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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 1 de junho de 2013

Ousadia



Ousa me provocar
Numa noite fria
Regada a vinho e chocolate,
Os melhores amigos
Das mulheres desprevenidas.
Ousa me provocar
Somente dizendo uma “boa noite!”.
A voz, melódica, entona
Cada nota necessária
Para que eu perca o juízo.
Faz-me perder o juízo
Depois de uma taça, ou outra.
A prosa e as descobertas, mútuas,
Permeiam caminhos que fogem
A toda e qualquer conexão.
Seja ela mental.
Seja espacial.
Atiça meus piores pensamentos
Ao som de uma música dançante, provocante.
Provoca minha libido
Com calça jeans e camisa branca.
Minha carência
Faz-me despi-lo, sem nem encostar meus dedos.
Meus pensares, diabólicos e luxuosos,
Atiram-no nas minhas quatro paredes preferidas.
Joga-o em minha cama
Ao som de um Cláudio Zoli, Lulu Santos.
Aos poucos, o que preciso
É de mais uma coragem
E mais umas taças de vinho.
A mão corre leve e sorrateira,
Botão a botão.
Segue despregando um a um.
Encharcando o algodão branco
Com suor e perfume.
O que resta é o desejo mais absurdo
De tê-lo debaixo dos lençóis
E em meio à minha loucura.
Sou louca! Insana!
Beijo-lhe a boca ardentemente
Enquanto a música entoa uma batida mais marcada.
Marco minhas unhas
Em sua pele cor de amêndoa,
E quase posso ouvir um “Ai!”...
Algo excitante e amedrontador.
Tenho ousadia
E medo das suas mãos.
Grandes, buscam minha cintura,
À medida  que me suga cada poro.
Pede uma dança
E eu não recuso.
Danço loucamente
Enquanto o cabelo esvoaça
Com o vento forte
Que entra da sacada.
A taça, quase vazia sob o criado-mudo,
Presencia silenciosa mais uma das noites de prazer entre nós.
Se pudesse falar...
Certamente ficaria boquiaberta com tantas estripulias
Com tantas posições mirabolantes
Com tantos uivos insaciáveis.
E correria contar aos vizinhos
O motivo de tanta festa,
Noite após noite.
Até o sol quase raiar no horizonte.
Provoca meus instintos.
Busca a si próprio em minhas curvas, lingeries.
E ainda me pede um beijo doce,
Ao final de tudo.
Como se não houvesse nada além
Do sabor do vinho em meu paladar.
E lhe beijo.
Quanta vez quiser.
Porque não há melhor forma
De começar a ousadia
Senão, beijando-lhe, doce gato amendoado...

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