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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Clandestino



Faz de esse querer, ser clandestino.
Que invade fronteiras, sem taxa de alfândega.
Invade e perturba tão depressa.
Só para deixar o gostinho.
Entra pelas portas dos fundos
Sem deixar rastros ou brechas.
Sorrateiro, busca saciar de qualquer forma
Isso que considera tortura.
E sabe torturar, também.
Como que de graça.
Com toda a segunda intenção.
Diz as palavras que quer.
E acaba por ouvir o que espera.
Num jogo de sussurro e gemidos,
Onde o impossível é mais do que coadjuvante.
Fecha os olhos, provocando.
A voz diz mais do que pode dizer.
O jeito, mais do que consegue expressar.
E se expressa tão freneticamente!
Procura a cura dos momentos de excitação.
E sabe que acaba por encontrar.
Num provocar que deixa aquela pitada
De pimenta malagueta no canto da língua.
Instiga, provoca e invoca...
Toda e qualquer entidade
Para que isso se torne o já!
Quer o agora a todo o tempo.
Quer o instante eternizado num desejo todo.
Com tudo o que tiver direito.
Espera o mover das nuvens, o caminhar dos dias.
Até a próxima oportunidade.
Até a próxima explosão de desejo e loucura.
Procura um elo que uma.
Um porque que explique.
Um quê que excite.
E acaba por ficar só com a pele ouriçada.
Com os pensamentos desconexos, por alguns bons momentos.
E com aquela ânsia de pôr em prática
Tudo, novamente...


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