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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 6 de julho de 2014

Invasão




Não pensa!
Fecha os olhos e sente...
Vou dedilhar o seu corpo de baixo para cima.
Começar pelo dedinho do pé, bem devagar.
Vou subir à medida da minha vontade.
E buscar conhecer cada poro, cada pinta, cada saliência.
Sem pressa.
Para poder decorar tudo, se eu um dia perder a visão.
Vou saber suas dúvidas, suas cócegas, seus arrepios.
E vou lhe fazer arrepiar!
Delicadamente... Ou não!
Porque entre quatro paredes um pouco de loucura é sempre bom!
E sei ser insana, profana, poetisa!
Sei cavar seus versos, buscar suas orações, suas súplicas.
E sei rezar baixinho, só em pensamento.
Então, prepare-se!
A música boa na vitrola já toca, convidando.
Venha dançar comigo!
Beber algo gelado, adocicado, que borbulha na língua.
Pode ser champanhe ou Coca-Cola.
Desde que tomado com você, tanto faz.
O sabor se mistura ao da saliva, formando alquimia.
E salivarei sobre seus lábios.
Num beijo molhado, quisto, feito!
Com direito a bagunçar o cabelo.
Sou assim, dos gostos inesperados.
Se me der na telha, vou e faço!
E quero fazer com você algumas aventuras.
Sair por aí, em meio às estrelas.
Encostar seu corpo contra a parede e lhe roubar um beijo.
Deixar escorregar a mão, leve, leve...
Puxar seu rosto para perto, e depois fugir.
Para que me pegue, busque, procure.
E depois me prenda, por ter sido menina má!
Prenda e castigue, da melhor maneira...
Abra meus sorrisos, minhas gargalhadas.
Faça-me querer ficar, voltar, ir e cinco minutos já ligar!
Mas, faça!
Não gosto de coisas mornas, que não têm temperatura expressiva.
Ou esquenta e me faz ferver.
Ou esfria e me faz congelar, ir embora.
Contudo, ainda espero que me esquente.
Que me aconchegue em seus braços, abrace-me e não desgrude.
Verá que sou especial!
Que sei ser à sua moda.
Que sou docinha, um primor!
Que sou de se chupar de canudinho, para não acabar.
Feche seus olhos e sinta-me.
Sinta meu perfume lhe invadir as narinas.
E me invadir a você.
Do meu modo, todo desejoso.
Deixe as invasões lhe tirarem o sossego, o juízo.
Deixe meus galanteios lhe fazerem lembrar-se de meu nome.
Eu amo perturbar.
E você será minha invasão, meu tormento hoje na madrugada.
Basta apenas que queira minha pele, minha insanidade.
Eu, sinceramente, duvido que recuse!...

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