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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Malandragem



Na esquina, da rua,
Dobrando no bolso o lenço xadrez,
O senhor quase antiquíssimo
Disfarça bem sua real profissão.
Faz-se de homem honesto,
Mas, sua honestidade já não existe faz tempo.
Vive nas sombras imundas,
Dos becos mais perversos,
Esperando o melhor momento
Para mais uma vítima.
Finge-se bom senhor perdido, desajeitado.
Mas, ao primeiro sinal, saqueia-lhe o que puder.
Gosta de dinheiro.
Todavia, prefere mesmo é iludir.
Mais fácil arrancar tostões sem esforço,
A ter que enfrentar o xilindró.
É malandro de carteirinha.
Quase com dever a pagar contribuição.
Procura uma velha quase com o pé na cova,
Ou uma quase virgem ingênua.
Saqueia aos poucos, sendo presenteado.
Até o momento oportuno de arrancar o que puder.
E arranca mesmo!
Sem deixar vestígios, muda de vida...
Assumindo um novo papel,
Numa cidadela qualquer de beira de estrada.
Já fez tantas vítimas
Que se considera mais astuto que cachorro de rua.
Faminto, procura a carne.
Para depois abandonar o osso num buraco, por aí.
Aproveita cada víscera como se essa fosse sua última refeição.
É chamado Zé das Trouxas.
Mas, pseudoniza com o nome que melhor lhe convier.
É da malandragem...
E pensar que são tantos os malandros de cá e acolá.
Em esquinas, becos, botecos.
Com caras de bons moços,, bom senhores, de família.
Bobo de quem ainda acredita no conto do vigário...



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