Um perfume na pele...
Uma pele semi nua.
O sabor de cereja na língua...
As pernas dobradas na cadeira azul.
O vento batendo na vidraça faz a pele arrepiar de frio.
E o calafrio do toque arrepia mais que a baixa temperatura...
Dentro do corpo a quentura é nítida!
Escondida por entre a carinha de anjo,
Posso e sou demônio disfarçado!
Feito cavalo alado, cavalgar é fantástico!
Sinto você, e você a mim...
Assim, com toda a ternura e a safadeza,
Numa beleza singela, singular, natural...
Onde os olhos conversam com as almas.
E o fogo incendeia a pele, num beijo, no desejo, na respiração ofegante!
Você me toca, provoca, lambe...
Trabalha com a língua e o falo, enquanto gemo baixinho,
Contorcendo de leve o corpo,
Num rebolar gostoso, cheiroso, e sentido em cada fluído...
Sou sugadora de fluídos corporais.
Sou doçura, intensidade e olhos nos olhos!
Morro enquanto me penetra...
E ressuscito junto a você, num êxtase mútuo!
Algo mágico e que faz flutuar depois...
Algo intenso, incendiário, pecaminoso.
Que faz urrar de prazer e vontade!
Saudade da pele, do gosto, do cheiro, do beijo, de tudo!
Conto os minutos para mais um momento ao seu lado...
Porque ainda são duas horas e trinta e seis da manhã.
A madrugada fria se arrasta tão devagar!
Eu já perdi o sono algumas vezes, recordando...
Recordando e querendo!
Tudo de novo, e de novo... De novo!