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Casada, escritora, com a alma rodeada de perguntas... Amo escrever... Sou alguém que coloca o coração em tudo o que faz... Que dá o seu melhor... E que ama traduzir sentimentos!

sábado, 17 de junho de 2023

Leite Condensado & Aromas: O Poder do Chá!




Preto. Dos pés a cabeça. Toda trabalhada num alfaiataria feito sob medida. Com brincos de Ônix e colar de Pérola Negra. O melhor perfume. A melhor bolsa a tira colo. Um sapato de salto, estilo scarpin. 

Dia de curtir minha poderosa forma de viver: rodeada pelo que de melhor o dinheiro compra!  Dia de passear, gastar, e beber uma taça de tinto, ouvindo música depois da bagunça, no escritório, recostada no sofá de couro marrom café.

Hoje eu quis tirar o dia para mim. Para satisfazer meu prazer pelo luxo, regado a um bom café da manhã na cafeteria do meu amigo lindo e gay. Chamo minha amiga para ir comigo. A fim de trocarmos uma prosa e algumas figurinhas. De etiquetas de grife, de comentários maldosos.

Ela aceita. Porém, diz não poder passar mais do que duas horas comigo, pois tem sessão de massagem com hora marcada para às duas. Então combinamos um almoço leve ao meio-dia. 

Porém, antes disso vou resolver algumas pendências do trabalho. Remotamente. Não quero colocar a cara nos papéis e relatórios de modo presencial, hoje. Ainda de Baby Doll branco de cetim, com a alcinha caída do ombro, sento nos pés da cama com os pés cruzados e o tablet em mãos. Uns e-mails respondidos, uns arquivos postos  na nuvem do meu e-mail institucional, alguns telefonemas. Resolvo tudo em vinte e sete minutos. São  dez horas ,e  posso me dar ao luxo de tomar um banho de banheira com água quente e aromática. 

Banho tomado depois de vinte minutos. Roupa posta. Cabelo alinhado. Hoje num coque banana, com presilha de pedrarias a compor o visual. De destaque, somente o batom. vinho. Da cor da bebida mais antiga da adega, de uma safra dez anos mais velha que eu.

Dizem que os vinhos e as mulheres são parecidos. Ficam melhores a cada safra. E eu sou de uma das melhores safras que costumo consumir.

Saio com o motorista, como de costume. Entretanto, digo que quero que mantenha a discrição, limitando-se a expor sua opinião apenas quando essa lhe fora solicitada. Sinto uma pontada de contrariedade lhe percorrer os pensamentos. E eu lhe mostro quem manda, apenas com o olhar.

Minha amiga está à minha espera. Cheguei faltando dez minutos para o horário combinado. Ela me acena e eu vou ao seu encontro. Ao contrário de mim, ela é toda estampada na roupa. E recatada no pessoal. Filha única de um casal de consuleses, recém casada com um primo distante de seu pai. Sem filhos. E sem muita vaidade. Diferente de mim, que sou pura intensidade. E luxo. Mesmo vestindo jeans e blusinha branca. Ou com um Santa Lolla no pé. E vestida com seda pura ou Organza.

Peço uma salada de folhas com mel e mostarda. Agridoce. E suave. Um suco de abacaxi com hortelã, bem refrescante e saudável. Afinal, quero deixar a lingua pinicar com outros sabores, mais tarde. 

Conversamos. Rimos, falamos besteira uma da outra. E de outras pessoas. E quando vemos é dezoito para às duas da tarde. A hora voou. E ela acabou me convidando para sua sessão de massagem. Eu, ainda com tempo, aceitei acompanhar. Sempre com meu guarda costas a tira colo. 

Chegamos na clínica. E já de início eu senti uma pitada de excitação pelo aroma da recepção. E por ter um recepcionista alto e com uma aliança no dedo. Não sei o que há com homens comprometidos, que mexem comigo. 

Respirei fundo e fui até a minha sala de sessão. Como não estava agendada, eu paguei um extra para ser atendida como cliente VIP. Espero que compense.

Ao entrar na sala, a música é relaxante. Velas aromáticas amadeiradas. E a fragrância de um Azarro pairando no ar. Um massoterapeuta com jaleco branco e calça também branca. Porém, enxergo o cós da cueca ao fechar meus olhos, a pedido. Calvin Klein. Já me apaixonei mais ainda.

A porta se fecha. Ouço o cartão de chave trancando a porta. E que devo me entregar à massagem. Eu obedeço. Sou boa menina. Sinto uma mão me tocando um pé. Depois outro. Uma mão que toca feito luva. Uma música que relaxa. Um perfume que adentra nas narinas e, involuntariamente, arrepia a pele.

Eu tento controlar. Mas, é mais forte que eu. E eu enrijeço meu corpo. Ouço que devo me deixar permitir ser tocada. E eu sussurro não ser problema ser tocada, mas controlar o toque.

Eu fecho os olhos. Um silêncio paira. Eu percebo a música mudar a batida, num toque mais sensível ao piano e bateria. A força não existe. Todavia, a leveza da luva é facilmente substituída por uma mão que apalpa. 

Fecho meus olhos e peço para Deus me controlar. Impossível! Quando vejo estou sussurrando um gemido entre os dentes, e estou sendo massageada nas zonas mais erógenas do meu ser poderoso. 

 Consigo segurar a excitação nos próximos minutos. E eu então sinto o perfume rodear minha cabeça, pedindo para que apenas eu não me assustasse. Tento acatar. Pois, paguei um bom dinheiro por sessenta minutos de massoterapia.

Sinto meus olhos sendo vendados. Sem me machucar. E me deixando mais ainda excitada!  Então, resolvo cair na brincadeira, e me permito gastar os minutos restantes como Deus quiser...

De repente, um líquido gelado pinga entre minha cintura e quadril. Farejo. Sou exímia cadela de caça. É um cheiro doce. Misturado com o amadeirado do perfume. Após, dedos me dedilham... E uma língua quente percorre meu caminho mais perigoso. 

Quero e não quero retrucar. Porque essa experiência é totalmente diferente das vividas, até então. Engulo. A seco. E respiro profundamente!  Porque nessa hora a toalha branca posta em cima de minhas partes íntimas já estão no chão.

Estou nua. E vendada. Com alguém extremamente cheiroso me lambendo. Salivando em minha pele. Descobrindo minha intimidade por entre quatro paredes.

Estico a mão e percebo um volume na calça. Já estou na tempestade; que se dane o guarda-chuva! Então, ainda na maca de massagem, viro o rosto em busca daquele que me enlouquece às escuras.

Chupo um dedo, dois. Com sabor de leite condensado. Com sabor da minha virgindade perdida há muito tempo! Peço um beijo. E ganho uma lambida em meu pescoço.

Tento lamber de volta, mas sou interrompida com minha boca sendo aberta para satisfazer aquele que pulsaem minha frente, gemendo solitariamente.

Sou invadida com vontade, de lado, num oral que oscila entre o fazer e o receber. E então sou pega nos braços, e segurando em seu pescoço, posta sob seu pênis, com um desafio de sentar, rebolar, e não perder o fôlego no ato. 

Detesto desafios! Compito comigo mesmo. Quiçá com outra pessoa duelando comigo! Meu instinto de disputa me impede de deixar para trás mais esse desafio. Quero ganhar e vou ganhar! Estou pagando para ganhar!

Então eu dou o melhor chá de língua, de pele e de fluídos orgânicos que já dei na vida. E são os melhores quarenta e cinco minutos mais obscuros e obscenos dos últimos tempos. Mesmo eu já havendo aprontado diversas peripécias.

Dou um chá. E ao final, sou desvendada. Levo um susto. A pessoa que menos imaginava ser, se revelou saber capaz de me fazer perder a linha e o carretel. 

É ele. O guarda costas. Me colocando de costas, de frente, de lado e por cima. Em todas as posições que cinquenta e cinco minutos pagos para sessenta minutos de massagem relaxante.

Relaxada, já depois de mais um dia muito bem pago, com gastos e prazeres, recosto meu corpo coberto pela camisola longa de cetim branca, e bebo meu chá de capim limão, recordando de cada sensação e dos aromas.

Será que vou dormir? Será que meu amigo gay será meu confidente dessa loucura, com vontade de conhecer essa história toda detalhe a detalhe? Então, espera mais um capítulo. Talvez eu possa te surpreender! Vem ler! 


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