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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 20 de setembro de 2020

Modo Quarentena...

 



Domingo. Dormindo. Querendo sinceridade.

A gente espera um afago, sincero, sem pretensão de nada.

Ou pretendendo ao menos ouvir: “saudades!”...

Mas, é domingo!

E como o próprio nome já traduz, é dia de esperar em vão.

Porque não é possível a mensagem.

Não é viável ser explícito.

Não é sensato ser louco.

Um pouco mais de tempo.

E amanhã o que ficou preso, será solto.

Rouco, louco, pouco a pouco.

Hoje, não.

Amanhã, talvez...

Quando o mundo está agitado, ligado na tomada.

Porque hoje estamos no modo quarentena.

Sem poder ou querer dizer o que se sente.

Não é conveniente.

Tampouco convincente!

Deixemos para amanhã...




segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Desejo & Duelo




Sou caixinha de Pandora, de surpresa, de loucura...

Uma criatura diferente, que encanta, atiça e perturba.

Você, doce criança enigmática, já com quase cinquenta...

Tenta me entender, ao mesmo tempo em que o querer e o fugir

Fazem parte da historia.

Com carinho e braveza,

A única certeza é não ter certeza alguma...

Porque às vezes eu lhe causo espanto.

Noutras, arrepio...

Às vezes, você quer.

Noutras, você parece fugir de mim.

Por medo de sentir algo a mais.

Por não poder recostar em meu peito,

Contando minhas pintas.

Talvez eu lhe encante...

E você me conte seus anseios.

Com meus seios em suas mãos, depois do prazer.

Por fazer de nós um momento único.

Unicamente assim, sem pressa, parando o tempo.

Formulando circunstâncias...

Instantes e sabores.

Os amores habitam as almas.

Os desejos, as peles.

E nós ainda não definimos quase nada,

Desse quase tudo, já existente entre eu e você, bebê!

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Súplica




Sou sua diversão furtiva...

Passiva, passada.

Por vezes, esboço um querer.

Mas, na maioria das vezes, 

permaneço nas sombras.

Porque é preciso.

Porque seria inadmissível mostrar qualquer desejo...

Que não fosse o seu, quando quer e quando pode!

Pode ser que você até me queira.

Mas, sinceramente, não acredito.

Deixei de acreditar nas suas palavras.

Como deixei de acreditar em mim.

Por dar a você uma importância maior que a mim...

Por estar ao seu deleite, como enfeite de cabeceira.

Com cabeça e cabelos bagunçados, molhados pelo suor e pelo banho a dois.

Um dois... Que é individual.

Casual.

Sensual.

Quando você tem um tempo na agenda.

Quando consegue driblar sua perfeita vida...

Procura meu corpo, sacia sua fome de luxúria.

E depois se vai...

Voltando para sua vida de cena de Da Vinci.

Numa felicidade enigmática quase Monalisa de ser.

Para a mim procurar novamente, quando Deus der bom tempo.

Quando realmente quiser viver a realidade nua e crua,

Sem tempero sabor Barbecue.

Que adocica e apimenta, disfarçando o sabor agridoce, 

quase insensível à língua.

Sua língua me procura.

Seus braços também.

E eu acabo por não resistir.

Porém, um pedido é preciso ser feito:

Ensina-me a fugir de você!

Suplico!

Antes que eu não me reconheça.

Antes que eu esqueça como é amar as minhas entranhas...

Estranhas por ficar à espera dos seus caprichos.

Ensina-me! Eu preciso aprender a ser minha,

Já que ser sua quando você está disponível é algo que machuca...


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Eu, você e a lua...




Quinta, à noite... Perto das dez.

Com tez clarinha, marcada apenas pelo batom vermelho.

Uma gargantilha de pérolas negras.

Um brinco combinando.

Olhos vendados com renda negra,

Tal qual a noite... Tal qual meus pensamentos.

Malévola, malvada ou maquiavélica...

Prefiro definir-me como ariana!

Com instintos à flor da pele.

Com pele alva e macia.

Com uma única gota de Cuba no meio do colo.

Com colo macio, para que recoste sua cabeça.

E seu falo.

Que me fale de sonhos.

E me faça pecar os piores segundos da vida.

Jogando meu corpo contra a parede.

Fazendo com que eu perca o juízo!

Pedindo para eu mexa meu quadril, ao som das castanholas, 

Que dão o tom marsala ao meu vestido.

E aos desejos, escondidos...

Imaginação que flui.

E se transforma em vida real.

Num perder a cabeça, as horas, as peças de roupa...

Jogadas pelo chão, enquanto me coloca toda sua.

Ao seu bel-prazer, não hesita  em beijar meu corpo todo,

Vindo morrer em minhas entranhas.

Estranhas sensações, que não sente há muito!

Emoção, êxtase, calor, calafrio...

Olhos nos olhos, meus seios em seus lábios...

Minha boca deslizando sobre seus pelos.

Pelos caminhos da loucura, do querer, da necessidade de pertencer...

Uma gargantilha de pérolas negras sobre o criado-mudo.

Um salto nos pés da cama...

E sua cabeça recostada em mim, depois do êxtase.

Uma meia-luz, à meia noite...

Eu, você e a claridade da lua, adentrando na janela,

Espiando nosso desejo todo!

Espertinha ela!...


Nós!...




Provoca meus instintos e some.

Feito animal no cio.

Feito pavio curto, prestes a explodir o estopim.

Assim... Num olhar enigmático.

Com palavras não ditas, com os lábios...

Observando meus lábios se moverem, enquanto falo...

Ou enquanto mordisco o canto da boca, por trás da máscara.

Você minuciosamente sabe como me comporto.

E como meus pensamentos se contorcem, olhando você me desejar.

Sem nem sequer encostar um dedo.

Eu confesso que queria todos os seus dedos, elos, língua e pensamentos...

Sou dos sentimentos todos aflorados, ditos, sentidos na pele.

Uma pele com cheirinho de hidratante, macia...

Uma boca quente, salivando pecados...

Porque sabemos que não vamos para o céu!

Um desejo escondido, reprimido, repensado mil vezes.

Sonhos, invasões de pensamento, tormento.

Somos dois em busca um do outro, mesmo que subliminarmente.

Decente vida, contida, bem vista aos olhos do mundo.

Confundo seu juízo, como a mim também confunde meus quereres.

Prazeres de ter-te a mim, assim... Sem pressa!

Com essa, já são incontáveis as vezes em que suspiro por ti.

Imaginando cada detalhe, de cada cena, de uma vida com você!

E você, será que também confabula?

Ou continua anulando o que sente, por medo de enlouquecer na minha intensidade?