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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 3 de junho de 2012

RIDÍCULO




     Há dias em que a alma, perdida, busca respostas para as dores que sente. E nessas horas pode-se ter noção do quão pequeninos são os sentimentos.
     Viajam entre as células, pelas veias, e ora buscam morada no coração,ora acabam por querer sair do corpo, pois a estadia já não é mais tão agradável.
      E então ficamos tão confusos quanto do ato de abrir os olhos, após um sonho quase que real.         Buscamos as respostas que melhor se adequem. Que se ajustem Às necessidades que cada poro nosso necessita.
     E em meio a tantas perguntas com respostas nada concretas, criamos a utopia do viver em harmonia.
    Algo irreal, pois carregamos n'alma a loucura, envolta por leve camada de chocolate. Por vezes, a lambemos com uma ferocidade tamanha. E nem sequer percebemos que a fina camada doce esvai-se, nos deixando tão expostos aos olhos alheios...
     Paramos e pensamos nas estratégias de manter os sorrisos alheios. Contudo, nos esquecemos de ativar os sorrisos que possuímos.
   Vivemos à espera da bondade alheia. Mas, a cada esquina, somos deixados para trás em pequeninos pedaços.
    E acabamos perdidos, à mercê de olhares que nos julgam, sem nem sequer se disporem a perceber que, dentro de nós, o bem-querer já buscou outra morada, porque o sentimento ofertado já não mais nos fazia bem.
  Vivemos tendo que mostrar os dentes em sorrisos, mesmo quando os queremos mostrar semicerrados. E ficamos cada vez mais confusos, sem saber se seguimos o habitual, ou se realmente buscamos nossos próprios gostos, nossas próprias convicções.
     Isso é ridículo!...

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