Às vezes, a gente precisa ser pequeno,
Para aprender a ser grande!
E a minha pequenez humana
Fez tudo ruir...
Quando eu não via luz, somente o túnel,
Seu sorriso clareou o meu caminho!
Eu pude abrir as asas e sentir o ar.
A brisa me fazendo as penas negras dançarem.
Sentindo um misto de sensações, fechei os olhos...
E me atirei da beira do penhasco!
Fui de cabeça contra a selva virgem
Chamada coração!
Sem medo.
Numa coragem insana.
Numa loucura fora do normal.
Pude perceber que estava viva!
Mesmo batendo contra as pedras.
Tive hematomas.
Mas, também houveram sorrisos.
E em meio à morte, ressurgi feiticeira.
Com vestido rodado e batom Vermelho.
Com babados na saia, corset acetinado rubro negro.
Cabelos longos, ondulados.
Presos, de lado com uma flor de adorno.
Com castanholas entre os dedos.
Feita de açúcar, mel, e sangue.
Um misto de força, doçura e fascínio.
Dona do sorriso, dos olhares enigmáticos...
Com asas negras abertas, pairando no ar da madrugada.
Conheci o céu de forma diferente.
Você me mostrou isso!
O brilho da noite.
A escuridão que assombra e hipnotiza.
Cada acorde mais forte.
Cada batida mais expressiva do coração.
Cada gargalhada , mostrando os dentes.
Tornei-mr Senhora do Destino.
Com capacidade de sentir nas veias
O pulsar da vida, em sua totalidade.
Maldade, bondade e força.
Sabedoria do tempo.
No templo, na roda.
Com a energia ancestral rodeando.
Como se tudo fosse somente isso!
Às vezes, temos que cair.
Ralar os joelhos.
Sangrar as mãos.
Para que sintamos o gosto do nosso sangue.
A acidez do vermelho pulsante...
Parte de nós.
Fomos dois, um, dois de novo.
O mundo parou.
Fração de segundo.
E hoje, o peito infla.
Energia renovada!
O fogo que sou queima tudo!
E eu, Fênix,renasco das minhas cinzas.
Isso é demais para alguns.
Não para mim, Filha de Padilha!


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