Passeie por minhas curvas...
Mas, conheça também meus precipícios!
Viaje em minhas coxas...
E embarque em minha loucura!
Brilhe os olhos, no desejo...
E me reflita, em suas pupilas!
Assopre, urre e observe...
Como posso ser doce e melancólica, ao mesmo tempo!
Sinta na pele o arrepio...
Porém, sinta na alma o encantamento!
Seja encanto!
E mostre que se orgulha de mim,
Bem mais do que quando me ajoelho, sentindo você!
Mostra, demonstra, seja água cristalina!
Beba-me e me deixe beber de seus segredos mais bobos...
Ou mais perversos!
De versos eu entendo...
Venha recitar uma poesia ao pé do ouvido...
É perigo! É salvação!
Canção dos deuses... Ou ladainha de vó!
Só não brinque!
Pois não sou de pano, com cabelos de lã trançada,
Trancada na torre da Rapunzel!
Meu mel é doce...
Mas todo mel também azeda,
Se colocado em um pote sujo...
Eu fujo, corro longe, olhos marejados...
Não brinque, lhe peço, suplico!
Eu fico até você querer, com todo o coração!
Depois?
Depois eu vou embora, cabisbaixa...
Achar o motivo de novo para que entendamos
Qual o intuito de termos nos cruzado,
Nesse mundão de meu Deus!...
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