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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 11 de maio de 2013

Dragão Vermelho




Brisa quente que adentra à janela, da sacada.
Velas ao chão.
Pétalas sobre o lençol de seda ou cetim.
A música ao fundo
Pronta para uma dança provocante.
À meia-luz, à meia-vista.
O roupão todo florido
Provoca teus olhos,
Ao mesmo tempo em que me esconde.
Num jogo de “esconde-revela”
O que vês são meus ombros,
E também parte do colo, levemente.
Mas, o principal fetiche...
Ainda não revelei.
Não por falta de tempo.
Mas, por gostar das preliminares.
Muito mais do que do ato em si.
Numa conjugação verbal
Onde o “eu” e o “tu” buscam o “nós”,
Os pronomes pessoais deslizam pela pele.
Como espuma de sabonete
Debaixo do chuveiro.
Por falar em chuveiro,
É nele que dessalinizo meu corpo.
E também desoxido minha alma.
Contudo, as gotas que caem quentes
Esquentam também meu desejo por ti.
Fazem com que eu perca bons minutos
À procura dos pontos culminantes de prazer.
E nessa procura toda,
Posso dizer que quase ecoo à vizinhança
Uma das melhores sensações já vividas.
Banho tomado, demoradamente.
Libido extremamente aguçada.
Quase posso sentir tua ansiedade em ver-me.
Tanto quanto eu estou à tua espera.
Cabelo molhado e perfumado.
Roupão florido por rosas vermelhas.
E por baixo, aquela lingerie toda rendada de preto...
Gosto dessa cor.
Contrasta com minha pele alva.
E realça meus olhos castanho-esverdeados.
Na boca, um batom bem vermelho.
E no pescoço, um Cuba Original.
Os brincos estão sob o criado-mudo.
Por mero esquecimento.
Todavia, o resto está perfeito.
Ao teu aguardo.
Devagar tu vens.
Sobe as escadas.
Tão sorrateiro como gato negro
Com aqueles olhos à caça.
Abre a porta pesada
E, ao mesmo instante, agarra-me.
Em poucos minutos, estou eu fugindo de ti.
Só para instigar-te um pouco mais.
Aos poucos, o roupão vai se abrindo.
E a música aumenta o ritmo da dança.
Num “foge” e “me pega” constante.
Chega o momento de revelar a ti
Tudo o quede melhor sei fazer...
A dança provoca.
E, provocado, puxo-te com as pernas...
Um pouco mais próximo.
O salto já se foi.
E a lingerie preta vai-se também, aos poucos.
O sutiã, aberto, revela parte do prazer a ser vivido.
A calcinha, no entanto, ainda cobre a vulva.
Nas costas, o dragão vermelho tatuado
Cobre boa parte da pele branca.
Tatuado faz uns anos.
Quando o desejo ainda era sonho.
Imponente, olha-te...
Chamando teu beijo a sugar-me.
A calcinha também se vai.
Ao chão, permanece como lembrança.
De mais uma noite de gozos e êxtases.
De mais uma quente madrugada
De demonstração explícita
Do que nos une,
Sempre que busca a mim como mulher.
Sou tua.
Como pedes que eu diga.
Pelo menos durante o momento, sou tua.
Depois, cabe a ti decidir.
Se o dragão vermelho ainda instigar-te-á.
Ou se ele adormecerá sozinho.
Nas madrugadas quentes,
Com a pele nua,
Envolta no lençol.
Ou nas noites frias,
Com um pijaminha sensual,
Que mal cubra minhas nádegas,
Debaixo do edredom imponente e avermelhado.
Preferes decidir agora...
Ou vir sorrateiro,
Adentrando sobre o tecido que me recobre?
Estou à espera...
Tenha certeza disso!

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