Trago a você como presente, flores.
Embrulhadas em celofane lilás, minha cor favorita.
No meio um breve cartão convidativo:
“Quer ser meu esta noite?”
Atrás, apenas uma assinatura e um número de
telefone.
Estou ansiosa pela resposta, mesmo depois de
tantos anos juntos.
Aquelas borboletinhas todas ainda batem asas no
estômago, ao senti-lo.
E será sempre assim.
Pela força da cumplicidade.
Pela maldade quase que inexistente.
Somos almas enamoradas desde sempre.
E estamos revivendo tudo de novo, dia após dia.
Sou tão sua como sempre fora.
É tão meu como sempre houvera sido.
Um pertencer mútuo e recíproco.
Recheado por visualizações do outro dentro do
olhar.
Olhamo-nos a todo o momento.
Sempre acreditamos no poder do olhar como forma de
fortalecimento.
E estamos cada vez mais fortalecidos.
Por crermos na força um do outro.
Por crermos no amor que carregamos n’alma.
E não importa o quão em crise estejamos conosco
mesmo.
A união das energias revigora.
Trago-lhe flores em botão.
Todas delicadas, como nosso amor.
Todas perfumadas, como nossa intimidade.
Trago-lhe flores e um pouquinho de ansiedade.
Ansiedade na resposta.
E na surpresa feita.
Quer ser meu esta noite?
Eu lhe receberei em todas elas que eu desfrutar.
Porque é ao seu lado em que ouço as melhores canções,
Em que deixo minh’alma planar lá no céu...
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