Há quem diga que, nos
dias de hoje, não se seguem mais os mesmos valores que há décadas
atrás. Em certa parte, concordo. Não vejo mais os mesmos valores
sendo usados com as mesmas finalidades que assim o faziam, nos tempos
dos meus, dos seus avós.
O mundo tomou rumos
tão distintos e os valores foram se desencontrando, ano após ano.
Aos poucos, pôde-se perceber nos olhares certas atitudes que não
mais condiziam com o que houvera sido passado, ao longo da infância.
Os jovens viram em
seus géis de cabelo a força para gritar pela liberdade. Todavia
esqueceram-se de mostrar a educação à qual foram criados.
Esqueceram de mostrar que os laquês nada mais eram do que um adorno
à cabeça, e não ao cérebro.
O tempo foi passando,
e as crianças tomaram formas mais esguias, porém menos
inteligentes.
Os esforços
repetitivos foram sendo instalados e, ao que se vê, cada vez menos o
homem dispôs-se a aprender algo novo. E assim, o que se viu foi a
criação de indivíduos austeros, e nada inteligentes.
Quando digo ser
inteligente, me refiro a ser digno da inteligência para a qual fora
concebido, e não o ato de possuir ou não a inteligência cognitiva
em si.
Ser inteligente vai
além. Vai aquém de todo e qualquer teorema, ou regra linguística.
Ser inteligente segue a linha sábia que cada indivíduo possui. Não
obstante, nem sempre essa linha sábia é tão sábia e tão linha,
também. Permeia caminhos tortuosos e acaba tornando certos humanos
menos inteligentes do que deveriam ser.
E faltando
inteligência sábia, outros quês tornam-se relevantes. Quês
complexos, cheios de idas e vindas, de picos eufóricos e
depressivos, com uma oscilação tão visível que quase é possível
senti-la à distância.
Oscilação à parte,
rebeldia à flor da pele, cortesia nada presente. Aos poucos, o que
se vê são homens que sabem manusear diferentes máquinas e mal
sabem amarrar os sapatos! Homens que lutam pela liberdade, mas nem
sabem se realmente estão presos a algo ou alguém. Homens que buscam
o ser pleno, mas que não sabem o caminho exato rumo ao nirvana.
Pessoas cada vez mais
afim de gritar, mas com uma voz tão rouca que mal se ouve da
esquina. Pessoas que buscam o calor, mas que não se preocupam em
serem sóis, ao invés de icebergs. Pessoas que ainda necessitam
aprender a engatinhar, para só depois bater no peito que é gente
grande...
Essa é a diferença!
Nenhum comentário:
Postar um comentário