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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ando...




Ando precisando de anjos
Que guiem meus sonhos,
Que olhem por cada pecado meu,
Que mostrem-me o melhor caminho
Rumo à tão sonhada felicidade
Descrita nos livros
Sentida nas notas musicais
E demostrada a cada energia luminosa
Que emanemos ou recebamos.

Ando precisando de fadas
Com asas multicoloridas
E varas de condão perfumadas
Que ora abram suas asas,
Que coloram meus pensamentos...

Ando precisando de conselhos
Palavras doces que acalantem meu ser.
Músicas suaves, cheiros perfumados levemente.
Pequeninos detalhes que fazem toda a diferença...

Ando precisando de novos rumos, sonhos mais reais
Daqueles que nos deixam com o sabor nos lábios
E o aroma vivido em meio às narinas...

Ando querendo ouvir o vento, todo rebelde,
Balançar os galhos, na madrugada
Num tom quase que austero.

Ando buscando flores e versos
Poesias que causem todo o impacto
E deixem o coração à deriva.

Ando querendo anjos
Mas, confesso que, na falta deles,
Qualquer demônio a fazer companhia
Já traz um pouco de silêncio.
Talvez não consiga sentir a paz em meus poros.
Talvez não seja digna de tal mérito.
Contudo, quando do silêncio
Das noites frias de inverno
Sei que as tormentas adormecem
Com o suave tilinta das flores
Ao baterem na vidraça.

Então fecho meus olhos
Sorvo um gole de vinho
E lentamente sinto meus pés menos frios
Do que o restante da minh'alma.

Aos poucos as fotografias vão se misturando
tão fétidas pelo cheiro do tempo
Tão carregadas em suas lembranças.

Puxo meu cobertor à perna
E tão perdida nos pensamentos
Faço d'alma pequenino altar do amor.
Um amor tão singelo e tão eterno.
Tão completo e, ao mesmo tempo, tão pequenino.
Algo que faz valer a pena
Que mostra o encanto do dividir
Sem ter que subtrair qualquer pedaço que seja.
Algo que nos eleva enquanto pequenos que somos.
Que nos faz ver com olhos mais brilhantes.
Que nos faz sorrir, mesmo quando tudo conspira contra.

Ando em meio às lembranças
Tão remotas no calendário,
Tão visíveis aos sentimentos.
Cada segundo, um filme
Ora em mil cores
Ora sem cor alguma a enfeitar.

Ando à procura de esquinas
À mercê das mágoas,
À deriva, em meio aos sonhos.
E talvez toda essa mistura
Seja o quê todo ímpar
A mostrar que, no fundo,
A busca é eterna
E os anjos, nada companheiros....

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