Você já parou para pensar, na sua humilde existência, até
que ponto seu reluzir atrai verdadeiramente outras luzes?
Sinceramente, creio que não. Mas, deveria. Deveria começar
desde já a prestar mais atenção sobre se realmente sua iluminação não é tão
somente usada como farol alheio.
Deveria fazê-lo por N motivos. A princípio, para autorrefletir
como andam lhe enxergando, fora de seu eixo orbital. Uma autorreflexão vez ou
outra faz bem à saúde e à alma; faz com que nos vejamos com olhos menos
complexos, mais abertos a outras visões.
Além da autoanálise, essa maior observação acerca das reais
intenções que têm para conosco faz com que repensemos posições, prioridades e o
que realmente vale a pena ter ao lado.
A gente precisa aprender a refinar nossas escolhas. Só assim
deixaremos de ser o tapete onde as pessoas limpam os pés. Só assim aprenderemos
a valorizar nosso próprio brilho, a aumentar o preço do nosso ouro, garantindo
melhores pagamentos e melhores valorizações.
A gente precisa aprender a tomar o valor que temos como algo
nosso, literalmente. Costumeiramente, deixamos que tomem nossas próprias rédeas
e nos guiem. Deveríamos nos olhar frente ao espelho e inflar os pulmões; erguer
os olhos. Deveríamos aprender a dizer não quando necessário e a erguer o tom de
voz toda vez que a alma pedisse.
Mas, não. Calamo-nos e nos apiedamos com uma frequência
absurda. Abaixamos a cabeça, dizendo “amém” quase que a todo o momento. E os
motivos são vários. Todavia, o principal talvez seja a preocupação em não
alardear conflitos.
Há quem, mesmo você não acreditando, seja avesso a situações
desconfortáveis. Quem prefira baixar os
olhos e as orelhas, em prol da paz de espírito.
É pena que tal paz de espírito seja quase sempre confundida
com bondade exagerada, quase vitimada. Então, os “espertinhos” puxam o tapete,
bonito! E depois ainda riem na cara alheia, como se fossem os donos da
situação.
Ou pior... Faz-se de santos, todos prestativos, quando
muitos lhe comem. Mostram os melhores
sorrisos em troca de algo que lhes satisfaçam o ego mais perverso.
Não deveria, porém é assim que é. As pessoas cada vez mais
usam e abusam de seu semelhante.
Então, somos nós quem tem que ficar espertos! Não para dar o
troco na mesma moeda. Afinal, não somos moeda de troca de ninguém. Devemos sim
é criar aquela coragem toda que vive amargada na garganta e mostrar que, caso
haja troca, o troco é dado em moeda estrangeira, ou seja, noutro nível de
recompensa.
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