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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 21 de junho de 2014

Agradeço!



Pudera eu dizer-lhe o quanto me fora especial.
Mas, não.
O medo imperou desde a idade pequenina.
E as recordações trazidas n’alma não são das melhores.
Contudo, em pensamento lhe digo todas as noites
Que tê-lo em meu caminhar fora ímpar.
Ao seu modo, me amou.
Sacrificou sua arrogância e sua falta de oportunidades.
Deu-me o necessário.
O que pudera ofertar.
E fez-me ser o que sou hoje.
Seria hipócrita se não agradecesse.
Se não retribuísse um pouco o que ganhara.
Seria absurdo se não o fizesse.
Delicadamente.
De maneira a não lhe ferir com lembranças desagradáveis.
Procuro o menor ferimento, a cicatriz menos aparente.
Aprendi a perdoar.
Para o bem de minh’alma.
Para que consigamos encontrar a luz,
Depois que a cortina da existência se fechar para o espetáculo.
Foi uma árdua tarefa.
Árdua e sábia.
Adquiri sabedoria à medida que senti saudades.
E para isso foram anos...
Num dilema com minha amargura.
Num duelo com minha consciência.
Duelei por longos períodos
E a única coisa que ganhei foi aprendizado.
Aprendi que o amor é ímpar, da maneira como sobrevive.
E que toda forma de amor é sempre válida.
Doou-me o que pôde.
E não seria eu alguém verdadeiro,
Se não retribuísse o que recebi.
Talvez tal retribuição não seja a mais acertada para o momento.
Mas, saiba que fiz com todo o meu coração.
Gradualmente, à medida que o coração descongelava.
Meu coração permaneceu em meio à neve muito tempo.
E foram precisas muitas primaveras a derretê-lo.
Hoje ele segue florido e perfumado.
Delicado e agraciado com a paz que possui.
Não fora nada fácil.
Mas, valeu a pena!
Valeu cada lágrima, cada angústia.
Hoje sou forte, de tamanho e sentimento.
Sou ser grande, capaz de suportar fardos mais pesados.
E parte disso eu devo ao que me ofertara.
Agradeço-lhe, meu velho, por ter me amado.
Ao seu modo...
Como aprendeu a amar, lá na infância.
Talvez amanhã Deus lhe leve.
Ou me leve.
Saiba, pois, que continuarei a lhe cuidar d’alma.
Para que a luz e a paz que me cercam
Estejam sempre em busca de lhe iluminar.
É minha missão.
Uma delas, eu sei.
E irei cumpri-la a custo qualquer.
Pois ser grato é uma das maiores virtudes
Que se pode carregar no espírito...

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