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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 16 de junho de 2013

Para o inferno!



Tem dias em que a garganta
Deveria ecoar em alto e bom som
Um garrafal “vá para o inferno, você!”.
Isso aliviaria grande parte das tensões
E desanuviaria boa parte dos cérebros humanos.
Mas, somos tão idiotas
Que olhamos para o espelho do banheiro
E mandamos nós mesmos para lá.
Com medo de ferir os outros,
Acabamos por nos ferir.
Assim.
E ainda pomos sal sob o machucado.
Para que arda mais ainda.
Autoflagenamo-nos como forma
De sermos bem vistos, bem quistos por aí.
Mas, chega uma hora na vida
Em que o cilício aperta demais as coxas.
As chibatas afiadas
Deixam feridas muito além das fibras carnais.
Invadem o ser, como um todo.
Então, ou criamos coragem
E arrancamos as garras que nos perfuram;
Ou  puxamos mais ainda a fivela de amarração.
Para que nos punamos sabe Deus por que.
Por quem ou por onde.
De fivelas puxadas,
A única coisa que se vê é sangue.
Vermelho e vivo.
Diferente da alma.
O brilho já se ofusca
Com tamanha quantidade
De glóbulos vermelhos desperdiçados.
Mas, permanecer nessa clausura de atitudes
É muito mais fácil que rompê-la.
Fere tão somente a carne,
De apenas um.
Somos eternos covardes.
Lutando conosco, ao invés de duelar
Com o mestre das armas chinesas.
Somos hipócritas, sim!
Não achando nada certo a fuga.
Não dando um passo para pegar as chaves
Que estão dependuradas no prego velho e enferrujado
Da cela, pelo lado de fora.
Basta que estendamos os dedos
E as peguemos.
Simples assim.
Não obstante, isso nos fadiga.
Esse esforço todo de estender os dedos
Rumo à liberdade.
Torna-nos cansados.
Somos é covardes!
Vivemos prisioneiros de nós mesmos!
E nem mandar para o inferno sabemos!
Mandamos nós mesmos
Porque jamais retrucaremos consigo próprio.
E caso isso ocorra,
Não ficará pior do que já está.
Somos imbecis.
E achamo-nos “os caras”.
Quanta idiotice há no mundo.
Quanta ignorância há no homem.
Pudera eu não ter que conviver com gente assim...

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