Há dias em que a
alma, perdida, busca respostas para as dores que sente. E nessas
horas pode-se ter noção do quão pequeninos são os sentimentos.
Viajam entre as
células, pelas veias, e ora buscam morada no coração,ora acabam
por querer sair do corpo, pois a estadia já não é mais tão
agradável.
E então ficamos tão
confusos quanto do ato de abrir os olhos, após um sonho quase que
real. Buscamos as respostas que melhor se adequem. Que se ajustem Às
necessidades que cada poro nosso necessita.
E em meio a tantas
perguntas com respostas nada concretas, criamos a utopia do viver em
harmonia.
Algo irreal, pois
carregamos n'alma a loucura, envolta por leve camada de chocolate.
Por vezes, a lambemos com uma ferocidade tamanha. E nem sequer
percebemos que a fina camada doce esvai-se, nos deixando tão
expostos aos olhos alheios...
Paramos e pensamos nas
estratégias de manter os sorrisos alheios. Contudo, nos esquecemos
de ativar os sorrisos que possuímos.
Vivemos à espera da
bondade alheia. Mas, a cada esquina, somos deixados para trás em
pequeninos pedaços.
E acabamos perdidos, à
mercê de olhares que nos julgam, sem nem sequer se disporem a
perceber que, dentro de nós, o bem-querer já buscou outra morada,
porque o sentimento ofertado já não mais nos fazia bem.
Vivemos tendo que
mostrar os dentes em sorrisos, mesmo quando os queremos mostrar
semicerrados. E ficamos cada vez mais confusos, sem saber se seguimos
o habitual, ou se realmente buscamos nossos próprios gostos, nossas
próprias convicções.
Isso é ridículo!...
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