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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 20 de outubro de 2013

Procura




Numa falta de juízo
Procura minhas sensações
Em dias de morrer d’alma.
Espera, ansiosamente, pelo melhor momento...
No meio da madrugada.
Ou num início de manhã.
Procura-me, desesperadamente.
E nem sempre me encontra.
Por não conseguir um encontro.
Por não haver uma forma para tal.
Então, morre solitariamente.
Solitária e nada silenciosamente.
Num desfalecer intrigante, instigante...
Onde as horas passam rápido demais.
O desejo se instala nos poros
E demora a passear, longe deles.
Procura a encarnação literal do arrepio.
Para preencher sua solidão.
É solitário em meio a tantos.
E nem sabe como explicar tantas coisas!
Procura não voltar no tempo,
Para não morrer de arrependimento.
Não gosta, mas recorda-se.
As escolhas geram consequências.
E nem sempre elas são coloridas.
Fecha os olhos, inalando os feromônios.
E transmite tudo, como mágica!
Deseja com as pontas dos dedos.
E enlouquece, debaixo do edredom.
Ao som de um blues, um jazz, um soul.
Ao som de qualquer coisa que lhe faça hipnotizar.
Hipnotiza-se por minutos,
Até sentir saciado seu desejo mais perverso.
Perverte-se, perturba-se...
Para depois se arrepender.
Mais uma vez.
Por um querer desenfreado.
Nos momentos mais inoportunos.
As oportunidades surgem.
E como criança ao colo da mãe, as agarra.
Prefere o agarrar-se sem compromisso.
Sem expectativas.
Simplesmente por ser mais fácil.
E menos questionador.
Não é adepto a questionamentos infantis.
Então, age conforme prefere.
E anda preferindo perverter-se solitariamente.
Apenas imaginando.
Em virtude de um cansaço.
Numa briga de gato e rato.
Não põe expectativas.
Prefere o agora.
É do lema “o agora é a hora!”.
E faz dessa bandeira sua manifestação.
Manifesta-se tão bem, se soubesse!
Com direito a sacudir o mastro
Em tempos de expressar-se silenciosamente.
Esquece o juízo.
Aprofunda-se no querer.
Estimula a falta de compostura.
Para, vez ou outra, fazer óbito e ressurreição...
Em questão de momentos.
É patrão e funcionário.
Superior e subordinado.
Assume o melhor papel
Para o instante a seguir.
Perde o juízo, em dias de morrer d’alma.
E faz com que esse morrer
Seja apenas e melhor forma de mostrar-se
Mais vivo do que nunca!

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