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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 4 de maio de 2013

Por enquanto...




Por enquanto
Caminho pela madrugada
Podendo sentir o ar gélido
Adentrar em meus poros.
Talvez daqui a alguns anos,
Não mais.

Por enquanto
Ouço o barulho da chuva
Batendo fortemente na vidraça.
E rezo com toda força.
Ainda sei fazê-lo.
Daqui a algum tempo,
Talvez me esqueça das palavras.

Por enquanto
Sinto nos lábios
O gosto suave e adocicado
De um chocolate ao leite.
Ou mesmo branco.
Fecho meus olhos e sinto.
Saboreio.
Quem sabe daqui para frente?
Não sei.

Por enquanto
Danço ao som d’uma melodia
Que faça bem aos meus ouvidos.
E nem preocupo com os obstáculos
Que sempre cruzam o caminho da dança.
Amanhã, no entanto...
Talvez eu precise de auxílio
Para não me estabacar
Todas as vezes que o esqueleto
Quiser remelexer ao som da música.

Por enquanto fecho os olhos
E sinto a brisa, o vapor quente
Do sol do meio-dia
Toda vez que saio de casa.
Daqui a algum tempo
Talvez eu me trancafie
Com medo dos raios solares
Danificarem mais ainda
Minha fina e frágil cútis.

Por enquanto sei a que vim.
Vim em busca do amor.
De todo o amor do mundo.
De sua forma de amor
Ao transcender as barreiras da dor
Em prol do brilho das auras afins.
Numa mágica maneira de encontrar-se
Seja diante do espelho
Numa eterna saudação
Seja na delícia da surpresa
De um encontro sorrateiro
Que alegra o dia inteiro
Só para rechear sorrisos.

E por saber tanto do amor
É que posso dizer
Com palavras tão absolutas
Que por enquanto ando
No caminho da minha felicidade.
Ando acertando as pedras em que piso.
Mesmo com todo o medo do mundo
Em quebrar meus dentes
Ao pisar em pedra falsa.
Ainda bem que ainda não os perdi.
Estão intactos.
Mesmo amarelados, por vezes,
Com alguma mágoa da vida.
Coisa natural,
Depois de tantas lições de sabedoria.

E por falar em sabedoria
Posso dizer que, por enquanto,
Ainda sou graduanda.
Estudo, estudo...
Para um dia, lá na frente,
Poder volitar minha pobre alma
E enterrar minha carcaça humana
Com toda a dignidade
De alguém que buscou o bem.
Com toda a pompa
Merecida por qualquer reles mortal
Que desce à Terra
Mesmo sem saber a que veio.
Mas que faz o melhor que pode
Com todas as armas que possui.
E isso, sem dúvida,
Por enquanto, posso dizer
Que sou capaz de fazer...

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