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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 5 de maio de 2013

Roubo



Perdoe-me se lhe faço perder o sono.
Jamais pensei que o fizesse.
É novidade.
Novidade boa.
Daquelas de acordar com sorriso
Doce no canto dos lábios.
Talvez lhe diga
Que rouba alguns pensamentos meus.
Talvez apenas acene com a cabeça.
Só para deixar no ar
Toda e qualquer demonstração.
Gosto de roubar sonhos.
Faço disso minha diversão.
Fazer isso de um corset bem amarrado
E aquela calcinha branca,
Como virgem,
Garanto que deixa seu sono conturbado.
Gosto dos gozos, dos êxtases.
Para depois adormecer
Agarrada ao travesseiro grande e macio.
Deleito-me.
Devoro-lhe.
E sei que isso faço bem!
Gosto de satisfazer seus anseios mais perversos.
Gosto de estar dentro deles.
E de fugir, momentos depois.
Brincar de gato e rato
Aguça meus pensamentos maus,
Quase maquiavélicos.
Aos poucos, o corset se desamarra.
E a calcinha vai ao chão...
Para, em movimentos frenéticos,
Deixar na pele e no corpo
Toda a demonstração mais explícita
Do prazer mais absoluto.
Sou das estripulias.
E você sabe bem disso.
Talvez seja esse o motivo principal
Para que ainda perca seu sono.
Para que ainda procure a mim,
No meio da madrugada quente.
Para que eu satisfaça seu ego.
Para que eu cumpra o que prometo,
Toda vez que me despeço.
Adoro roubar seu sono.
Adoro roubar seu juízo.
E também cada êxtase.
Seja de espartilho amarrado.
Seja com ele ao chão...
Simplesmente, adoro!


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