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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 13 de abril de 2014

Pretensão





Pode ser pretensão minha,
Mas sei que fecha seus olhos, tentando me buscar em pensamento.
Sinto seu arrepio vindo de longe, vez ou outra.
Em especial em noites de vento na janela.
Sinto seu pensamento me conectar a você.
E como mágica, saio de mim.
Por frações de segundos.
Por longos minutos.
Procura me decifrar sem tatear...
Única e exclusivamente por eu não estar aí em sua frente.
Creio que se eu estivesse uma noite seria pouco!
Faria com que eu perdesse a compostura,
Numa insanidade tamanha, guardada há tempos.
Já deve ter me imaginado fatal e também quase anjo.
Deve ter uma imaginação e tanto!
E confesso que já imaginei, também.
Sem pretensão em concluir.
Por não poder concluir nada, no momento.
Contudo, tem horas em que o pensamento voa longe.
Como por aí deva ser.
Todavia, o silêncio é maior que o desejo.
E a loucura, amiga de infância do medo.
Num jogo de pingue-pongue sinto você e vice-versa.
Mas, é só.
Pudera a noite se transformar em magia!...
Certamente faríamos dela um caldeirão de sensações.
Fervilhando o desejo e a prosa.
Fundindo a excitação à perda das horas do relógio.
Pudera... Pudera!
Mas, magia é magia.
E querer, às vezes, também é só querer.
Foge do contentamento e de qualquer ostentação possível.
Permanece inerte na contemplação platônica do indivíduo.
Segue no idílio louco de uma noite de outono,
Onde o calor dos corpos é a fonte de aquecimento quase que global.
Pode ser pretensão a minha imaginar cada loucura.
Todavia, é tão surreal quanto excitante.
É tão mirabolante quanto sobrenatural.
É mais do que a pele pede.
Mais do que os olhos alcançam.
Mais do que as mãos procuram.
É desejo à flor da pele,
Em pele de lobo faminto.
É brincar de esconde-esconde,
No breu de um quarto aromático, convidativo.
É deixar a imaginação aqui... Ali... Acolá!
É colar o corpo e não desgrudar.
Sugar a seiva, sem germinar.
Morrer em segundos, para depois acordar.
E continuar depois... E depois e depois!
Com ou sem pretensão de acalmar.
É ferver por querer.
Querer escorregar.
Escorregar sem medida.
Medir só de olhar!
É olhar de canto de olho
E baixinho, num sussurro, convidar:
“Sem pretensão quase nenhuma, vem me acompanhar nessa loucura?”


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