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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 20 de abril de 2013

Humanos?




                Discorrer sobre a bondade humana na atual conjuntura da própria humanidade é algo que nos faz ecoar risos. Risos, não. Gargalhadas sonoras e absolutas! Sabe porquê?
                Porque na atual sociedade em que vivemos e julgamos sê-la tão ímpar, mal sabemos amarrar nossos próprios cadarços e nos achamos os donos de tudo o que ocupa espaço no Universo.
                Somos capazes de encher a boca, nos julgando puritanos e beneditinos, e nem sequer um prato de comida a um cão somos capazes de pôr em nossa porta.
                “Isso que fique para os outros, que não têm nada a fazer!”... É o que a grande maioria das pessoas pensa e ecoa, meio que sem jeito, para que no fundo a própria consciência não ouça e retruque.
                Achamo-nos tão soberanos em nossos diplomas e certificados de conclusão disso e daquilo. Contudo, esquecemo-nos de que nada nos adianta tê-los, se não soubermos utilizá-los  para além do bel-prazer. Guardá-los em pastas e/ou quadrinhos enfeitados nas paredes das salas de nada adianta. Apenas junta poeira e traz recordações.
                Vejo que quanto mais as pessoas se julgam “cultas”, menos na verdade estão fazendo jus a tal cultura. Isso se dá porque, ao contrário do que se dizem as estatísticas, a sabedoria não está nos livros. Adquire-se em meio aos problemas do dia a dia – sejam eles os que nos atormentam diretamente, sejam os que nos perseguem tão somente em ideias.
                Quanto maior a altura, maior a queda; já diziam os mais velhos. Sábios em forma de pensadores, que não precisam de certificações que provem que assim o são e exercem-na.
                Buscar a bondade além do próprio umbigo é algo que as pessoas deveriam se preocupar com mais frequência. Ser humano no sentido metafórico, muito além do literal. Talvez assim aprendêssemos a ser felizes, verdadeiramente. Talvez assim soubéssemos retribuir quando alguém nos cumprimenta, e mal respondemos. Talvez assim possamos realmente dizer que somos humanos, e não só “projeto de gente”, com músculos e ossos, pele e cabelos, boca e olhares sem uma expressão iluminada que mereça aplausos.
                Somos seres humanos. Tão somente seres. O “humano” ainda estamos  aprendendo a ser.
                Talvez um dia a soberba toda faça parte dos certificados de conclusão, pendurados na parede, que nos mostrem que um dia fomos “primatas”, quase paleozoicos  arte de estender as mãos sem sermos considerados austeros ou mesmo escravos. Talvez um dia possamos nos orgulhar de sermos chamados de seres humanos, e não somente seres; onde o humano ainda adormece, à espera de certificações medíocres e torpes.
                Pobre humanidade desumana essa de hoje...

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