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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Margareth



De cabelo molhado
E toalha amarrada ao corpo,
Ela corre à porta, atender a campainha.
E quando chega, sua visita se foi.
Teve pressa.
É pena!
Porque preparara uma recepção daquelas!
Horas preparando tudo...
As velas, os lençóis, a trilha sonora...
O banho de espuma todo aromático,
As flores que houvera colhido em seu jardim...
Tudo milimetricamente pensado.
Contudo, demorara uns minutos mais em seu banho.
E com o som um pouco alto, não ouviria a campainha soar.
Jamais ouviria!
Mergulhada num prazer todo seu,
Todo recheado de suas próprias carícias,
Conforme se lembrava de cada encontro...
Desde o primeiro, ele sempre lhe arrepiara.
E lhe causava “coisas deliciantes”.
Então, era instintivo buscar a saciedade.
E sabia cada ponto mais erógeno de seu corpo.
Sabia subir pelas paredes ao menor toque.
E lhe ensinava também, todas as vezes que se viam.
Pegava-lhe as mãos e guiava.
Punha onde bem queria cada estímulo.
E depois perdia às vezes dos êxtases recebidos.
Ofertava sua seiva molhada como menina que descobre o sexo.
Sempre.
Perdia o controle gostoso.
E fazia seu amado urrar de tesão.
Era uma dupla perfeita!
Na cama, eram imbatíveis, dizia ele.
Não poupava poses, posições e loucuras.
Tudo para se auto satisfazer.
Gostava de proporcionar o desejo.
E para tal não precisava muito.
Um banho quente, um perfume doce suave e uma bala de eucalipto.
Às vezes, os acessórios outros ficavam esquecidos no criado-mudo.
Sabe seduzir, enfeitiçar.
Filha de dama da noite, trouxe no sangue o fervor do tesão.
Aprendeu sozinha a descobrir cada loucura.
E seu olhar  revela sua personalidade forte.
Dona de olhos castanho-escuros,
Mal pisca e tem companhia, caso queira.
Quis muito.
Teve quem teve vontade.
Hoje produz toda a cena a ele.
Seu amado das horas improváveis.
Quase gueixa, vive à espera de seu amor.
Ele lhe roubou o coração há quase um ano.
Mas, vive um amor sem tempo.
É muito atarefado e ela lhe serve para relaxar.
Vem, usa, abusa e some.
Dias, talvez.
Não revela se tem outra família.
E ela prefere não cutucar.
Gosta do carinho que recebe.
Está boa a posição que ocupa em sua vida.
Todavia, dessa vez ele não esperara.
Correu a mais uma reunião de emergência.
As velas, ela apagou.
As flores deixaram-nas na sala de jantar.
A música ainda rola, na vitrola antiga.
E o banho de espuma...
É nele em que vai saciar seu desejo absurdo.
Com as mãos e as lembranças.
Com os movimentos e os incensos a queimar.
Seu nome?
Prazer... Margareth!



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