezes somos somente adultos.
Sem a essência humana, sem a energia do amor na alma.
A vida endurece as pessoas.
Petrifica onde era para ser algo maleável.
Onde deveria existir maciez, há espinhos.
Onde deveriam existir flores, há secura.
Às vezes áridos, noutras úmidos pelo suor ou pelo choro.
Vamos costurando sonhos em meio às desilusões.
Vamos bordando pedrarias em meio às pedras.
Vamos falando baixinho, quando na verdade
Gritar seria nosso maior desejo.
Vamos pondo uma base cor de pele, onde nunca houve base de sentimentos.
Cobrimos marcas, cicatrizes e hematomas.
Com fita adesiva, blush ou camisetas de gola alta.
Tampamos o sol com a peneira.
Fazemos vaquinhas de batata e palitos,
Para lá na frente serem vacas de presépio.
Com batom, com cabelo arrumado de lado, com gravata de nó impecável.
Pelo receio de mudar as coisas.
Pelo desejo de mudar o mundo.
Pela falta de coragem de mudar a si mesmo.
Em prol do que faz bem para a alma.
Em prol da saúde mental e da felicidade do coração,
Já diziam os cardiologistas.
Quando a gente não fala, o corpo padece...

SUSPIROS


Ouvindo Mezzadri...
Embalada por seus acordes castelhanos...
Deixo minha mente vaguear, no meio da madrugada.
Cansada, pensando em tudo o que já passei.
Em todos os momentos bons e não tão bons assim...
Nos sorrisos verdadeiros e nos dados de forma forçada.
Nas falas ouvidas com os tímpanos... E com o coração.
Essas últimas, mais difíceis de serem sentidas.
Não sou fácil. Nunca fui.
E nunca serei assim como me imaginam, boa samaritana.
Sou humana, com pressa de sentir as coisas.
Com ânsia de não desmoronar, às vezes.
Já perdi as contas das vezes em que segurei o mundo alheio,
E deixei o meu cair.
Uma queda sem equipamentos de proteção.
Um baque às escondidas, lá pelas duas da manhã.
Na escuridão do quarto, debaixo da manta.
Ouvindo um instrumental, e segurando os soluços...
Para não acordar o mundo.
Já pensei em desistir.
Mas, já me lembrei também das pessoas que esperam minha felicidade.
E é por elas que ainda luto.
Hoje, seria seu aniversário.
E eu sei que aqui dentro a saudade está difícil...
Queria compreender esse peso todo,
Com a mesma facilidade quanto escrevo.
Todavia, têm coisas que nem Freud explica.
Os encontros e desencontros.
Os olhares de canto de olho.
Os sorrisos de canto de boca.
Os quereres disfarçados e não ditos.
Os xingamentos guardados, como recato humano.
Tudo, exatamente tudo...
Às vezes eu acho que vou enlouquecer.
Noutras, que a sabedoria só aumenta meu coração.
Um coração bobo, bravo, bem simples.
Uma alma velha, xarope e cheia de incógnitas.
O dia já está nascendo.
E com ele uma nova oportunidade de enxugar o rosto e continuar...
Por algo ou por alguém que valha a pena cada suspiro...

terça-feira, 21 de abril de 2020

Sobre mim... Sobre nós!


Eu não sei se você mente ou diz a verdade?!
Para provar o sabor do meu Halls preto...
Para de gabar de mais uma conquista.
São tantas incógnitas na minha mente.
Tão difícil duelar comigo mesma!
Diz que faço drama.
E sinceramente isso me incomoda...
Como se no fundo já tivesse visto, sentido...
Meus sentimentos são campos minados.
Não pise, se não souber pular amarelinha...
Meus sorrisos são dados somente para quem me inspira confiança.
Meus dentes pequeninos só são alvo de alegria
A quem se dispõe a rir comigo.
Minha voz é firme. Meu querer, também.
Sou carregada de defeitos, sim!
São cicatrizes de uma vida não tão fácil quanto demonstro.
Minhas angústias, meus monstros...
Parte difícil de uma pessoa normal, que tem poucos.
Mas, são os meus melhores.
Os que caminham comigo por quererem estar ao lado!
Talvez eu seja mimada, você tem razão.
Porque tenho Amigos de Luz que guiam-me, quando do medo.
Todavia, isso é algo diferente aos seus olhos.
Olhos que não sei se são verídicos...
Ou fruto de uma ilusão momentânea?
Confunde meu juízo, meu coração.
E até agora estou tentando decidir se insisto em decifrar-lhe.
Ou se parto em retirada, de volta às terras já conhecidas
Por esses olhos que tanto observam suas palavras...

Especiais...


Já lhe disse que sou chata, um milhão de vezes.
E você ainda não desistiu.
Já lhe falei que não sou nada além do que uma reles mortal.
E você insiste em dizer que sou especial.
Já lhe mandei ir dormir, em pleno meio dia.
E já ficamos dialogando mais de doze horas...
Já falei do seu cabelo, dos seus olhos, do seu jeito comigo.
E você como sempre é todo carinho.
De mansinho, como quem não queria nada...
Você foi chegando e se fazendo presente.
Um presente sem laço de fita.
Porque não há necessidade de enfeite.
Somos humanos como tantos...
Somos únicos como nós!
Sou ressabiada, você sabe.
E você como sempre me mostra o lado bom disso tudo.
Um tudo tão particular.
Onde cabem dois corações que, por vezes, dizem
Que a felicidade mora ao lado.
Mas, que se realmente morasse, não haveriam sorrisos espontâneos...
Não haveriam um “adoro você!”, de supetão.
Há duelo de quereres.
Por não conseguir não sentir na alma
O que a pele denota.
Você nota em mim o jasmim do perfume.
Sente na língua o agridoce da acidez pubiana,
Sem sequer tê-la salivado.
De bom grado, um afago nos cabelos.
Um desgrenhado de emoções.
Um obrigado pela companhia e confiança.
Estamos vivos, bebê!
Somos especiais!
E talvez amanhã estejamos comendo salgadinho
E tomando Coca Cola com gelo, até amanhecer o dia.
Nós combinamos, não se esqueça!

Lembrança Insana


Perdi as contas das vezes que esperei você me notar...
Você olhar para mim com olhos de cuidado, de carinho.
Você notou minha pele, meu cheiro, meu suor escorrendo...
Contudo, não percebeu que eu suspirava por você!
Hoje, não suspiro mais.
O querer se transformou em algo indefinido...
Algo que não mexe mais com minhas entranhas.
Algo que não me tira mais o sono.
Não posso ser hipócrita de dizer que não foi bom.
Foi algo bom até demais!
Mas, foi!
Como começou, sem explicação!
Você é uma incógnita para mim.
Não sei decifrar o que sentiu, todo esse tempo!
Não tenho capacidade para tal.
É como se fosse algo impossível de ser compreendido...
As lembranças ainda permanecem aqui, na memória, contidas...
Porque revelá-las é sem cabimento.
Expô-las a quem quer que seja (inclusive a você)
É ter a certeza de não ser algo bom.
Você não compreenderia.
Já se passou tanto tempo!
E hoje, ao me deparar com sua essência...
Vejo sim que eu mudei!
Deixei de acreditar nos blefes.
E passei a acreditar nos sonhos!
Sou minha!
E você, mera lembrança dos momentos de insanidade...