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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 15 de setembro de 2013

Nasci para a Poesia



Nasci para a poesia.
Não de uma poesia rimada.
Com estrofes perfeitamente ritmadas.
Mas, a poesia nasceu comigo.
Nasceu de mãos dadas a mim.
Toda primaveril, em pelo outono.
Num vinte e um de março
Chegou doce, abençoando-me.
Mostrou-me os melhores caminhos
Às palavras certas dos sentimentos.
E de palavras e sentimentos tenho entendido tanto.
Que quase posso me graduar.
Digo por aí
Que se tivesse vergonha na cara
Faria das letras meu diploma universitário.
Contudo, não deve ser só falta de vergonha.
Depois que a gente vira gente grande
O concretizar de sonhos fica mais difícil.
Todavia, o sonhar deve continuar aqui, ali...
Para que não enlouqueçamos
Com as desventuras da vida humana.
Nasci com as palavras nas veias.
Tão misturada ao sangue
Quanto às plaquetas e hemácias.
Nasci para transpor ao papel
Os sentimentos vividos, sentidos ou compartilhados.
Às vezes, de forma simples e compreensível.
Noutras, com algumas purpurinas a abrilhantar.
Escrevo por amor às letras.
Por querer deixar no mundo
Um pequeno pedacinho meu.
Sem a pretensão do estrelato.
Por ser esse um dom nem tão acessível assim.
Mas, se ele vier...
Que venha abençoado por anjos, de asas ou sem elas.
Que seja bem aceito
Por quem quer que me leia,
Que saiba apreciar meus escritos.
Escrevo com a alma.
E talvez seja por isso
Que o faço desde menina.
A vida me amadureceu cedo demais.
Porém, trouxe-me também a sabedoria necessária
A olhar nem tão alto, nem baixo demais.
O olhar nos olhos é o segredo.
Aliás, é através dele
Em que capto as sensações necessárias
Para que cada sentimento vire verso.
E versejar me alimenta.
Sacia minha fome de compreensão.
E faz com que eu divida com quem quer que seja
Um pouquinho dos sonhos e das palavras.
Por vezes, novas ao seu vocabulário.
E talvez você nem as conheça.
Por outras, tão batidas pela vida,
Que quase estão impregnadas à alma.
Nasci para versejar.
Com rima ou sem ela.
É dom que carrego nos dedos.
E que faz ligação direta com o músculo principal.
Nasci para a poesia.
E faço dela minha válvula de escape, vez em sempre.
Poetizo o mundo com meus olhos.
Olho cada detalhe.
E faço mais visíveis os pontos vistos, observados...
Nasci poetizando, tenho certeza.
E acho que enquanto compreender-me mentalmente
Farei dessa minha maior obra de arte.
A poesia corre nas veias,
E me alimenta a alma.
Com tudo o que melhor possa haver.
Substancia-me para que eu volite
E lhe faça volitar também,
Juntos aos meus versos.
Versejo  como criança.
E assim quero me ver.
Enquanto o papel e a caneta percorrerem
O doce trilhar de minha vida.
E depois...
Ah! Depois eu lhe mando meus versos
Pelas mãos de outro ser qualquer.
Numa psicografia quase confidencial...

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