Um dia talvez eu aprenda a ser fria, como são as pessoas.
Mas, confesso preferir o calor dos sentimentos puros!
Talvez um dia eu não me machuque com essa inversão de valores.
Contudo, prefiro os amores verdadeiros...
Aqueles que tiram a gente do chão, devolvem as asas.
Mas, que voam junto também!
Porque planar no céu sozinho é bom.
Porém, ter em quem se apoiar no pouso é melhor ainda!
Venho de tempos outros, onde o café se coava em coador de pano.
E o plano do domingo era um bolo de fubá com erva doce.
Tão doce quanto o olhar da avó no crochê terminado.
Tanto capricho para fazer...
E hoje tudo é descartável!
Os sentimentos, as pessoas, as coisas.
Não sabemos mais lavar a louça suja.
Preferimos o prático modo de mudar os utensílios!
Somos usados e usamos as pessoas como robôs.
E o brilho os olhos?
Coisa de gente emocionada!
Pois prefiro ser piegas!
A correr o risco de morrer por endurecimento.
Porque tudo que atrofia perde o encanto.
E eu sempre acreditei em contos de fadas.
Um dia ainda vou escorregar no arco-íris lá no fim do horizonte!
Onde os olhos perdem de vista o passarinho voador, sonhador!
Sonho para manter viva em mim a essência do que é belo.
A vida anda sendo feia demais de uns tempos para cá!
E talvez o segredo da eternidade seja ter alguém
Que mesmo quando a gente está longe
Fecha os olhos e agradece por a gente existir...
Já fez falta para alguém, hoje?
Tente perceber...
E seu coração ficará quentinho!
Feito leite com Nescau que a mãe trazia na cama,
Junto com um beijo de boa noite!...
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