um pouco mais sobre mim...

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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Carregue nos olhos...




Carregue nos olhos
A clareza do sol.
Ele vem nos iluminar a alma
Todas as manhãs.

Carregue nos olhos
A delicadeza dos anjos.
Eles nos ensinam a sermos cordiais
Todas as noites, enquanto adormecemos.

Carregue nos olhos
As mais belas melodias.
Cantarolar nos alimenta
As fibras mais sutis d’alma.

Carregue nos olhos
Os melhores momentos.
Serão eles que nos moverão
Quando as pernas não governarem mais os movimentos.

Carregue nos olhos
Algumas lágrimas, também.
Elas lavam não só nosso olhar,
Mas desempoeiram nosso ser.

Carregue nos olhos
Seus amores.
Eles nos fazem suspirar
Mesmo antes de adormecer.

Carregue nos olhos
Os melhores sabores e aromas.
Serão eles que farão a vida
Ter gosto e cheiro de quero mais.

Carregue nos olhos
Cada detalhe importante
De cada momento vivido
De cada vida encarnada.

Carregue os sonhos, os devaneios, as expectativas
E os dissabores já vivenciados.
Serão eles que recordaremos
E recontaremos horas a fio,
Quando a mente não mais 
Conseguir concatenar as ideias dentro d’alma.

Carregue nos olhos
O brilho da bondade.
Ser bom é um ato nobre
E recheado de aplausos e congratulações.

Carregue nos olhos também
A delicadeza das palavras doces.
Ser austero e ríspido com nosso semelhante
Só mina nossas raízes.

Carregue os sonhos, os encantos,
As magias que possuir escondidos
Para, quando necessário,
Enfeitiçar o ambiente que lhe cerca.

Sonhos, devaneios, momentos,
Amores, medos e lágrimas...
Sem esquecer dos inúmeros sorrisos
Que nós, seres humanos,
Somos capazes de dar e receber
Sem custo algum à alma.

Cada detalhe que,
Além de recarregar as energias,
Recarrega também o brilho
Que emanamos quando abrimos
Não só os olhos, pela manhã,
Mas a alma, junto ao “bom dia”
Do sol, todas as manhãs;
Mesmo naquelas em que ele, o astro-rei,
Faz questão de brincar conosco de esconde-esconde,
Só para ver nossa reação 
Quando ele está “escondido”,
À espreita, lá no céu...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um amor...




Escolhi viver nas nuvens
Por acreditar cegamente no amor.
Num amor de energias,
De almas que se buscam
Incessantemente, dia após dia.
Um amor que recarrega baterias,
Mesmo depois de um dia exaustivo e cheio de problemas.
Um amor recheado de carinhos e mimos.
Um amor que tira o fôlego.
Que faz fugir as palavras.
Que tira a conexão mental.


Um amor bonito, suave
Mas, ao mesmo tempo,
Carregado de desejo carnal.


Um amor de almas.
Um quê de corpos que se unem
Debaixo da chuva, ou do chuveiro.
Que tira o sono.
Que procura o êxtase
Às escondidas, debaixo do cobertor.


Um amor que faz suspirar,
Esperar na esquina,
Correr ao encontro.


Um amor que energiza.
Que faz valer abrir os olhos.
Que inunda os poros
Com o mais sublime dos sentimentos.


Um amor que há muito não se vê.
Um amor antigo, antiquado, careta.


Um amor de beijos e abraços,
De carinhos e suavidades,
Onde as explosões ficavam
Única e exclusivamente às escondidas, aos dois...


Um amor sem tamanho.
Sem medida.
E sem sentido.
Pois amar em si é ilógico.
É sensação, emoção e perda de razão.
Mesmo que a razão ainda esteja aí,
Dentro da cabeça,
Escondida, querendo gritar:
“Sou em quem dita as regras!”


Um amor assim, inocente.
Um amor belo e saudável,
De se causar aquela inveja boa...


Um amor assim...
Como o que carrego no peito
E que entrego a ti
Todas as noites,
Quando abres a porta
E diz que fui o motivo
Para o seu dia ser feliz!
Um amor, simples assim...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BORBOLETAS




Somos nós quem fazemos nosso dia ser rodeado de borboletas ou gafanhotos...

Morada


Vivo entre ilusões.
Faço de mim morada dos sonhos...

Li-ber-da-de!!!





Decidi fechar os olhos
E esquecer os sonhos
Pesadelos que atormentavam
A alma, causando insônia...
Hoje me liberto!
Liberto meu corpo
Envolvo minh’alma em luz...
Esqueço o maço de rascunhos
Na escada, e saio.
Olho na escrivaninha
E já a vejo organizada,
Como, talvez, nunca estivera!
Libero-me do ego ferido
Das amarras e grilhões imaginários
Que faziam de meu pobre ser
Algo errante, à espera da felicidade.
Hoje sei que ela, a tão sonhada felicidade,
Está nos olhos e não nos lábios!
Posso sentir minh’alma livre
Posso voar, sem nem sequer sair do chão!
Posso respirar um ar que era meu
E que estava engarrafado
Submerso nas profundas
E amargas utopias do ser!
Hoje sei que o ato de caminhar
De cabeça erguida e braços abertos
É algo concreto e palpável!
E essa sensação me envolve
Como os raios de luz
Que queimam minha pele.
Hoje liberto minh’alma
E sei que, para a felicidade,
Só me faltam dois passos.
Grito aos quatro ventos
Que o amor é a fonte
E que para ser amado
Faz-se necessário amar
De forma passional e
Incondicionalmente verdadeira!
Sem amarras, sem rascunhos
Ou arabescos a “enfeitar”...
De forma nua, sem pudor,
Sem vergonha do ridículo
Pois o ridículo está nos olhos...
E estes nos amarram, grilham
O que nos impede de sermos verdadeiros.
Hoje posso sentir em meu peito
A certeza do amor que me move...
E esse amor, sem dúvida,
É o quê todo especial
Que me faz abrir os olhos,
Mesmo quando o sol se esconde, horizonte afora...
Somos o que emanamos.
E hoje sei que meu emanar
É pura e concretamente verdadeiro...
O sonho dos anjos,
A pureza do eterno
E a eternidade de dizer
Que sou feliz, pura e simplesmente
Porque carrego no peito
A delícia de sorrir como criança,
De beijar sua testa
E de fazer de meu amor
A fonte inesgotável do seu prazer
E a delicadeza de sua felicidade...
Uma felicidade que me envolve
Escolhe-me e acolhe
Faça frio, madrugada adentro
Faça um escaldante calor
Debaixo do chuveiro...
A delícia do prazer
E a certeza do eterno
Apenas na troca de olhares.
Liberto meu corpo
E sei que esse libertar
É a sensação mais inexplicável da alma...
Amém!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Medo




Tenho medo.
Medo de acordar de repente
Sem ter terminado nossa prosa.
Medo de abrir os olhos
E esquecer dos abraços e carinhos.
Medo.
Simplesmente medo.
E essa covardia
Faz de mim pequena demais.
Pequena para pedir que fique mais um pouco.
Pequena para dizer
Preciso de seu colo...

Caminhos da Vida




Digas-me que és feliz
E baixarei meus olhos...
Digas-me que não sonhas
E calarei minhas palavras...
Digas-me que caminhas por terrenos floridos
E deixarei minhas mãos em meus bolsos...
Digas-me. Apenas digas-me.
Faças das palavras
Escrituras morais de plenitude humana.
Faças dos sorrisos
Demonstrações explicitas de uma alma que saltita.
Faças dos olhares
A forma de convencer que és feliz!
Caminhes por ruas desertas, na penumbra da madrugada,
Sem ao menos ecoares um “socorro” que seja...
(mesmo em pensamento)
Mergulhes pelas profundezas escondidas em grutas d’alma
Sem nem sequer estenderes as mãos ao alto
À espera de mãos que te devolvam o ar.
Caminhes com as próprias pernas
E ecoes aos quatro ventos
Que não necessitas mais de auxílio
Que és auto-sustentável!
Talvez tu consigas.
Talvez te afogues dentro de ti mesmo.
Ou talvez sufoques tanto
Que acabe por viver assim,
Um quase-viver...
Única e simplesmente por medo
De gritar “preciso de você”!
Caminhos da vida...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Heloisa Armanni





Para falar de coisas lindas
Antes é preciso
Navegar por águas turvas.
Então, venho lhe falar
De tudo o que aflige a alma
Que vos escreve...
Digo que me liberto
Fecho os olhos e abro os braços
À frente, um abismo sem fim
À espera do pulo fatal.
Dou um suspiro e salto!
Lá embaixo, lembranças remotas
Lá em cima, talvez o medo de olhar para atrás...
Enquanto deixo meu corpo seguir a lei da gravidade,
Apenas sinto o vento cortar minha pele.
Olhos semi-cerrados
Cabeça flutuante,
Lágrimas que escorrem que maneira involuntária...
Aos poucos, filmes vão passando
E posso ver cada detalhe, de cada momento vivido.
As pontes, o violino triste
Entoando, no meio da noite sombria e gélida,
Canções de amargas os lábios.
O perfume suave das cartas
Escondidas no fundo da gaveta...
Os vestidos, as anáguas,
Os espartilhos apertando não só a pele
Mas a vontade de gritar por socorro...
Tudo passa de forma natural.
Um quê extra-sensorial.
O motivo mais que infindo
Para tão grandes amarras da alma!
Embora a brisa da madrugada
Gele meus pelos
No fundo, ouço vozes que me dizem
Para pular e esquecer de tudo!
Aos poucos, crio coragem e pulo!
Para esquecer das lágrimas
Para buscar uma nova chance de felicidade.
Quando os olhos se abrem, finalmente
Sei que as dores ainda permanecem.
Meio sem consciência, me pego
À procura de pessoas
E vejo que estou só!
Uma solitude que é pior
Do que quando haviam dores físicas.
Saio de mim e, agora não posso
E não consigo ser mais o que eu era.
Mas tive a chance de voltar
E fazer de forma diferente.
As lembranças... mesmo constantes
Hoje já atormentam bem menos.
As mágoas, refletidas nos olhares,
Ainda podem ser reconhecidas...
Mas, hoje são fantasiadas.
Tenho tudo o que posso querer:
Um amor de contos de fadas
Um trabalho que me alegra
O sorriso doce que vem me dar “bom dia”
Uma casa de boneca.
Mas, no fundo, a alma ainda dói.
Por quê?
Por que tantas lágrimas sufocadas no travesseiro?
Por que tantas melodias tristonhas,
Ao invés de uma lambada
Para mexer o esqueleto?
As lembranças ainda são fortes demais.
As lágrimas caem quase que involuntariamente.
Um nome ecoa nas veias:
Heloisa Armanni...
A beleza na pronúncia
A solidão na história vivida.
Somos duas e somos uma,
No caminho da liberdade
Do poder ecoar “socorro”!
Do sair e rodopiar
Do sentir com os olhos fechados.
Uma encobrindo a outra
Sentindo as mesmas sensações.
Mesmo através da ponte da vida.
Falar das emoções e sensações por ela, vividas
É tão simples como acordar, aurora afora...
Deveria ser mágico,
Mas não é!
Deveria ser especial,
Mas causa angústia!
Deveria ficar somente nas cartas e poemas,
Mas está em mim
E isso é concreto demais
Para permanecer às escondidas!
Hoje carrego outro nome,
Outro corpo e outra vida...
Mas a alma segue seu caminho
E o olhar... Ah! O olhar!...
É o mesmo pelo qual já buscou
Tudo o que lhe fizesse sentir felicidade.
À procura dela, sempre!...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Para...




Para você ler meus pensamentos,
Antes de mais nada
Feche os olhos
E abra seus braços.
Deixe com que seus pulmões
Inflem-se de amor e luz,
Meus ingredientes principais
De vida!


Para decifrar como vivo,
Ouça o barulho da chuva
Madrugada adentro.
A penumbra da noite
Inebria meus pensamentos
E os faz vaguear
Por ilusões tão doces
Quanto o pirulito todo colorido
Da padaria da esquina.


Para seguir meus conselhos,
Faça seguinte:
Ouça com atenção
Pois carrego no peito
Uma alma tão velha
Quão sofrida e sábia.


Para amar como amo,
Siga seu coração.
Ele certamente mostrará
Que o amor é a fonte
Para dias melhores.


Para ter amigos como os que tenho,
Cultive-os todos s dias.
Amigos são flores
Que devem ser regadas
No início da manhã
Ou no final do dia
Quando o calor do sol
Já não queima a fina pele
Que recobre o sentimento que os une.


Para caminhar de maneira feliz,
Como busco fazer, todas as manhãs,
Apenas cante.
Quem canta ouve seus sonhos
E faz deles momentos de felicidade,
Mesmo que, lá fora,
O mundo esteja cinzento e rebuscado.


Para ler-me em seus pensamentos,
Siga cada passo.
Um atrás do outro.
Nessa estrada que não tem trilha
Apenas pequeninos vagalumes
A iluminar
No meio da escuridão
Que é mistério
Do ato “viver”...

sábado, 9 de abril de 2011

Promessa




Eu quero que tu sejas para mim
Todo o amor que há no mundo.
Em troca, prometo ser para ti
O mais ardente dos sentimentos.
Aquele que só se esquece
Quando se perde a memória,
Ou talvez, nem assim.
Prometo que, se me amares todos os dias,
Seus olhos refletirão
Um brilho esplendoroso e ofuscante,
Pois meu amor por você
É capaz de cegar quem nos inveje.
Se me fizeres sua, quando o sol se pôr,
Garanto-te satisfazer teus desejos mais audaciosos...
Delícia de se fazer e sentir.
Se prometeres a minha pele
O perfume da tua
Pode-se considerar tão perfumado
Quanto um ramalhete de cravos e rosas.
Cheiro tão doce quanto o amor
Que trago no peito.
Quando fechares os olhos
Buscando-me em seus sonhos,
Saibas que estarei lá, todas as noites
Pois adentrar em seus devaneios
É, sem dúvida, viajar pelos mistéris
Deliciosos da madrugada.
Um amor doce e eterno
Audacioso e, ao mesmo instante,
Carregado de bençãos!
A delícia do prazer
Envolta na satisfação de saber
Que juntos formamos a equipe perfeita,
Hoje e enquanto me desejares como tua...

Divino




Busco no silêncio da madrugada
O mais suave dos sonhos.
Fecho meus olhos, ao som da chuva,
E quando acordo, vejo você
Tranquilo e eterno
Sorrindo para mim, cuidando de minh'alma...
E isso, sem dúvida, não tem preço
Nem explicação...
É divino!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ASAS



ASAS

Eu busco asas
Asas brancas e felpudas
Capazes de se abrir em prol da paz
Do amor, da chuva!
Asas de anjo
Asas demasiadamente gigantescas,
Que tragam em sua essência
O perfume das rosas e cravos,
E que sejam tão brancas
Quanto o brilho da criança
Ao receber um abraço sincero.
Eu busco asas
Busco olhares brilhantes
Busco sonhos...
Sejam eles possíveis,
Sejam eles utopia.
Busco o perfume mais doce
O sabor de um beijo
A pureza de um amor de juventude.
Busco coisas que alimentam
Seja o corpo, ora a alma!
Asas de anjo
Envoltas na magia dos deuses
Mais sábios e audazes...
Dos deuses do amor
Do prazer, da inquietude!
Asas, ora de anjos
Ora demônios
A enfeitiçar, apenas olhando...
Busco flores
Busco a pureza da escuridão.
Busco motivos para cada papel.
Busco as melhores lambidas
Os melhores filmes, sabores
Os aromas inesquecíveis
As doces lembranças,
Aquelas guardadas no fundo da gaveta...
Busco a luz
Seja ela o astro-rei
Seja um lampião em meio à noite!
Busco anjos
E talvez eles já existam
Tão perto quanto o perfume
Tão suaves quanto as asas.
Asas enormes
Capazes de fazer voar
Mesmo quem beire a sarjeta
Mesmo quem tenha medo de si mesmo
Mesmo quem busque um caminho
Que não saiba onde vai dar...
Um caminho sem placas
Sem vozes, sem formas
Caminho de anjos e demônios
De papéis a todo momento
De atos e consequências
De amores e lembranças
De fogo e cinzas
De luzes e escuridão.
Busco asas
E sei que, a cada ato,
Elas crescem e tomam formas
Capazes de surpreender
Até o mais mendigo dos homens
O mais doce dos anjos
Ou o mais feroz dos demônios...
Asas, perfumes...
Antes que tudo se acabe
E as cortinas fechem o espetáculo
Do teatro chamado “viver”!