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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

domingo, 27 de maio de 2012

A Colcha



Trago em minh'alma
Os mais belos sonhos.
Aqueles que nos surpreendem
Com um suave sorriso nos lábios
Ao abrirmos os olhos.

Trago os mais doces perfumes.
Eles permanecem nas cartas,
Nas lembranças e nos poros
Mesmo após longo período de abstinência.

Trago as mais belas flores entre os dedos.
Elas enfeitam a vida
E também perfumam o vento
Caso o suave perfume dos poros
Esteja inebriado pelo suor do êxtase,
Após uma bela noite de amor...

Trago sorrisos a enfeitar o rosto.
Trago lágrimas, também.
Elas lavam não só os olhos
Mas cada lembrança tristonha
Que nos ronda os pensares.

Saltito como criança de seis anos.
Ora esqueço das responsabilidades
E deixo-me curtir o momento.
Ora volto à vida adulta
E contenho meus olhares
Mais brilhantes, sem pudores.

Carrego no peito
A doçura do amor.
Algo tão doce
Quanto um doce algodão
Todo colorido, de festa infantil.

Busco no bem
A essência de cada momento
Seja ele recheado por bolos caramelados e prosas longas,
Seja envolto por um copo com água e açúcar
E infindos momentos de reflexão solitária
Algo que só se faz quando
Perdemos as forças
Não mais encontrando o caminho das flores.
Somente sentindo os espinhos
A nos espetar as palmas das mãos.

Caminho ao som de músicas.
Melodias a penetrar
Não só nos ouvidos
Mas nas mais sutis fibras d'alma.
Ouvi-las me faz reinventar momentos
Compartilhar com o vento
Pequeninos pedaços de felicidade.


Navego por águas sem fim.
Por vezes, as vejo sujas, embarreadas.
Noutras, tão límpidas
Que chego a baixar as mãos
E bebê-las, sem medo algum.

Ora anjo, ora demônio.
Ora com uma santidade infinda.
Noutras, envolta no profano, no libidinoso.

Uma miscelânea sem fim
Que faz dos meus sonhos
Retalhos multicoloridos
Da enorme colcha
Denominada viver.

Uma colcha que encobre.
Esfria num primeiro instante.
Porém, esquenta tanto
Que quase chega a fervilhar
Os pensamentos.
Desconectando-os, por fim
E assim nos fazendo
Circundar permeios
Rumo ao que consideramos
O belo, o eterno
E o perfumado.
Mesmo que os demais transeuntes
Não sintam o mesmo perfume
Ao inspirarem-se para a vida...



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