Às
vezes, me pego a pensar até quando a humanidade vai bater de frente à realidade
vivida. E sinceramente, a questão é bem dialética.
As
pessoas questionam sua realidade e vice-versa. Como se estivessem descrevendo
uma receita de bolo de cenoura com calda de chocolate. Questionam o porquê de
sua existência desta ou daquela forma, e no fundo se esquecem de questionar se
seriam ou não merecedoras de algo diferente do que é vivido.
Têm
todos os questionamentos na ponta da língua, mas nem se lembram de agradecer
por terem o pão e o teto como maneira de vida mansa.
O
que mais se vê nos dias atuais são criaturas que não se contentam com a forma
física, com a quantia de grana que têm em mãos. Reclamam por terem cabelos
crespos, quando a moda é liso e escorrido, igual espaguete. De terem uns ou
mais quilos a mais, nessa enorme ditadura de ser quase uma tábua de passar roupas.
Reclamam das rugas, das celulites, das estrias, e esquecem de que elas fazem
parte do aprendizado do enorme caminhar.
Reclamam
disso, daquilo. Querem um carro novo, mais “da hora”, quando nem terminaram de
quitar a “bíblia” do financiamento.
As
pessoas no fundo posam de “boazudas”, cheias de lero-lero, quando mal sustentam
suas contas, suas crises.
E
por falar em crises, é natural que as tenhamos. Contudo, é absolutamente
anormal que as mantenhamos!
As
criaturas humanas são estranhas! E quando digo isso, é claro que me incluo!
Seria hipócrita se não me pusesse no meio da bagunça.
O
que é preciso ressaltar de forma garrafal e sublinhada é que a gente não é
feliz com o que tem. Quer sempre o esterco que faz brotar mais verde a grama do
vizinho. E ele, o vizinho, quer mais é o nosso adubo; justamente por crer que o
nosso jardim é mais bem cuidado.
Coisa
mais pequena essa! A eterna disputa entre o ter o querer ter.
A
gente tem comida, tem emprego, tem família. Enxerga, ouve e fala como qualquer
outra pessoa sem necessidade especial. E quer mais! Quer a família do amigo,
porque “essa sim é uma família feliz...!” Quer um emprego de sheik árabe, dono do petróleo, que
é quase “Tio Patinhas”, nadando nas moedinhas de ouro. E quer sempre comer
salmão com especiarias a enfeitar o sabor. Não quer saber de ovo frito, com
arroz e feijão por crer isso ser coisa de pobre.
Ah!
Se soubéssemos apreciar o temos em nossas mãos... Certamente trabalharíamos com
mais vontade, agradeceríamos a família que temos e saborearíamos o mesmo arroz
com feijão e ovo, de forma única!
Porque
o essencial é invisível aos olhos, já dizia o poeta. É invisível, mas altamente
sensível à alma!
Se
parássemos a perceber onde fomos postos e o intuito de estarmos lá, aqui...
Talvez víssemos que na realidade estamos bem.
Mas,
e as celulites as gorduras, as moedas, os familiares? Eles são os que nos
cabem. É a lei da vida. É a forma de aprendermos que evoluir é algo necessário.
E que cada um tem para si o que escolheu e merece.
Nada,
além disso... Pense nisso!
Show!!! perfeito incrível seu texto tbm me incluo nele !PARABÉNS
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