Sonhei com suas reticências.
Com seu sorriso alvo cheio de dentes.
Com sua fala doce e macia.
Com seu beijo molhado.
E senti saudade.
Saudade de um tempo que se foi.
E que não existiu.
Foi ilusão de juventude.
Loucura de menina-moça.
Foi insano.
E real demais para ser só sonho.
Com direito a sentir a respiração ofegante.
Acordei à uma da manhã, suando…
Em pleno inverno de oito graus Celsius.
As palpitações descompassadas
Denotaram que você ainda está aqui.
Que a perturbação ainda existe.
Embora eu fuja dela.
Que, por mais que eu tente, é algo surreal.
É especial, ao seu modo.
É mascável, fora do corpo.
A procura é mútua.
A loucura também.
A sintonia da pele absurda!
Diz como pode isso?
Tem três dias em que você me aparece.
Que rodeia minha mente, querendo me possuir.
E eu sempre acordo sorrindo.
Sem intenção de fazê-lo.
Ou com todas as segundas intenções.
É fato.
É ato.
É insano.
E é bom!
Bom de viver ou reviver.
Bom de recordar no meio do dia.
Sonhei com suas reticências.
E elas estão aqui, impregnadas em minha saliva.
Como algo vivido e sentido.
Só que fora do corpo.
E sabe de uma coisa: isso tudo é só meu!
Segredo de estado nosso!...
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