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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Montilla & Muchachos: Boca Perversa!




Madrugada. Ansiedade. Nervosismo. E um milhão de coisas aconteceram... Foi um dia como qualquer outro. Ou melhor, teria sido. Não fosse aquele girar de chave no quarto de hóspedes...

Eu estava no auge da magia virtual. No frenesi dos meus toques, olhando alguém se tocando para mim. Estava de máscara de festa e lingerie. Que logo eu tirei. E coloquei. E tirei, de novo. Com cabelos soltos, suados e à vontade, voando mesmo sem vento.

O ar condicionado não atrapalhará meu calor. Só refrescava minha loucura debaixo das ventas, das entranhas. Estranhas sensações que eu estava ali sentindo, devagarinho... Mas, eu não estava nem percebendo que eu estava gemendo alto demais. Ao ponto de não estar sozinha naquela cena. Pelo menos, não em pensamento...

Estava tudo tão bom! E eu estava sendo observada! SabeDeus há quanto tempo! Mas, mais do que ter sido espiada, foi o que aconteceu depois. Vou contar para vocês: preparem-se!

Eu fui pega! Pega com a boca na botija! Com os dedos melados de um gozo fenomenal. Com o lençol branco da cama sujo com minha secreção vaginal, depois de um contorcionismo fora de série! 

Fui pega ao ouvir o girar da chave. Ao ver aqueles olhos me devorando com o maior desejo do mundo. Com aquelas mãos me tocando freneticamente, puxando meu corpo na cama como se eu fosse uma boneca inflável.com aqueles lábios me sugando até a última gota de força, num forçar de prazer quase que descomunal. Quase que absurdo. 

Fui pega com a lingerie parte no chão, parte no corpo. Com as pernas abertas e eu de cabeça para baixo. Com o dedo na boca, no caminho, no cantinho do queixo, sensualizando. Fui pega com a contração do desejo, desejando ser o virtual algo real...

E fora. Muito mais real do que eu imaginava! Para nunca mais me esquecer. Porque eu pude sentir na pontinha dos dedos cada euforia. E que me custaram muito caro, depois...

O girar da chave me trouxe dois homens! Dois bêbados, que não saberiam o que teria acontecido, na manhã seguinte. Ambos, com desejo e raiva. Ambos com vontade e uma pitada de coragem... Em colocar para fora o falo, e falar que estavam ali para a concretização de um sonho, para um; e um desvio de conduta, para o outro. 

O girar da chave e o abrir da porta puseram àminha frente ele & ele. O marido e o segurança. Ambos bêbados e querendo meu colo...  Querendo estarem dentro de mim, num pulsar com força, a força, enforcando...  E eu, sem muita opção de escolha, acabei por aceitar tal empreitada.

Fui pega de surpresa. E jogada pela cintura nos ombros do segurança, a pedido do marido. Descendo até a cozinha, onde as luminárias iluminavam estrategicamente a mesa e cada movimento feito.

Colocada sobre o balcão de mármore Carrara, rosado, pude sentir o gélido momento se fundir à loucura da situação. Fui aberta com os dedos, com a língua, as línguas... Tendo que recitar Iglesias, enquanto sentia o bailar dos falos em minhas entranhas ... Num ir r vir frenéticos. Num puxão de pernas, encaixando. Num cheiro mais forte, num norte sem bússola... Num armar barracas, sem imaginar que teria que reverenciar o dono da aldeia e sua visita ilustre. Sendo dividida ao meio, onde o recheio era eu. Completamente!

Então, resolvi fechar os olhos e me jogar. De cabeça! Porque se ambos me queriam, e não estavam se importando para o que estava acontecendo, não seria eu quem iria dizer como e quando fazê-lo! Abri meus olhos, observei e fechei-os, novamente! 

Resolvi deixar fluir, porque o negócio estava ficando bom! E porque eu fora desafiada pelos dois homens que, talvez, mais tivessem todo a possibilidade de me dominarem. 

Resolvi brincar na dança. E, num strip-tease à meia luz, no meio da noite. Com a vontade piscando embaixo, em cima... Com o marido observando, enquanto o segurança me puxava os cabelos... Com o segurança observando e me fazendo carícias, enquanto o marido me dizia que esperava loucamente por cada estocada mais profunda.

Uma, duas, três vezes. Um gozo dentro, um para hidratar a cútis! Uma boca ocupada por mais de duas horas... Chupando, sugando, salivando.  Sentindo a insanidade do marido, a ansiedade do segurança e meu nervosismo. 

Todos nus, com os corpos suados de desejo. Com a cabeça rodando, pela bebida ou pela profundidade do ato. Um fato mais profundo que meu canal vaginal. E mais milimetricamente  perverso que minha própria história. Todas elas, até aqui.

Perversa, pecaminosa, pecadora. A sobremesa, depois da pizza, do caviar. A cereja do bolo, o brigadeiro da festa. A trufa com gostinho de Montilla. Montada, sendo posta no colinho... Segurada de ladinho, puxada pela cintura, ou com o puxão para o encaixe entre o falo e a fala... Num gemido mais alto, a cada palavrão dito.

Dito, sentido, sussurrado. Com os olhos vidrados a cada movimento. Dedicados a um, ou ao outro. Ou a mim mesma. Porque o prazer individual também excita. E faz excitar. Faz a mão correr mais rápido no sobe e desce do prepúcio na glande. Faz a saliva escorrer junto com o jorrar da safadeza.

Uma safadeza que entrou para a história. Com a permissão de um. A obsessão do outro. E todos caindo no sono, no sofá branco da sala de estar. Aveludado, tanto quanto o que fizemos. Fui docinha, satisfiz. E ganhei mimos, carinhos, carícias, delícias!

Agora estou olhando para o teto, enquanto vejo a madrugada indo embora, numa manhã qualquer. Jogada, de lingerie vermelho Marsala ajeitada... Será que eu ajeito ou puxo de canto, tocando? Isso é assunto para outra história... Ainda não sei o destino dessa que vos conta o que ela e eles são capazes de fazer em busca de prazer. Quer saber, conta para mim, sussurrando, o que mais te excita. Quem sabe, eu não satisfaça seu desejo?... 


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