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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 11 de abril de 2015

Presença



Venda meus olhos.
Amarra minhas mãos na cabeceira da cama.
Vem devagar sobre a pele...
Olfatando, salivando.
Sou toda capricho!
À espera do seu melhor tormento.
Sou seu atormentar na madrugada.
Sou a excitação mais programada.
Pois pensa em mim enquanto excita!
Sabe as melhores posições.
E põe-me frente a elas, ao seu imaginar.
Imagina e quer para ontem!
A unha pintada de vermelho...
O batom, o olho esverdeado...
A sobrancelha levantada,
O dedo na boca, instigando...
Tudo leva a provocar os seus instintos!
Talvez a imaginação remota seja tão mais fácil
Do que a visualização física...
Talvez imaginar provoque mais!
Pôr no papel o que se espera
É tão hábil quanto esperar o seu desejo!
Deseja-me ao natural,
Pois diz ser assim algo provocante, também.
Menciona nem notar a maquiagem,
Porque busca a essência perturbadora
Por trás do batom escuro, da sombra degradê.
Adora minhas curvas, sinuosas...
Os seios, fartos, entre o decote da blusa.
As coxas, grosas, sem vergonha do tamanho.
Faz dos sonhos, momentos oportunos.
A buscar forma de “morrer” na solidão.
Falece-se e ressuscita o falo,
Enquanto falo o detalhe melhor esperado.
Espero, observo... Questiono!
Gosto de interrogar, vez ou outra.
É parte de meu ser buscar respostas.
Mesmo em se tratando de algo
Quase sem explicação lógica para o raciocínio humano.
Sou humana, doce, pacífica.
E também ácida, sarcástica, perversa, pecaminosa.
Sei pecar quando a língua acidifica.
E falar com o Ser Maior,
Quando sinto que preciso de luz.
À luz de vela, candelabro, lareira, abajur...
Ou sob luz alguma!
O que surgir na mente é regra!
Para o momento.
Para recordar depois...
Para passar no papel, quando houver tempo.
Feche os olhos, sinta a brisa.
Talvez o meu perfume invada seu mundo.
Talvez eu seja uma doce recordação, guardada em caixa azul,
Numa placa de dedicatória.
Ou talvez seja eu aquele pensamento pecaminoso,
Enquanto alguns dormem...
Enquanto alguns fazem “coisas” das mais variadas.
Coisas de arrepender, coisas de arrancar do canto da boca
Aquele meio sorriso abobalhado, quase inocente de felicidade.
Posso estar presente, na ausência dos momentos a dois...
Pois sou muitas e tão somente aquela
Que está à espera, debruçada na janela,
Quase nua, ouvindo new age e bebericando algo gelado.
Para ver se eu acalmo essa ansiedade toda e ter-lhe,
Ora sob domínio, ora sob comando...
Num trocar de posições e preferências,
Que façam com eu permaneça
Por tempo indeterminado em seu meio sorriso audacioso...
Que gostoso!!!





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