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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Morango & Menta... Com pimenta!




Dia vinte e nove, de uma quinta qualquer do ano. Em meio às Quintas, aos fados e sotaques portugueses, um olhar acastanhado se esconde atrás dos óculos de sol. 

Um rosto redondo, com cabelos e barbas grisalhos, impecáveis! Um perfume marcante no pescoço e camisa, em tom de azul bebê. Bebe uma taça de tinto, e se serve de uma massa fresca com palmitos, tomates secos e manjericão. Tudo bem simples, e bem feito.

Na mão esquerda, uma aliança dourada no dedo anelar. No pulso, um Rolex todo trabalhado na elegância que a ocasião pede.

Sua imponência faz marcar a tarde, com todo o tempo do mundo! 

Na mesa do almoço, uma pasta de executivo. Executando projetos, ensaiando propostas. Tudo muito bem avaliado, com o crivo de um expertise. 

Senta, olha e analisa. Anota, no bloco de notas do celular prateado , com capa preta de couro. A combinar com a pasta, na cadeira do lado de onde se senta.

Chego de óculos fumê, em tom degradê, a cobrir meus olhos marcados pela maquiagem. A roupa... Um vestido social preto, um palmo acima dos joelhos. Nos pés, uma sandália de salto quadrado, também preta. 

Nas mãos, além da bolsa social se alça única, uma aliança também no dedo anelar esquerdo. Porém, diferente da sua, essa é toda trabalhada nos detalhes e cravejada com um brilhante ao centro.

Chego, abaixo levemente os óculos e vejo você me acenar com a mão. Senti-me, enquanto puxa a cadeira para mim com uma das mãos. E a outra, desliza suavemente sobre minhas costas.

Pede ao sommelier a carta de vinhos, e eu apenas aceno que não bebo, preferindo um suco de morangos e menta.

Conversamos um pouco. E posso imaginar coisas que nem imagina que eu penso, desde o primeiro instante ao lhe ver. Como por exemplo, algo mais picante do que uma massa fresca – podendo eu ser mais fresca que a massa!

Conforme vamos falando, percebo seus olhares desviando para o meu decote. Ajeito minha alça esquerda do sutiã , onde o strass em formato de coração adorna a alça de renda, bem próximo ao ombro. Algo sutil e delicado, mas que provoca sem segundas intenções.

Passam-se quinze minutos. E de repente, sinto algo debaixo da mesa, roçando em minhas pernas. Tento não me assustar, mantendo a compostura. Todavia, creio que meus olhos tenham se arregalado, no segundo em que sinto minhas pernas serem tocadas por seus pés, debaixo da toalha branca que desce até o chão.

Faço cara de boa moça, pura e casta. Porém, não sou tão casta assim!

Sei fazer um homem perder seu pudor, entre quatro paredes. E a essa hora, já me propus a querer algo mais do que um almoço de negócios com esse que é um dos homens mais misteriosos que já tive contato.

O almoço termina, e ao irmos para o estacionamento do restaurante, sinto novamente o arrepio me percorrer a espinha dorsal, à medida que sussurra em me ouvido ter se encantado com minha beleza. E que o perfume dos meus cabelos o teria inebriado.

Os olhos se cruzam. A boca, entreaberta, respira o calor das três da tarde. E eu só consigo compreender o convite na segunda vez em que me chama para a realidade, me propondo conhecer seu apartamento comercial, na rua mais badalada da cidade. 

Em poucos minutos, vejo meu mundo se fechar em uma porta preta de madeira, abrindo-se para aqueles que seriam os momentos mais  pecaminoso dos últimos meses.

Quando vejo, estou de costas para a porta, sendo jogada no sofá cinza chumbo, com o peso daquele homem em cima de mim!

E eu juro não me incomodar com o peso e com suas mãos me puxando feito boneca de pano ou controle remoto de seu PlayStation cinco. 

Quando percebo, já estou de calcinha e sutiã de renda, cereja e preto. Com a boca posta em seu brinquedo, quase afogada pelos movimentos frenéticos de um ser insaciável. 

Mal penso, e já estou novamente posta em nova posição. Desta vez, em cima da bancada de trabalho, entre papéis e canetas de marcas famosas. Entre relógios de parede e quadros de artistas renomados a observar uma fera buscando controlar o incontrolável.

As pernas são seguras para cima. E eu, gemo feito louca, enquanto me contorço em sua boca. Confesso não ter sido degustada com tamanha euforia e capacidade de conhecimento de causa há um bom tempo.

Enquanto me suga, esquece que está em um edifício. Porém, o terraço é maravilhoso para aproveitar altas aventuras sexuais entre nós dois; ficando somente o vizinho do andar abaixo com inveja dos gritos, gemidos e tapas. Tudo com muito prazer e safadeza. Mas, sem machucar nenhum dos dois.  

Olho no relógio e já são mais de cinco. Preciso né recompor.

E será que eu quero? Será que foi somente um breve encontro de loucura e tesão?

O destino desse conto você só saberá, se acompanhar a continuação, amanhã à noite... Ficou curioso? Venha se deliciar com meu poder de persuadir e encantar quem me lê!...

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