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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

E se não houver amanhã?



E se não houver amanhã?
O que você fará hoje?
Para onde seus passos guiar-se-ão?
Se não houver amanhã,
Talvez hoje eu durma bem mais que a cama.
Para ir para o além com a cútis toda renovada, quase um bebê.
Ou ainda, eu preencha o dia fazendo amor.
Outra forma de renovar a pele.
Mas, se não assim fizer, talvez eu leia.
A leitura é sem dúvida porta para o transpor d’alma.
Talvez eu me entupa de guloseimas.
Todas aquelas que, quando você ensaia adquirir,
Vem logo alguém para lhe recriminar.
Talvez eu ponha a melhor roupa,
E saia para dançar.
Sem medo de ridiculariza-me.
E então eu dance até me acabar, literalmente.
Ou quem sabe prefira os abraços apertados de quem eu amo.
E eu corra para os braços aconchegantes da mãe, do amor.
E depois de abraçar, eu olhe e agradeça.
Não como forma de conquistar o meu pedaço do céu.
Mas, como forma de mostrar que me importei.
Por alguns momentos.
Pela vida toda.
Talvez eu ensaie cartas, e-mails.
E as rasgue, apague-os.
Por covardia.
Por crer ser melhor falar pessoalmente ou ao telefone.
Então, talvez eu te ligue para prosear.
E fiquemos assim até o virar da meia-noite.
Até o desfalecer daqui, ressurgindo noutro lugar.
Talvez  ressurjamos juntos, ou não.
E acabemos indo para galáxias distantes,
Para renovar os ares.
Para refrescar os pensares.
Ou, quem sabe, possamos nos rever, vez ou outra.
Andando de bonde, entre as nuvens.
E se não for de bonde, de amarelinha.
Saltando, saltando...
Como quando aos seis, sete anos.
Tempo bom de recordar!...
Se não houver amanhã
O hoje será o ponto final.
A interrogação exclamativa.
A exclamação interrogativa.
E o que virá depois?
Ah! Isso depende do quanto você fez valer a pena.
Do quanto seu anjo da guarda limpou sua barra.
A vida é só passagem.
A morte, talvez a continuação.
Numa incógnita de localização.
Numa surpresa de imaginação.
E então...
E se não houver amanhã?
O que você fará hoje?...

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